Estatuto e rendimento no FC Famalicão

 

 

Conforme os campeonatos de futebol avançam, os adeptos vão constatando o valor das suas equipas e atletas que as representam. Com o andar da época desportiva, vão-se também conhecendo números, não apenas de resultados e classificações, mas de salários – sempre muito elevados quando comparados com os do cidadão comum. No caso do FC Famalicão, sabe-se que possui o sexto plantel mais dispendioso da primeira liga portuguesa de futebol. Estatuto e rendimento andarão bem distribuídos?

O Ranking dos Plantéis Mais Caros publicado pelo site Transfermarket, uma fonte bastante credível, coloca o FC Famalicão só mesmo atrás dos “cinco grandes” nacionais – Benfica, FC Porto, Sporting, Sporting de Braga, mas também o Vitória de Guimarães, uma vez que conta com a quarta maior massa associativa.

Para estas contas contribuem, e muito, o financiamento do multimilionário israelita Idan Ofer e a gestão de ativos do administrador e presidente da SAD do FC Famalicão, Miguel Ribeiro.

Montanha russa no FC Famalicão – de ativos ou de incompreensões?

A valorização de ativos do FC Famalicão é difícil de perceber.

Existe um certo desequilíbrio em relação à valorização dos atletas sob a liderança de João Pedro Sousa, desequilíbrio esse que não se tem refletido nas exibições da equipa felizmente.

Não será a razão maior de haver tantas ‘revoluções’, a cada temporada, no clube, mas não se sabe se não poderá até ser essa uma das razões (mais ou menos importante que o seja).

O Carrossel dos milhões no FC Famalicão

Em complemento, o site Salarysport compilou informações financeiras de muitos clubes de futebol – portugueses e estrangeiros – e divulgou uma lista dos ganhos de todas as equipas da primeira liga nacional.

Pelé, o líder dos Mais Bem Pagos

Esta será a incoerência mais incompreensível e visível no plantel do FC Famalicão.

O jogador Pelé, centro-campista defensivo emprestado pelo Mónaco, recebe cerca de 1,612 milhões por temporada, isto é, o equivalente a 31 mil euros por semana.

Guineense e com 30 anos de idade, Pelé não joga por falta de capacidade, por notória opção do treinador famalicense. De facto, Pelé não é um futebolista que faça a diferença. Desconhece-se ao certo qual a fatia do ordenado que recai sobre o FC Famalicão.

Luíz Júnior, a liderança pela diferença

Na baliza do clube famalicense, o Guardião Luíz Júnior – uma “Garantia de Pontos” – recebe 156 mil euros por ano, ou seja, 3 mil euros por semana.

Luíz Júnior é talvez um dos três futebolistas que mais diferença faz na estratégia do técnico João Pedro Sousa.

Posicionado na baliza do FC Famalicão, o brasileiro é seguro como um “homem de borracha”. Tem realizado intervenções com defesas instintivas, por vezes, mas decisivas, ao longo da época e do tempo que já leva no clube.

Mais futebol: Estatuto ou Rendimento?

Diogo Queirós que não joga há imenso tempo. Temporada atrás de temporada, recebe 177 mil euros por ano, equivalente a 3,400 mil euros por semana.

É um facto que Diogo Queirós se formou no FC Porto e é internacional pelas seleções jovens de Portugal.

Mas o que faz a valorização de um plantel!? “Rendimento” ou “Estatuto”, “eis a questão“.

Mas há mais “case study” do género nos ganhos do plantel famalicense. André Simões nunca conseguiu singrar e mostrar a qualidade futebolística exibida anteriormente, em especial quando passou pela Grécia.

André Simões recebe 182 mil euros por ano, cerca de 3,500 mil euros por semana.

O futebolista jogou com Rui Pedro Silva, durante o início desta época 2022/23, maioritariamente a partir do banco de suplentes. Não tendo conseguido demonstrar o seu valor, pouco ou nada mais jogou.

“Estatuto” ou “Rendimento”!? A questão tem de obrigatoriamente colocar-se.

O mesmo se passa com Hernán De La Fuente, com muito pouco tempo de jogo nesta temporada. O atleta recebe um pouco mais de 166 mil euros anualmente, o que dá 3,200 mil euros por semana.

Rui Fonte é outro caso idêntico ao de André Simões. Esperava-se mais do avançado português, bem longe do que já jogou noutras temporadas. Rui Fonte recebe um pouco menos: 140,400 mil euros por ano, cerca de 2,700 mil euros por semana.

E outros casos se poderiam acrescentar: etc, etc, etc. Na verdade, uma “montanha russa” de incompreensões.

As Jóias da Coroa no rendimento do clube famalicense

Analisando os futebolistas vocacionados para o golo, vemos que Iván Jaime (sucessivamente apontado a grandes clubes), recebe 161,200 mil euros por ano, isto é, 3,100 mil euros por semana, o mesmo que Ivo Rodrigues.

Comparativamente a vários dos case studies acima citados, questiona-se onde está a Valorização de Ativos?!

Claramente não está de acordo com o Rendimento, mas sim com o Estatuto!

Por sua vez, o Ponta-de-lança Jhonder Cádiz recebe 161,200 mil euros por ano, equivalentes a 3,100 mil euros por semana, o que é menos que o que recebem Diogo Queirós, André Simões, Francisco Moura este último emprestado pelo SC Braga e que recebe 171,600 mil euros por ano, isto é 3,300 por semana.

Onde está a Coerência!? Por que é o “Estatuto” a prevalecer sobre o “Rendimento”?!

A resposta a estas questões devem ser dadas por quem dirige o FC Famalicão, responsáveis últimos por este tipo de decisões. Felizmente estas incoerências não se têm refletido nós bons resultados nos jogos do FC Famalicão, mas a valorização de ativos no clube famalicense deveria ter o “rendimento” como “pano de fundo”.

“Estatuto” vale o que vale, mas também no desporto o que deveria ser valorizado era o “Rendimento”.


Imagens: FC Famalicão


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