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O poder do medo

 

 

A informação sucessivamente repetida sobre a guerra da Rússia na Ucrânia é o suficiente para que se presuma parecer ter sido premeditada (a propaganda) de forma a ocultar os efeitos colaterais que já estão a ser sentidos pelas sociedades ocidentais, nomeadamente: o desconforto; a insegurança; o medo.

De forma transversal, estes sentimentos atravessam todos os segmentos sociais, inclusive as faixas etárias em que os efeitos nefastos da inflação, através do aumento generalizado de todos os bens de consumo e de uso, fazem sentir a perda de poder de compra pela via da perda de rendimento do salário, pensões, poupanças que fazem com que a qualidade de vida diminua exponencialmente. Mas fazem também sentir-se o colapso da Segurança Social, noticiado até às exaustão e que instala a insegurança na velhice, na doença e nos apoios sociais e uma visível instabilidade que empurra as organizações defensoras dos direitos sociais para o protesto generalizado.

Conjuntura oportuna esvazia o centro político

Neste cenário, toda a conjuntura política nacional e internacional se altera de forma a permitir à extrema-direita política aproveitar-se da oportunidade de, com argumentação sustentada, penetrar no fulcro central do eleitorado para passar a mensagem de incompetência política dos partidos em exercício, de forma a tomarem o poder político pela via eleitoral. Mas, do lado oposto, da extrema-esquerda tradicional, esvazia-se também o argumento do entendimento e da concertação política, sempre possíveis no respetivo espaço político.

Não há o direito ao contraditório, nos meios de comunicação social, sobre a História; as causas; os efeitos diretos no terreno sobre as populações do país ocupado, mas também do país ocupante; mas, e, sobretudo, os motivos percursores de uma escalada tenebrosa na senda da guerra nuclear cujas consequências são de todo imprevisíveis, até porque, supõe-se, os interesses internacionais comuns a ambos os lados dos conflitos ainda não descobriram fórmula de mobilidade extraterrestre e muito menos de vida em condições semelhantes às da da Terra.

A fórmula central dos jogos de poder é o medo

As guerras que acontecem em muitos Países com menor visibilidade, ou menos interesses, que já se arrastam há décadas, transformam a guerra na Ucrânia em um argumento falacioso para o que de mau está a acontecer no mundo porque, na essência, o interesse financeiro internacional não tem Pátria e, por isso, concentra num objetivo comum o seu interesse global: a concentração da riqueza existente- transformada e produzida – que lhe permita ditar todas as regras internacionais sobre um jogo que conhece muito bem: o jogo do poder que, como é óbvio, tem no medo que instala a sua fórmula central. 

Assim sendo, as quezílias ou questiúnculas internacionais transfronteiriças, de limitação territorial e outras, são “argumentos” impingidos a gosto, suportados por meios fictícios de permuta de géneros nas sociedades civilizadas de forma a simplificar processos, mas de que todos sabemos não depender. Porque aquilo de que, de facto, dependemos são géneros alimentares e outros que nos permitam viver. Se essa condição perigar, então o medo vinga e as regras do poder são impostas.

Estamos confrontados com o cenário dantesco de um possível retrocesso civilizacional

O mundo treme perante as ameaças globais do presente: a guerra nuclear; a escassez na produção e dificuldades na distribuição de géneros alimentares que são prenúncio de fome generalizada em todos os Continentes; a escassez de matérias-primas em todos os domínios e especificidades nos mercados internacionais, paralisando as economias nacionais e, por consequência, a economia mundial a um ponto capaz de reverter o avanço civilizacional da Humanidade a um patamar vegetativo de subsistência e de eliminação das grandes concentrações populacionais por manifesta falta de condições elementares para a sua subsistência.

O cenário é demasiado dantesco e demoníaco, impensável até, mas é aquele com que, de facto, estamos todos confrontados.

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