Para o final de tarde desta 4ª feira, no início da segunda e última semana da edição 30 do Guimarães Jazz, o cartaz apresentava NIELS KLEIN TRIO & Orquestra de Guimarães. Preparava-se mais uma intervenção da orquestra da casa, na senda de actuações invulgares habituais, a exemplo da clássica performance Radiohead do ano anterior.
Simbiose bem urdida, entre 1 expert em improvisação (Klein), parecendo que é composição, da escola europeia do jazz contemporâneo alemão, não escondendo a influência americana (Coltrane/Coleman/Mobley). Recorde-se a forte presença dos militares americanos em solo europeu, cujo ponto principal de apoio tem sido desde sempre a Alemanha e por onde sempre se tocou e viveu o jazz.
Trio & Orquestra competentes e rigorosos
Concerto muito competente, entre o trio de músicos alemães da nova geração europeia do jazz e a sempre brilhante Orquestra de Guimarães, aqui dirigida por um jovem e promissor maestro. Quem assistiu, não saiu desiludido com as cabeças em cartaz.
O convite endereçado ao Niels Klein Trio, formado, além do saxofonista, pelo contrabaixista Matthias Akeo Nowak e pelo baterista Fabian Arends, para realizar o concerto de colaboração com a Orquestra de Jazz de Guimarães nesta edição do festival desenha de alguma forma uma linha de divergência em relação ao passado desta parceria. A mudança de paradigma deve-se ao facto de no trabalho de Niels Klein, ao contrário dos compositores que em anos anteriores abraçaram este projeto (como Marco Barroso ou Nels Cline, entre outros), a improvisação assumir preponderância sobre a composição, favorecendo assim uma maior dinâmica criativa com a orquestração e permitindo que a fluidez da criação em tempo real seja exponenciada pelo rigor composicional dos arranjos orquestrais.
Niels Klein – saxofone tenor
Matthias Akeo Nowak – contrabaixo
Fabian Arends – bateria
Sábado, 13, com espírito de Duke Ellington… e WhoTrio no CCVF
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Imagens: AM
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