A Maratona é a prova mais nobre dos Jogos Olímpicos; e não só!
De há anos a esta parte, saltou da programação olímpica e em muitas partes do mundo impera e constitui um evento de nome e… renome!
Para além da sua nobreza é, sem dúvida, no atletismo, a mais difícil de todas as especialidades vigentes, não só pelo esforço como da enorme distância a percorrer – 42,195 quilómetros, marca que representa uma sapata da memória olímpica. Apenas nas três primeiras edições dos Jogos Olímpicos da Era Moderna – Jogos Olímpicos de Atenas, em 1896, de Paris, em 1900, e Saint Louis, nos Estados Unidos, em 1904 – a distãncia percorrida foi de aproximadamente “quarenta quilómetros”.
A posterior e actual distância da Maratona mantém-se então nos 42,195 quilómetros, oriunda dos Jogos de Londres de 1908 devido a uma particularidade: a organização deliberou a partida e a chegada dos atletas do e ao Palácio Imperial.
A corrida de Fidípedes de Maratona a Atenas
A introdução da prova da Maratona nos Jogos Olímpicos ficou a dever-se ao francês Michel Bréal, filólogo e estudioso, a quem a semântica moderna muito deve. Amigo de Pierre de Coubertin, no período de organização dos primeiros Jogos de Atenas, em 1896, sensibilizou-o para a sua integração olímpica. De naturalidade francesa, estudou em França e na Alemanha e foi galardoado com a Legião de Honra. Rudemente, é tido como o inventor da Maratona. A ideia é baseada na História Grega, mais concretamente no lendário período da invasão dos Persas ao espaço grego, em 490 aC em que se dizia que os persas teriam a intenção de, no caso de vencerem, atacar e violar as mulheres e sacrificar os filhos dos gregos. Reza, então, a lenda que, antes de partirem ao encontro dos persas, os atenienses deram instruções às suas esposas para matarem os filhos e porem termo à sua vida no caso de receberem a notícia da derrota grega.
Enfrentados, os invasores foram vencidos e tornou-se necessário e urgente avisar os residentes de Atenas que o perigo já não existia: estava tudo salvo. Para a tarefa de avisar Atenas que o perigo desaparecera, o general Milcíades escolheu o soldado Fidípides. Segundo a lenda, o grego percorreu a distância de quarenta quilómetros, a real separação métrica entre o local da batalha, Maratona, e a cidade mãe, Atenas, mas o esforço despendido foi de tal ordem que Fidípides tombou exausto e sem vida, no solo, mal tendo tido tempo de anunciar a vitória grega e o fim do perigo latente.
As ultramaratonas serão ainda mais antigas que a Maratona original
Porém, segundo os espertos, estas provas de longa distância, são oriundas de mais longe no tempo. Documentos antigos revelam que já no Antigo Egipto, no tempo do faraó Taraca, da XXV dinastia, existiram corridas de longa distância, não como manifestação desportivas, antes como preparação física nos domínios militares – cerca de 100 quilómetros, aquilo que hoje é considerada uma “ultramaratona”. No presente, o Egipto recorda estas distâncias praticando-as com o nome de “Pharaonic 100 Kms”.
Ao nível olímpico externo, a prova da Maratona foi oficializada pela Federação Internacional de Atletismo em 1921.
A contar dos Jogos Olímpicos de Paris, em 1924, a distância da Maratona ficou sempre oficialmente na marca dos 42,195 Kms. E não foi a única alteração porque, em jeito de curiosidade, importa registar outras distâncias corridas anteriormente: (Paris/1900 – 40,260); (Estocolmo/1912 – 40,200); (Antuérpia/1920 – 42,750).
A primeira prova da Maratona – a de Atenas de 1896 – foi ganha por um pastor de ovelhas, Spiridon Louis.
Participação feminina teve início em 1984
Durante muito tempo, a Maratona esteve interdita às mulheres. Foi assim até aos Jogos de Los Angeles de 1984 onde a norte americana Joan Benoit ficou para a história olímpica como a primeira vencedora feminina. Injusto seria também não mencionar o feito de Rosa Mota haver vencida a primeira maratona feminina sob a alçada da Federação Internacional de Atletismo Amador, em 1982, no Campeonato Europeu de Atletismo – organismo que seguiu e estabeleceu também a distância dos 42,195 Kms.
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Imagem: COI
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