Ara Abrahamian, atleta arménio, ainda do tempo em que a sua pátria era uma república socialista soviética, competiu pela Suécia, a sua nacionalidade de adopção, na luta greco-romana dos Jogos Olímpicos de Atenas de 2004 e foi vice-campeão da categoria de meio-pesado.
Ficou, negativamente, assinalado nos registos Olímpicos como um irreverente, o autor de um ato de rebeldia que haveria de provocar a ira do Comité Olímpico Internacional. Na cerimónia de entrega das medalhas, descontente com a sentença dos juízes que nas meias-finais o arredaram da medalha de ouro ou prata, baixou do pódio e, uns metros à frente, largou a medalha de bronze e deixou-a caída no chão.
Foi então suspenso de toda a atividade competitiva acusado de comportamento indigno, uma perturbação da cerimónia, uma manifesta ausência de fair-play.
A sua pena haveria de ser cancelada pela Federação Internacional de Luta Amadora (FILA) e autorizado a voltar à competição devido a uma atitude do tribunal de Arbitragem para o Desporto por sentença de Março de 2009.
Da Arménia para a Suécia
Nasceu em Julho de 1975 e muito novo, com apenas oito anos deu início à sua atividade desportiva na luta greco-romana. Foi campeão júnior da Arménia e, em 1994, foi a Estocolmo, na Suécia, para ganhar uma prova da mesma categoria.
O seu estatuto de cidadania sueca foi obtido após a sua deserção para a Suécia onde foi acolhido e inserido no desporto local, acabando por ser incluído na equipa olímpica nacional, em 1998.
Segundo uma declaração sua, na ida aos Jogos de Atenas, em 2004, estava planeado o fim da sua carreira atlética.
Para ser campeão não basta ser ‘bom’
Sobre a sua atitude, Ara Abrahamian justifica o incidente apontando esse mesmo indigno comportamento a terceiros, neste caso acusando os juízes de corruptos, subornados por outros, porque a atribuição de pontos não obedeceu a critérios justos e a vitória ao adversário aconteceu num momento em que ele se encontrava com a mão na zona azul. Contudo, tal não é motivo de penalização porque o mesmo adversário chegou a estar com quase todo o corpo na dita zona. Em sua defesa, os responsáveis suecos pediram uma revisão do filme, facto que foi recusado.
Enfim, aos pressupostos campeões não basta ser “bom”, é necessário demonstrar qualidades humanas que o justifiquem. Na verdade, há muitos campeões que não passam de autênticas máquinas.
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Imagem: COI + Ara Abrahamian / Ed VN
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