O ano de 2020 ficará nas nossas memórias e “nos livros” por variadíssimos motivos que naturalmente o poderão identificar como um “ano horribilis”, desde logo pela pandemia (Covid-19) que assolou o Universo, com milhões de infetados e um registo de mortos que marcarão a “impotência humana para responder na hora” a uma epidemia que “incendiou o Mundo”, aguardando-se que a resposta através do nosso comportamento e da vacinação em massa possam suster uma espiral de desassossego que a todos tocou. Mas o ano de 2020 regista também uma devassa ambiental para o Planeta Terra, com os incêndios incontrolados na Austrália ou na Amazónia, ficando também o registo para além de muitos outros acontecimentos que impactam danos irreparáveis na economia global, para a “bruta e mortal explosão no Porto de Beirute”, no Líbano. Foram também muitas as Personalidades Mundiais de diversas áreas que nos deixaram também neste ano.
Não poderia nesta abordagem deixar de falar de um tema que vai como que escapando à nossa atenção, que acontece em África e que deve merecer uma ampla e difusa reflexão. Falo dos ataques armados que têm acontecido na Província de Cabo Delgado, subdivisão de Moçambique com cerca de 2,4 milhões de habitantes, cuja capital é a Cidade de Pemba que dista cerca de 2.600 Kms da Capital do País, Maputo.
Este movimento armado que acontece numa infeliz conjugação de fatores, desde a falta efetiva de segurança ou de meios de subsistência, misturados com fanatismo religioso, tem espalhado o terror, desde a Somália, Quénia, Tanzânia e agora em Moçambique, com milhares de mortos e deslocados.
Só em Pemba, à qual Braga está intimamente ligada, através de um esforço digno de registo da Arquidiocese Bracarense e que desde 2016 regista simbolicamente naquela Região a 552ª Paróquia de Santa Cecília de Ocura, a violência armada provocou já uma crise humanitária com mais de 500.000 deslocados a concentrarem-se naquela Capital Provincial, com as dificuldades a aumentarem quanto à alimentação e habitação. O número de mortes ascende já a cerca de 2.000 Pessoas Inocentes na Província de Cabo Delgado, indiciando os relatos conhecidos, uma crueldade horrível.
O Secretário Geral da ONU, o Português António Guterres mostrou-se “chocado” com os relatos dos massacres perpetrados por grupos armados não estatais em várias das aldeias de Cabo Delgado.
A CPLP (Comunidade Países de Língua Portuguesa) que integra Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste fez recentemente um “apelo internacional” para ajuda humanitária a Moçambique devido à onda de violência inaceitável que se regista na Província Moçambicana de Cabo Delgado.
Torna-se URGENTE que se erga por aqueles que não têm voz um apelo Internacional de mobilização e ação que possa colocar fim a esta violação aos Direitos Humanos e que se promova com os meios devidos a PAZ que se exige e que ali deve ser urgentemente instalada.
A proximidade do Natal tem como condão principal aproximar mais as Famílias, as Pessoas, os sentimentos.
Devemos juntar a nossa à voz do Bispo da Diocese de Pemba D. Luis Lisboa, implorando ajuda e solidariedade Moçambicana e Internacional que possa erradicar esta preocupante crise humanitária.
A nossa proximidade, os valores e a importância que o Humanismo determina, assim o exigem.
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Obs: texto publicado originalmente na página facebook do autor, tendo sofrido ligeiras adequações na presente edição.
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Imagem: DR
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