A direita que em Portugal nunca se endireita

A direita que em Portugal nunca se endireita

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Portugal está a passar por um dos momentos mais difíceis, da sua existência. Uma crise económica, social e humanitária sem precedentes, um governo minoritário a tentar aguentar-se no poder, custe o que custar, ao ponto de se tornar uma ilha solitária socialista/marxista/trotskista, a par da Espanha.

Um executivo que vai cedendo aos caprichos das esquerdas totalitárias e radicais, defensoras de regimes como a Coreia do Norte e Venezuela, como o caso da Festa do Avante, ao estilo da troca de um prato de lentilhas, pela aprovação do OE, apoio e suporte parlamentar do governo, até ao final da legislatura. Um governo que coloca as ambições pessoais do seu líder e do seu partido, acima das necessidades básicas dos portugueses, incluindo as questões sanitárias relativas à pandemia.

Utilizando o seu spin político hà 5 anos para induzir um País cor-de-rosa, que os números têm vindo diariamente, a desmentir. Um spin de promessas atrás de promessas repetidas de 3 em 3 meses, anos a fio, sem qualquer delas sair do papel, ou mesmo do gabinete de um dos quaisquer ministérios. Saúde, educação, justiça, em situação deplorável, o regular funcionamento das instituições, em degradação nunca vista, ou imaginada, em democracia.

Porém temos a Europa, a Europa dos frugais que mais uma vez, estando Portugal de mão estendida vem em nosso auxílio, contudo, temos um problema à vista, dinheiro a fundo perdido e Partido Socialista, uma combinação muito perigosa, como sempre foi comprovado, neste anos de democracia em Portugal.

É aqui que entra a oposição, o centro e direita.

Uma oposição, neste particular, o centro-esquerda, o PSD de Rui Rio que se auto isenta de fazer oposição. Pior do que isso: abstém-se em absoluto de fiscalizar o poder executivo, deixando-o fazer o que quer em roda livre.

Um PSD sem rumo sem projecto, rodeado de ex e antigos conselheiros, mais parecidos com uma brigada de reumáticos (reumáticos no sentido do pensamento, das ideias, da visão retrógrada e saudosista do Portugal de antes), salvem-se 4 ou 5 personalidades que têm uma visão moderna, inovadora, irreverente, mais próxima do pensamento da sociedade moderna, mas que mais não são que nomes para verbo de encher, tentando criar a ilusão da existência de renovação que não existe, nem existirá, enquanto este líder teimosamente se mantiver no poder.

Actualmente, esta liderança e a sua equipa são um produto tóxico no PSD, a ponto de este estar a ser completamente sangrado pelo Partido Chega e pela Iniciativa Liberal (IL).

Relativamente ao CDS, apesar da perda, parece que a ferida ficou estancada, mas não passa disso mesmo. Contudo, continua a ser o partido de referência do centro direita e da doutrina social da igreja.

Relativamente aos partidos novos, no espectro do centro e direita portuguesa, a IL de Cotrim de Figueiredo, numa postura de oposição construtiva, vai aos poucos e poucos, cativando certa juventude e determinadas elites que no futuro, poderão dizer presente, numa alternativa conjunta, ao governo destas esquerdas que nos desgovernam.

O fenómeno Partido Chega de André Ventura, é até à data, o verdadeiro vencedor da direita portuguesa. Ao contrário de muitos espécimes raros, jornaleiros, comentadeiros, avençados e afins, o Chega é um partido do arco democrático da política portuguesa, não tão extremista no seu quadrante como o BE no quadrante oposto, tem o seu projecto, as suas ideias, populistas, com certeza, mas diz, explica e tem o pragmatismo de dizer ao que vem. Os votantes do Chega sabem perfeitamente em quem e no que estão a votar, ao contrário da maioria dos restantes partidos.

André Ventura, teve a perspicácia, percepção e visão do desastre que iria acontecer no principal partido da oposição, com a sua consequente viragem à esquerda, o tal PS2, o descontentamento e a orfandade que isso iria deixar, nos votantes de centro-direita do Partido Social Democrata, aproveitou isso, capitalizando a maior parte desse descontentamento e orfandade.

Nas autárquicas vai ter uma palavra a dizer, por esse País fora. Em Barcelos, certamente vai ser decisivo, para aquilatar se o PSD local, com ou sem CDS, consegue manter os 4 vereadores.

O Chega vai chegar a curto ou médio prazo, à terceira maior força partidária portuguesa, e só tem de agradecer isso principalmente a uma personalidade, Rui Rio, mas também numa escala mais reduzida, a Pedro Santana Lopes.

Ora, falando deste último e da sua Aliança, apraz dizer que a visão foi a mesma do Chega, só que para dançar o tango são precisas duas pessoas, e se uma não sabe os passos de dança, tudo desmorona. Como político experiente foi incompreensível, como não foi capaz de rodear-se de gente competente, conhecedora da realidade sócio-económica do País, e das áreas respectivas de influência. Não conseguiu trazer figuras de proa, nem capitalizou o descontentamento no partido progenitor, como desbaratou todo o seu prestigio, capital político e ainda teve a proeza de fazer com que alguns, cometessem o maior erro politico da vida deles, saírem do partido, onde militavam.

Quanto ao Partido Aliança que dizer? Basta olhar para o seu 1º Congresso, na arena de Évora, e este 2º Congresso, a realizar dentro de dias, num pequeno salão dos bombeiros de Torres Vedras, para aquilatar da inexistência de qualquer possibilidade de sobrevivência ou sequer mínima influência na sociedade portuguesa, para mais com a saída da figura maior e fundadora do partido para dedicar-se à sua actividade profissional. Logicamente que não havendo massa crítica, não há partido, mas vai haver Covid-19 e DGS, como desculpa.

Assim sendo, a solução mais viável seria deixar de andar a brincar aos partidos, e promover imediatamente a sua liquidação, antes que o Chega e a IL, acabem por absorvê-lo, na totalidade. Está é a direita à direita do Partido Socialista, que nunca se endireita.

Continuo convictamente a afirmar, como o tenho dito e feito amiúde nestes últimos anos: o centro-direita tem de unir-se, formar uma frente de direita, não socialista, capaz de fazer frente a essas esquerdas unidas só pela sede de poder; e já nas eleições autárquicas. Mas para que isso possa acontecer, o maior partido da oposição tem que mudar de rumo, de líder e abrir-se à sociedade.

A esperança é a última coisa a morrer e os milagres, por vezes, acontecem.

A ver vamos.

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Categorias: Crónica, Política

Acerca do Autor

António Manuel Reis

António Manuel Reis, nasceu em Barcelos a 07-10-1963. Concluiu em 1985, o curso na área de tinturaria têxtil UM/Mazagão. Formação em colorimetria, recursos humanos, automatização, sistemas de qualidade ISSO, planeamento, processos, produção. Industrial Têxtil de 1996 a 2009. Dirigente desportivo 1998 a 2004.Gestor empresarial de 2010 a 2013. Concluiu curso de formação de formadores em 2014. Trabalhador independente Real Estate Consultan 2018. Em curso, Licenciatura Ciências Sociais e Ciência Politica. Militante da JSD desde 1978/ Militante PSD desde 1981, delegado e Observador a Congressos, Delegado CPD, TSD, Membro da CPS, candidato a Presidente de Junta da UF Barcelos, deputado a UF. Candidato á Presidência da CPS. Membro independente da UF Barcelos. Partido Aliança em 2018.

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