Racismo: uma questão de cor (e de dor)!

Racismo: uma questão de cor (e de dor)!

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Nem todas as palavras do mundo são suficientes para explicar a repetição da História, aquela História que continuamos a assistir, diariamente, de discriminação racial, em que um dado povo (chamemos-lhe assim) se autoproclama superior a outro, apoiado numa ilusão, no mínimo patética, de que a cor da pele confere poderes de superioridade, inquestionáveis, sobre o outro.

A Constituição da República Portuguesa consagra desde a sua redação original (1976), no artigo 13º, o “Princípio da igualdade”, no qual “Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei.” E que, “Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual.” De referir que este artigo viu a sua redação ser alterada em 2004 para que o princípio da igualdade incluísse, igualmente, a orientação sexual.

No entanto, de “quando em vez”, surgem casos mediáticos que, em última análise, contribuem para o despertar da dormência coletiva em que nos encontramos perante a problemática da discriminação racial. A verdade é que continua a existir racismo, a verdade é que em Portugal, à semelhança do resto do mundo, existem comportamentos racistas e, por mais ou menos camuflados que estejam, não os podemos negar.

Debater o racismo de forma séria

Torna-se assim imperioso debater de uma forma séria esta questão, investir em políticas que garantam um efetivo respeito pelos direitos humanos e que de uma vez por todas se combatam comportamentos que promovem exclusão, ou até atentam contra a vida humana,  resultando, inevitavelmente, em dor, sofrimento ou morte.

Urge uma mudança de mentalidades, que passa, obrigatoriamente, pela educação dos mais jovens, pela sensibilização da sociedade civil e pela formação de todas e todos aqueles que de alguma forma têm um papel ativo nas instituições, estas que diariamente se deparam com atitudes racistas ou qualquer outra forma de discriminação.

Diria que assumir o problema pode ser um bom ponto de partida para que se efetive uma resposta de inclusão das minorias étnicas, construindo-se assim uma verdadeira comunidade justa e igualitária, em que a palavra intolerância, perante o nosso semelhante, não será mais que um conceito esquecido, escrito num dicionário qualquer.

Igualdade de oportunidades e respeito pela diferença

John Rawls, filósofo do século XX, partindo de dois princípios, o da liberdade e o da igualdade, defendia que uma sociedade justa seria aquela que garantia um tratamento social equitativo, em que o chamado “véu da ignorância” garantia aos seus membros igualdade de oportunidades e respeito pela diferença.

Que cada um de nós tome para si um “véu” que permita ver mais além que a cor do outro. Assim como, que a arma da indiferença, que tantas vezes fecha os olhos perante a discriminação, se transforme num ativismo positivo e pacífico, de forma a promover mudanças estruturais nas nossas sociedades, transformando-as em comunidades inclusivas e justas.

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Imagem: PAN

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Categorias: Crónica, Sociedade

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