Acerca do Autor
Comente este artigo
Only registered users can comment.
Foi preciso cair o flagelo de uma pandemia para verificarmos que as diferenças entre as três classes de trabalhadores ‘acarinhadas’ por esta nossa sociedade socialista são mais evidentes e evidenciadas.
Na realidade, o socialismo, em vez de equilibrar e tender a colocar todos em igualdade (apesar de ‘uns seres mais iguais que outros’, promove três classes:
Uma classe de trabalhadores privilegiada, que é a das pessoas em funções públicas e que está no topo das regalias (em troca de muitos votos); uma outra que diz defender, mas que pouco defende, que é a dos trabalhadores por conta de outrem, a que carinhosamente chamam de ‘proletariado’ ou simplesmente de ‘trabalhadores’, e por fim, uma última, da qual é totalmente inimiga, a classe dos sócios-gerentes.
Senão vejamos:
– A classe das pessoas em funções públicas (nas quais estão incluídos todos os que trabalham em empresas públicas, sejam centrais ou camarárias, tipo empresas de águas, ambiente, transportes, – CP, Carris, Transtejo, etc. – e onde se encontram também incluídos todos os políticos no ativo) recebem, estando em casa, além do seu salário por inteiro, também e imagine-se, o subsídio de alimentação (por exemplo, os professores recebem-no nas férias da Páscoa, no feriado do Carnaval e no Natal, mesmo naqueles dias em que não têm de se deslocar à escola). Ou seja, muitos desta classe não vão perder nada por estarem em casa, seja em teletrabalho, seja a não fazer coisa alguma. Outros como os da TAP, vão para casa, sem qualquer trabalho, já que ninguém está a ver um piloto ou uma comissária de bordo em teletrabalho; ora estes, além do que vão receber pelo lay-off, vão ter acrescentado um complemento, pago por nós todos, para coitados, não quebrarem muito o seu rendimento e moral e se calhar habilitam-se ainda a receber o subsídio de alimentação. Será que os deputados que não vão ao Parlamento vão continuar a receber o famoso subsídio de deslocação! Será?
– Os da segunda classe de trabalhadores, ou seja, os trabalhadores por contra de outrem, que terão direito a um lay-off especial, note-se que vão apenas receber 66% do seu salário, com um mínimo de um salário mínimo e um máximo de um valor ridículo, obviamente não vão receber o subsídio de risco, de alimentação ou outros a que tenham direito. É justo? Claro que não…
– Mas, ainda há os outros trabalhadores, aqueles que não são nada, nem valem nada para o socialismo, aqueles que não criam negócios, não criam empresas, não dão empregos, roubam o fisco, não pagam a segurança social, não pagam impostos, etc… ou seja, esta classe que não vale nada e que nem sabemos a razão da sua existência numa sociedade comuno-socialista, esta gente não tem créditos à habitação, não tem investimentos, não tem filhos a estudar nem tem nenhuma despesa e, acima de tudo, pertence a uma raça de fascistas e capitalistas, exploradores dos trabalhadores. Pensem nisto….
– Ahhh!, ainda há mais uma classe, mas essa não trabalha, a classe dos subsídio-dependentes.
**
*
Se chegou até aqui é porque provavelmente aprecia o trabalho que estamos a desenvolver; e não pagou por isso.
A Vila Nova é cidadania e serviço público: diário digital generalista de âmbito regional, independente e plural, é gratuito para os leitores. Acreditamos que a informação de qualidade, que ajuda a pensar e a decidir, é um direito de todos numa sociedade que se pretende democrática.
Como deve calcular, a Vila Nova praticamente não tem receitas publicitárias. Mais importante do que isso, não tem o apoio nem depende de nenhum grupo económico ou político.
Você sabe que pode contar connosco. Estamos por isso a pedir aos leitores como você, que têm disponibilidade para o fazer, um pequeno contributo.
A Vila Nova tem custos de funcionamento, entre eles, ainda que de forma não exclusiva, a manutenção e renovação de equipamento, despesas de representação, transportes e telecomunicações, alojamento de páginas na rede, taxas específicas da atividade.
Para lá disso, a Vila Nova pretende pretende produzir e distribuir cada vez mais e melhor informação, com independência e com a diversidade de opiniões própria de uma sociedade aberta e plural.
Se considera válido o trabalho realizado, não deixe de efetuar o seu simbólico contributo – a partir de 1,00 euro – sob a forma de donativo através de netbanking ou multibanco. Se é uma empresa ou instituição, poderá receber publicidade como forma de retribuição.
Se quiser fazer uma assinatura com a periodicidade que entender adequada, programe as suas contribuições. Estabeleça esse compromisso connosco.
Contamos consigo.
*
NiB: 0065 0922 00017890002 91
IBAN: PT 50 0065 0922 00017890002 91
BIC/SWIFT: BESZ PT PL
Obs: Envie-nos o comprovativo da transferência e o seu número de contribuinte caso pretenda receber o comprovativo de pagamento, para efeitos fiscais ou outros.
*
Francisco J.R. Pimentel Torres, Engenheiro, nasceu no Porto em 1958 e vive desde criança em Braga onde estudou no Liceu Sá de Miranda e posteriormente se licenciou em Engenharia de Produção e Sistemas pela Universidade Minho. Frequentou também uma pós-Graduação em Ciências Multimédia na Universidade Católica do Porto. Começou a sua vida profissional como Systems-Engineer na Sopsi-Bull, passando depois para um agente IBM, onde coordenou equipas de desenvolvimento de software. Posteriormente estabeleceu e geriu a filial de Braga. Estabeleceu-se depois como Empresário e é hoje CEO de duas pequenas empresas e business-angel de uma startup tecnológica. Foi o Criador e Gestor da Rede Alumni “Pioneiros da Universidade do Minho”, e foi mais recentemente Presidente da Associação do Antigos Estudantes da Universidade do Minho (AAEUM); foi também Membro do Conselho Alumni da Reitoria da Universidade do Minho. Escritor amador, autor de dois romances históricos: “1385 o Golpe dos Bastardos” e “1494 Tordesilhas”) e também de um Estudo Genealógico. É Colunista de Opinião em alguns Jornais regionais. É Desportista Veterano de Motociclismo (Enduro e Motocross) e de Golfe e foi enquanto jovem atleta de Andebol do ABC, sendo depois responsável pelas equipas dos escalões infantis. É sócio de diversas associações e membro do Partido Iniciativa Liberal. Gosta de Hard Rock e Blues, especialmente Beth Hart, White Buffalo, Metallica etc.., e tem como principais interesses o “e-government” Autárquico e Regional, a História Medieval, a leitura e viajar de moto.
Only registered users can comment.
Este site usa cookies para que possamos fornecer a melhor experiência possível para o visitante. As informações dos cookies são armazenadas no seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar a nossa equipe a entender que seções do site você considera mais interessantes e úteis.
Você pode ajustar todas as configurações de cookies navegando nas definições do seu browser.
Cookies estritamente necessários devem estar sempre ativados para que possamos salvar suas preferências para configurações de cookies.
Se você desativar este cookie, não poderemos guardar suas preferências. Isso significa que toda vez que você visitar este site, será necessário ativar ou desativar os cookies novamente.