O Volt Portugal propõe que se siga o caso de sucesso de Macau, que impôs quarentena obrigatória ao fim de apenas 7 casos. O movimento cívico que em breve será partido político defende não ser este o momento para meias-medidas no que toca ao combate à pandemia do COVID-19.
O Volt – primeiro partido político pan-europeu de índole progressista que no nosso país é ainda um movimento cívico que aguarda a legalização no Tribunal Constitucional – exige, em Portugal, que o governo português decrete quarentena obrigatória, como modo de conter eficazmente o contágio pelo Covid-19. Apesar dos últimos anúncios do Governo português, que o Volt saúda, com vista à redução de pessoas em zonas que podem ser potenciais focos de propagação da doença, o movimento defende que são precisas medidas mais drásticas para impedir a escalada da situação.
Eficácia do modelo de contenção da Covid-19 aplicado em Macau
Para o Volt Portugal, o modelo adotado em Macau será o mais eficaz. Ao fim de apenas 7 casos confirmados de Covid-19, a região autónoma impôs uma série de medidas, de modo a evitar e controlar a propagação da doença. À semelhança do que aconteceu noutras cidades e regiões chinesas, como Hong Kong, Shanghai ou Taiwan, foram impostas restrições à entrada na região, com controlo de fronteiras e quarentena obrigatória para todos os cidadãos que entrassem em Macau oriundos de áreas de risco. A partir de 17 de março, a restrição na fronteira desta região administrativa agora chinesa será alargada a todos os cidadãos que viajem de países da Europa (Espaço Schengen), Estados Unidos da América, Austrália, Reino Unido e Nova Zelândia.
Foram ainda encerradas todas as escolas logo em janeiro, com abertura prevista para abril e houve um reforço da comunicação pública das medidas, com conferências de imprensa diárias e detalhadas com os responsáveis das diferentes áreas governamentais de atuação, de modo a diminuir o pânico da população e aumentar as taxas de cumprimento das medidas.
Em paralelo, os cidadãos ficaram em casa (mesmo não sendo obrigatório), restringindo as suas saídas ao essencial, e reforçaram as suas medidas de higiene. Foi ainda criada a obrigatoriedade de uso de máscaras respiratórias para proteção, cuja compra foi limitada a 10 unidades diárias por cidadão, em todos os espaços públicos e na rua. As medidas de higiene em espaços públicos e fechados (como os elevadores) foram reforçadas, com desinfecções feitas em curtos espaços de tempo.
Em todos os serviços públicos, casinos, centros comerciais e em alguns locais privados é medida a temperatura aos cidadãos que necessitem de entrar e é necessário deixar nome e contacto, para que possam ser contactados caso haja algum caso de infeção.
O Governo apoiou as empresas e cidadãos, de modo a que pudessem suportar estas medidas. Como resultado de todas estas medidas, Macau não regista novos casos há 39 dias.
Portugal deve seguir casos de sucesso
Por isso, e de modo a combater a epidemia ainda no início, o Volt Portugal insiste que o país deve procurar seguir os casos de sucesso, como o de Macau. Apesar de ter sido decretado o encerramento de escolas e universidades e do apelo feito pelas organizações governamentais para que as pessoas não saiam de casa, o risco continua a ser bastante elevado. Continuam a existir grandes concentrações de pessoas em locais públicos, como os casos registados na praia de Carcavelos ou no Cais do Sodré, depois de o surto de coronavírus ter sido declarado como uma pandemia global, sendo urgente e necessário medidas para que não haja exceções a este bloqueio e evitar uma propagação ainda mais rápida do Covid-19.
Quarentena obrigatória
Dada a situação extraordinária que o país enfrenta, o Volt propõe que, adicionalmente às medidas já adotadas, o Governo português adote medidas como o controlo de fronteiras – [há alguns minutos atrás António Costa avançou que vai passar a haver restrições na circulação de turistas] -, verificando a temperatura à chegada ao país e colocando em quarentena e observação durante 14 dias as pessoas que venham de zonas de risco, o encerramento de espaços como centros comerciais, restaurantes, cafés ou ginásios e reforço das medidas de higiene em todos os espaços públicos. O Volt considera ainda que deve ser decretada a quarentena obrigatória de todos os cidadãos, com vista à redução de saídas que não sejam necessárias e/ou urgentes, evitando a elevada de concentração de pessoas em espaços públicos e fechados.
Estas medidas irão permitir conter a propagação do Covid-19, garantindo que o Sistema Nacional de Saúde não deixará de conseguir dar resposta ao aumento rápido de casos confirmados.
Medidas de mitigação de prejuízos financeiros
Ciente de que este tipo de medidas pode levar a uma redução drástica da atividade económica, o Volt Portugal propõe também a aplicação de medidas de estímulo económico e de liquidez para o setor empresarial e alivie as dificuldades económicas que as famílias irão sentir, como o adiamento de juros bancários e de impostos para pessoas individuais e Pequenas e Médias Empresas (PMEs). Segundo a proposta do movimento e partido pan-europeu, esses valores seriam repostos posteriormente, e de forma faseada, após a resolução do surto de COVID-19 e consequente normalização da atividade económica no país.
Fonte e Imagem: VP
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