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‘Poesia ao Centro’ evoca Sebastião Alba em Braga

 

 

“Ninguém meu amor
ninguém como nós conhece o sol
Podem utilizá-lo nos espelhos
apagar com ele
os barcos de papel dos nossos lagos
podem obrigá-lo a parar
à entrada das casas mais baixas
podem ainda fazer
com que a noite gravite
hoje do mesmo lado
Mas ninguém meu amor
ninguém como nós conhece o sol
Até que o sol degole
o horizonte em que um a um
nos deitam
vendando-nos os olhos”.

Braga evoca Sebastião Alba em ano de Capital da Cultura do Eixo Atlântico

No ano em que Braga é Capital da Cultura do Eixo Atlântico, o evento ‘Poesia ao Centro’ evoca o malogrado Sebastião Alba, de seu verdadeiro nome Dinis Albano Carneiro Gonçalves. Poeta maior nascido em Braga, em 1940, com a família passou por Trás-os-Montes e, mais tarde, em Moçambique. Viria a falecer no ano 2000, após regresso à cidade natal, vítima de um atropelamento automóvel, numa altura em que vivia em absoluta miséria. Sebastião Alba é no entanto reconhecido por muitos dos seus pares e dos leitores de poesia como um dos mais relevantes autores da poesia portuguesa do século XX.

O evento, a decorrer ao longo do mês de Março, pretende fazer jus à sua memória e inclui encontros poéticos, recitais, música, teatro, documentários, oficinas, tertúlias, apresentações de livros e exposições. A ‘Poesia ao Centro’ é um evento organizado pelo Município de Braga em parceria com a Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva e Rede de Bibliotecas de Braga, contando com a colaboração de inúmeras entidades Bracarenses.

‘Poesia ao Centro’ conta com programa alargado – não apenas poesia – destinado a um público vasto

No Dia Mundial da Poesia, que se assinala a 21 de Março, o Auditório Sebastião Alba da Escola Secundária de Alberto Sampaio acolhe a estreia do documentário “Ninguém como nós conhece o sol – A vida e obra de Sebastião Alba’, de Inês Leitão, e o espectáculo evocativo “Querido Poeta”, escrito e produzido pelo PIF’H (Produções Ilimitadas Fora D’Horas), especialmente criado para integrar a programação deste evento literário, não deixarão de colocar o amor e o abandono no seu devido lugar.

Uma das novidades da ‘Poesia ao Centro’ deste ano será o ciclo ‘Sem Portas – encontros poéticos em lugares inusitados’, que irá decorrer entre os dias 15 e 21 de Março. Com este ciclo pretende-se potenciar o diálogo entre a poesia e outras formas de expressão artística e, ao mesmo tempo, possibilitar a permeabilidade de outros espaços a iniciativas poéticas e culturais. A Fundição de Sinos de Braga, os Bombeiros Voluntários de Braga, a Casa dos Cunha Reis, as escadarias do Convento do Pópulo, o Café Concerto da Rum/Mavy e o Laboratório de Inovação Cultural (no Edifício do Castelo) foram os locais escolhidos para acolher estes encontros.

Este ano, a poesia volta a sair à rua e a fazer-se ouvir nos Transportes Urbanos de Braga e a bordo dos comboios, através da distribuição de panfletos e da realização de performances. À semelhança dos anos anteriores, serão também distribuídos ‘comprimidos’ nos hospitais, farmácias e centros de saúde devidamente prescritos pelo ‘Ministério da Poesia‘.

Diferentes linguagens poéticas e outras formas de expressividade serão também estimuladas. Serão promovidos laboratórios e oficinas de escrita poética e criativa. Manuella Bezerra de Melo, jornalista e escritora, dinamizará o ‘Pequeno Laboratório de Poesia Política’ na tarde do dia 21 de Março, na Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva. Também nesse dia, o Laboratório de Inovação Cultural, no Edifício do Castelo, acolherá a Oficina de Escrita Criativa ‘A Palavra é a Arma’, dinamizada por André Neves, artisticamente reconhecido como MAZE, um dos fundadores e integrantes dos Dealema, um dos mais antigos grupos do hip-hop português.

Dar a conhecer o sol do amor também aos mais novos

Aos públicos infanto-juvenis será proporcionado um vasto conjunto de actividades poéticas, desde apresentações de livros a sessões de leitura, de oficinas de escrita a recitais especialmente dirigidos aos mais novos.

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Família do poeta procura textos inéditos

Para lá dos seus livros ‘Albas’, ‘Nos ventos da minha alma’, ‘Uma pedra ao lado da evidência’ e ‘O ritmo do presságio’, a família de Sebastião Alba quer ver mais divulgada a obra do escritor e poeta bracarense, pelo que apela a quem tiver textos inéditos, em prosa ou poesia, que os faça chegar ao seu poder para serem coligidos e editados.


Fontes: Sebastião Alba, Município de Braga, Correio do Minho

Imagens: Sebastião Alba ; Município de Braga


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