Saúde | Escolas públicas não têm nutricionistas a trabalhar

 

 

A Ordem dos Nutricionistas saudou esta semana as restrições à publicidade a alimentos dirigida a crianças, mas lamentou em simultâneo o facto de estar por cumprir a colocação de nutricionistas nas escolas, não havendo nenhum estabelecimento público com nutricionista em todo o país.

 

 

A Ordem dos Nutricionistas relembra que em 2012 foi publicada uma recomendação “para a presença” de nutricionistas nas instituições de ensino e “até ao momento nada foi feito”.

“Falta mais ação para melhorar a alimentação e a saúde das crianças e jovens portugueses. É incompreensível, que depois da publicação em 2012 da recomendação da presença de nutricionistas nas escolas, nada tenha sido feito. Só existem dois nutricionistas a trabalhar no Ministério da Educação para todas as escolas públicas do país, lugares que são privilegiados para a promoção de literacia alimentar”, lamenta a Ordem.

Para lá do comunicado em que manifestou tal posição, em declarações difundidas pela TVI, a bastonária Alexandra Bento recordou que, em fevereiro de 2018, a Ordem dos Nutricionistas apresentou à Secretaria de Estado da Educação uma proposta em que alertava para a necessidade de integrar nutricionistas nas escolas.

“O Governo não se pode demitir de proteger as crianças na globalidade. Hoje foi dado um passo importante, mas o caminho a percorrer ainda é longo. É precisamente nestas faixas etárias que devem ser direcionados os maiores esforços, sendo a escola o local privilegiado para adquirir conhecimentos e competências para a adoção de comportamentos alimentares mais saudáveis”, referiu a bastonária.

Governo lança tabela proibindo publicidade a determinados alimentos

Entretanto as bolachas e os leites achocolatados e aromatizados à venda em Portugal vão deixar de poder ser publicitados junto a escolas e parques infantis, no cinema, nas redes sociais e em programas de televisão e rádio quando dirigidos a menores até aos 16 anos, dentro de 60 dias, a partir de Outubro. O mesmo vai acontecer a 90% dos cereais de pequeno-almoço e a 72% dos iogurtes no mercado, enquanto apenas os refrigerantes que têm edulcorantes poderão continuar a ser publicitados a crianças e jovens até esta idade, divulgou o Público aquando da publicação da tabela com o perfil nutricional dos alimentos e bebidas pela DGS também esta semana.

A Ordem dos Nutricionistas saudou por isso, em simultâneo, a tabela publicada e que define o perfil dos alimentos e bebidas com publicidade dirigida a menores de 16 anos, mas entende que este não deve ser “um documento estático”.

Segundo a Ordem, em Portugal, 27% dos anúncios na televisão são sobre alimentos com excesso de açúcar, gorduras e sal; cerca de 50% deste anúncios são dirigidos a crianças, transmitidos principalmente em períodos de maior audiência infantil; e que, em média, as crianças estão expostas a cinco anúncios de alimentos por hora.

A tabela que define o perfil dos alimentos e bebidas com publicidade com restrições publicada esta semana em Diário da República entra em vigor em finais de outubro.

O perfil nutricional surge no seguimento da lei aprovada em abril, destinada a restringir determinada publicidade dirigida a crianças. A lei então aprovada incumbia a Direção-Geral da Saúde de identificar os produtos alimentares com elevado valor energético, teor de sal, açúcar, ácidos gordos saturados e ácidos gordos ‘trans’.

 

Fonte: ON; Imagem: Município de Esposende

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