Finanças | Portugal continua a contrair dívida em valores mínimos históricos

 

 

Portugal emitiu hoje, 8 de maio, 1.250M de euros em Obrigações do Tesouro (OT) de longo prazo, com emissões a 10 e 15 anos, em mínimos históricos, com os juros a caírem novamente para os valores mais baixos de sempre.  

 

 

Segundo revelam os dados da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP),  apesar da menor procura em relação a anteriores emissões, foram colocados 800 milhões de euros em OT – com maturidade a 10 anos – término em 15 de junho de 2029 – à taxa de juro de 1,059%, um novo mínimo de sempre (o anterior recorde data de 10 de abril, com o valor de 1,143%). 

A procura das OT a 10 anos cifrou-se em 1.502 milhões de euros, equivalente a 1,88 vezes do montante colocado. 

Em OT com maturidade a 15 anos – término a 18 de abril de 2034 – foram colocados 450 milhões de euros à taxa de juro de 1,563%, tendo a procura atingido 855 milhões de euros, equivalente a 1,90 vezes o montante colocado. 

Segundo Tiago Varzim, do Jornal de Negócios, esta melhoria da taxa de juro exigida pelos investidores era expectável. Mesmo no mercado secundário, ainda hoje, os juros a dez anos da dívida portuguesa voltaram a atingir mínimos históricos, negociando abaixo dos 1,1%.

No mesmo artigo, Tiago Varzim cita Filipe Silva, do Banco Carregosa, em nota emitida após a emissão: “Apesar de termos tido algum ruído político nos últimos dias, tal não veio afetar o risco do país”. Para o analista “emitir dívida de longo prazo e com este custo é muito positivo para o país e continuará a permitir ir reduzindo o custo do serviço de dívida”.  

No anterior leilão de OT a 15 anos, de 13 de fevereiro de 2019, Portugal colocou 295 milhões de euros à taxa de juro de 2,045%.

A procura das OT a 15 anos atingiu 675 milhões de euros, equivalente a 2,29 vezes do montante colocado.

O Tesouro português regressou esta quarta-feira, 8 de maio, ao mercado de dívida de longo prazo com uma emissão em que pagou o juro mais baixo de sempre. O IGCP, instituto que gere a dívida pública portuguesa, encaixou 800 milhões de euros a dez anos a uma taxa de juro de 1,059%, o que compara com os 1,143% da emissão de abril.

 

Imagem: Immo Wegmann

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