Braga avança soluções para desatar o Nó de Ínfias

Braga avança soluções para desatar o Nó de Ínfias

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O Município de Braga realizou esta segunda-feira, 29 de abril, uma sessão pública onde apresentou o diagnóstico e as perspetivas de intervenção, imediatas e a médio prazo, para o Nó de Ínfias, um dos mais problemáticos sistemas rodoviários do Concelho de Braga.

Esta ligação constitui o principal ponto de congestionamento de trânsito da cidade de Braga por via da afluência de muitas vias estruturantes de ligação inter-regional e nacional, com reflexos negativos no trânsito local.

Segundo Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga, o Município já encetou contactos com a Infraestruturas de Portugal (IP) e com o Ministério das Infraestururas e Habitação propondo a redefinição do Nó de Infias de uma forma que garanta a capacidade de escoamento do tráfego de atravessamento, priorizando as ligações da Variante à EN101-201 à Circular Norte (Av. António Macedo – EN14) e a capacidade de escoamento nas saídas do centro para essas vias e para o Nó.

Acordo de gestão e concurso público

“Os serviços municipais, juntamente com a IP, já desenvolveram soluções prévias para a reorganização do Nó de Ínfias que carecem, ainda, do desenvolvimento do projecto de execução e de procedimentos prévios, bem como da definição do acordo de gestão com a IP“, referiu o autarca, salientando que, dependendo do desenvolvimento do cronograma das diversas ações, a conclusão da obra é possível em meados de 2022.

“Para isso será necessário iniciar, desde já, a definição do acordo de gestão e o lançamento do concurso público por parte da IP, o que permitirá iniciar a obra, com um custo de 5 milhões de euros, em 2021”, explicou Ricardo Rio.

Soluções de curto e médio prazo estão previstas

No imediato, para minorar os impactos dos fluxos de tráfego registados no Nó de Infias, o Presidente da autarquia garantiu que os serviços municipais estão a desenvolver medidas de intervenção, a curto e médio prazo, na envolvente imediata do Nó de Infias que não comprometem a solução final.

Dessas soluções imediatas destaca-se a duplicação da via de saída do centro da cidade para o Nó, desde a rotunda de Ínfias, garantindo o aumento da capacidade de cerca de 36 para 82 automóveis. Esta situação irá aliviar substancialmente a rotunda de Ínfias e a área urbana envolvente e já obteve parecer favorável da IP, estando previsto para breve a assinatura do acordo de gestão e a respetiva execução.

Município enceta contactos com Ministério das Infraestruturas

De modo a agilizar o processo, Ricardo Rio fez chegar ao Ministro das Infraestruturas um dossiê com a proposta de inclusão desta intervenção, bem como dos troços da Variante do Cávado (que garantem a ligação do Parque Industrial de Adaúfe ao nó das autoestradas em Ferreiros, com um custo estimado de 13 milhões, totalizando 18 milhões de euros) no Orçamento de Estado e na 2ª fase do Programa de Valorização das Acessibilidades às áreas Empresariais (PVAE).

Numa 1ª fase, este programa já contemplou a beneficiação das acessibilidades de 12 áreas empresariais a nível nacional, num total de 102 milhões de euros. Braga apresenta dinâmicas empresariais competitivas a nível nacional, o que posiciona o Concelho favoravelmente para a 2ª fase do PVAE. As acessibilidades em causa integram-se ainda plenamente nos objetivos deste programa.

Propostas melhoram qualidade de vida e competitividade das empresas

Segundo Ricardo Rio, estas duas propostas têm como principal desígnio “eliminar os fluxos de atravessamento em áreas urbanas e na rede viária local e, consequentemente, reduzir a sinistralidade e melhorar o ambiente urbano e a qualidade de vida dos cidadãos”.

O autarca referiu também que, pelo caráter polarizador de Braga, “estas intervenções vão beneficiar as empresas que se localizam neste eixo do Noroeste de Braga e nos Concelhos localizados a Norte, aumentando, igualmente, a competitividade das empresas”.

Elevados volumes de tráfego no Nó de Ínfias criam situação de saturação

Atualmente, os elevados volumes de tráfego gerados nas vias, sob jurisdição da Infraestruturas de Portugal (IP), não são compatíveis com a capacidade de escoamento do nó viário em questão, o que cria situações de saturação das vias locais, com constrangimentos para a adequada circulação e vivência urbana na envolvente. Recorde-se que a própria acessibilidade ao Hospital de Braga pelos Concelhos localizados a Norte é efetuada integralmente através do Nó de Ínfias.

Conflui neste nó a Variante à EN 101-201 que estabelece a ligação dos Concelhos de Vila Verde e Amares a Braga, e a Av. António Macedo (EN 14), na qual converge todo o tráfego proveniente da Variante à EN 14 e das autoestradas A11 e A3.

No diagnóstico ora apresentado, conclui-se que a EN 101-201 registou, em 2016, volumes de tráfego médio diário de cerca de 40.000 veículos/dia, sendo que na Av. António Macedo o valor corresponde a cerca de 88.000 veículos/dia. Na via de ligação da rotunda de Infias ao Nó de Infias registou-se, em 2018, um tráfego médio de 20.000 veículos/dia, valor incomportável para o perfil desta via.

Conforme evidencia também o relatório do diagnóstico e caracterização do Plano de Mobilidade Urbana Sustentável de Braga (PMUS), que está em fase de desenvolvimento, a maioria das viagens intraconcelhias não interferem com o Nó de Infias, devendo-se a maioria do fluxo de tráfego registado aos movimentos interconcelhios. Dos fluxos atraídos ao Concelho de Braga cerca de 34% acedem ao perímetro urbano através da freguesia de São Vicente.

Braga, cidade polarizadora de trânsito

O volume de tráfego registado no Nó de Ínfias gera impactos negativos na sua envolvente urbana, ao nível da sinistralidade, qualidade do ar, ruído e, consequentemente, na qualidade de vida dos residentes e foi alvo de ligeira, mas insuficiente requalificação.

O PNPOT (Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território) e os estudos desenvolvidos no âmbito do PROT-Norte (Plano Regional de Ordenamento do Território-Norte) já identificavam o Concelho de Braga como um concelho polarizador (cerca de 84% dos movimentos pendulares registados de e para Braga, correspondem aos movimentos pendulares que têm como destino o concelho). Neste sentido, o concelho que gera mais movimentos para Braga é Vila Verde (localizado a Norte e apresentando fortes incidências no Nó de Infias).

Mobilidade | Nó de Ínfias alvo de intervenções cirúrgicas de melhoria

Imagens: Município de Braga

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