Questionário de Proust | Vítor Ribeiro

Questionário de Proust | Vítor Ribeiro

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Vítor Ribeiro tem 45 anos.

Actualmente é programador de Cinema na Casa das Artes de Famalicão, onde tem desempenhado um papel de destaque na organização do CLOSE-UP – Observatório de Cinema.

Vítor Ribeiro é Mestre em “Mediação Cultural e Literária, Área de Especialização em Estudos de Cinema e Literatura” (Instituto de Letras e Ciências Humanas da Universidade do Minho, 2011-2013) com uma tese sob a forma de Guião Cinematográfico, “Em Teu Ventre”, que cruza ao sabor do tempo duas obras de Goethe, “As Afinidades Electivas” e “Werther”. Na sua formação de origem, Vítor Ribeiro é Licenciado em Engenharia Civil.

Ao longo da sua vida, o seu trabalho mais relevante tem sido desenvolvido na área da programação cinematográfica, com destaque para o projecto Cineclube de Joane, entidade financiada ininterruptamente pelo Ministério da Cultura desde 2002, do qual é director e programador desde 1998.

 

 

1- Qual é para si o cúmulo da miséria moral?

O despotismo, a falta de respeito pelo outro..

 

2- O seu ideal de felicidade terrestre?

O regozijo das pequenas conquistas. E o reencontro com a minha filha, à saída da escola.

 

3- Que culpas, a seu ver, requerem mais indulgência?

A imprudência.

 

4- E menos indulgência?

A desonestidade.

 

5- Qual a sua personagem histórica favorita?

William Shakespeare.

 

6- E as heroínas mais admiráveis da vida real?

Marguerite Duras e Frida Kahlo.

 

7- A sua heroína preferida na ficção?

Deanie (Natalie Wood) em Splendor in the Grass (1961) de Elia Kazan.

 

8- O seu pintor favorito?

J. M. W. Turner.

 

9- O seu músico favorito?

Bob Dylan.

 

10- Que qualidade mais aprecia no homem?

Inteligência e honestidade.

 

11- Que qualidade prefere na mulher?

Inteligência e honestidade.

 

12- A sua ocupação favorita?

Cinema!

 

13- Quem gostaria de ter sido?

Não estou a ver.

 

14- O principal atributo do seu carácter?

Não sou grande juiz em causa própria.

 

15- Que mais apetece aos amigos?

Tê-los por perto.

 

16- O seu principal defeito?

Teimosia, quase uma qualidade.

 

17- O seu sonho de felicidade?

Que o humanismo triunfe.

 

18- Qual a maior das desgraças?

A guerra, ainda.

 

19- Que profissão, que não fosse a de escritor, gostaria de ter exercido?

Escrever para cinema desde o nascer do sol; depois do almoço, dar mergulhos de mar, como o Hemingway.

 

20- Que cor prefere?

Azul.

 

21- A flor que mais gosta?

Magnólia.

 

22- O pássaro que lhe merece mais simpatia?

Rouxinol.

 

23- Os seus ficcionistas preferidos?

Dorothy Parker, Flannery O’Connor, Georges Simenon, J. G. Ballard, J. W. Goethe, Patricia Highsmith, Philip Roth, Robert Musil, Tennessee Williams.

 

24- Poetas preferidos?

Álvaro de Campos, Herberto Hélder, Raymond Carver.

 

25- O seu herói?

LT (Harvey Keitel) em Bad Lieutenant (1992) de Abel Ferrara.

 

26- Os seus heróis da vida real?

Já não há heróis.

 

27- As suas heroínas da história?

Madame Bovary. “Não gosto da vida verdadeira e por isso me dedico à ficção. Se a literatura não existisse, eu mesmo a inventaria.” [Enrique Vila-Matas]

 

28- Que mais detesta no homem?

A intolerância, a brutalidade e a tirania.

 

29- Caracteres históricos que mais abomina?

Os déspotas, não faltam infelizmente exemplos no passado e no presente.

 

30- Que facto, do ponto de vista guerreiro, mais admira?

A audácia que conduza à libertação de um povo.

 

31- A reforma política que mais ambiciona no mundo?

Uma justa distribuição da riqueza.

 

32- O dom natural que mais gostaria de possuir?

Paciência.

 

33- Como desejaria morrer?

A seu tempo.

 

34- Estado presente do seu espírito?

Inquieto.

 

35- A sua divisa?

Tolerância e perseverança.

 

36- Qual é o maior problema em aberto do concelho?

As questões ligadas à mobilidade e à rede de transportes públicos.

 

37- Qual a área de problemas que se podem considerar satisfatoriamente resolvidos no território municipal?

A disposição de infraestruturas e de equipamentos no concelho.

 

38- Que obra importante está ainda em falta entre nós?

Mais cidade, mais cidadania, talvez incrementada pela regeneração do centro, depois dos belos esticões conferidos pela Casa das Artes e pelo Parque da Devesa.

 

39- De que mais se orgulha no seu concelho?

Da disponibilidade em acolher novos projectos.

 

40- Qual é o livro mais importante do mundo para si?

Dom Quixote de la Mancha de Miguel de Cervantes.

 

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Categorias: Sociedade

Acerca do Autor

Agostinho Fernandes

Agostinho Peixoto Fernandes nasceu em Joane, em 1942. Após a instrução primária, ingressou na austera Ordem do Carmo, em Viana do Castelo, tendo terminado a licenciatura em Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Como professor do ensino Secundário ocupou, a partir de 1974, vários cargos de gestão em estabelecimentos de ensino. Entre 1980 e 1982 foi vereador da Cultura, pelo Partido Socialista, na Câmara Municipal de Famalicão, sendo Presidente Antero Martins do PSD, onde alicerçou uma política inovadora nesta área. Promoveu os Encontros Municipais e de Formação Autárquica, fundou o Boletim Cultural. Dinamizou o movimento associativo local. Em 1983 foi eleito presidente da Câmara de Famalicão, cargo que ocupou até 2001. O seu trabalho de autarca a favor da educação, ensino e acção social (foi um dos primeiros autarcas do país a criar no seu concelho uma rede pública de infantários) foi reconhecido em 1993 pela UNICEF, que o declarou “Presidente da Câmara Amigo das Crianças”. Ao longo dos seus sucessivos mandatos – que se estenderam por um período de quase 20 anos – o concelho transfigurou-se. A ele se deve a implantação de importantes infra-estruturas como o Citeve, Matadouro Central, Universidade Lusíada, Escola Superior de Saúde do Vale do Ave, Biblioteca Municipal, Artave, Centro Coordenador de Transportes, Casa das Artes, Museu da Indústria Têxtil e piscinas municipais. Também tomou decisões polémicas, como a urbanização da parte dos terrenos de Sinçães, a instalação de grandes e médias superfícies comerciais à entrada da cidade e a demolição do Cine-Teatro Augusto Correia. Foi um dos fundadores da Associação de Municípios do Vale do Ave, tendo, neste âmbito, enfrentando a maior contestação popular dos seus mandatos com a construção da ETRSU de Riba de Ave. É sócio de inúmeras associações cívicas, culturais e de solidariedade social e foi mandatário concelhio de Mário Soares e Jorge Sampaio (1º mandato) nas suas campanhas à Presidência da República.

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