Para assinalar o Dia Mundial do Teatro, a 27 de março próximo, a Fértil – Associação Cultural, de Gondifelos, leva à cena a peça “Primavera”, com texto e encenação de Rui Alves Leitão e interpretação de Neusa Fangueiro.
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O Dia Mundial do Teatro é assinalado a 27 de março de cada ano. Assim, por todo o mundo, neste dia realizam-se múltiplos espetáculos desta arte cénica cuja frequência é habitualmente gratuita ou com bilhetes mais baratos que o habitual.
O objetivo da data é promover a arte do teatro junto do público. A data é aproveitada para recordar alguns dos artistas e das obras mais importantes da história do teatro.
O teatro é uma arte milenar e atua também como um meio de divulgação da cultura de diferentes povos. Desde a antiguidade, o homem tem usado o teatro como forma de expressão. Jaime Gralheiro, dramaturgo, na sua mensagem a propósito deste dia deixada na página da Associação Portuguesa de Escritores, refere que a força do Teatro reside “na capacidade de, através do jogo cénico, transformar as palavras em gente viva e as coisas noutras coisas, tudo ali feito à vista do espetador, de tal forma que, muitas vezes, as coisas e pessoa inventadas [têm] mais força que as coisas e pessoas invocadas.”
Existem diversos géneros teatrais como a comédia, o drama, a farsa, a tragédia, a tragicomédia, o melodrama, a revista e o teatro infantil, entre outros.
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Primavera, de Rui Alves Leitão
A peça não será estreada nesta data. Trata-se de uma produção representada pela primeira vez em 21 de março de 2013. Apesar de poder não ser surpresa para alguns, a peça terá a vantagem adicional de estar profundamente apreendida.
Primavera será apresentada às 21h30, na Casa da Pedreira, Rua do Barroco, n.º 196, em Gondifelos.
Considera a Associação Cultural que esta data é um “dia de grande celebração”, mas também “de reflexão sobre a importância ou pertinência do Teatro na história da humanidade e na atualidade.”
No final do espetáculo, a Fértil sugere a realização de uma conversa aberta com o público.
Sinopse
“No Inverno a noite chega muito cedo, tão cedo que nem dá para fazer nada. Não é que eu faça muito. Cansa-me este escuro do Inverno. Acordámos, está escuro, ainda não recolhemos e já está escuro outra vez.”
Mas a seguir ao Inverno vem sempre a Primavera. Sempre foi assim e há-de continuar a ser. A Primavera é tempo de recomeço. Mas recomeçar o quê quando estamos velhos e isolados?
Primavera fala-nos da última velha de uma aldeia serrana. Com ela já só vivem as histórias do passado. Muitas são as lembranças de uma vida que outrora teve e que agora transporta consigo. A aldeia, essa fica vazia e nada há de contar.
Ficha artística
Texto e encenação: Rui Alves Leitão
Interpretação: Neusa Fangueiro
Direcção de atores: Etelvino Vázquez
Cenografia e figurinos: Teresė Dedūraitė
Apoio à cenografia: Rodrigo Viterbo
Máscara: Neusa Fangueiro
Cartaz: Sandra Neves
Costureira: Carmo Alves
Desenho de luz: Paulo Neto
Fotografia e vídeo: Rui Alves Leitão
Produção executiva: Rui Alves Leitão
Agradecimentos: ACERT
Co-produção: Fértil / Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão
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Rui Alves Leitão é Licenciado em Antropologia. Defendeu a monografia “Antropologia Teatral – Um Estudo Antropológico Sobre a Arte de Representar”
Possui um já vasto currículo e experiência na área do teatro. Desenvolveu, ao longo dos anos, atividade com o Teatro do Montemuro, Comédias do Minho, Teatro de Marionetas do Porto, balleteatro, Teatro e Marionetas de Mandrágora, Nuvem Voadora, Circulo Portuense de Ópera, Orquestra do Norte e Varazim Teatro.
Neusa Fangueiro, por seu turno, é Licenciada em Interpretação do Balleteatro e possui ainda o curso de Teatro de Formas Animadas.
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Rui Alves Leitão e Neusa Fangueiro são co-diretores artísticos da Fértil. Contudo cada um dos quais desempenha diferentes funções. Rui Alves Leitão é co-fundador da Associação, o que aconteceu em 2010, e tem aí desenvolvido trabalho como encenador, músico, sonoplasta e produtor. Neusa Fangueiro, por seu lado, participa nas suas apresentações como atriz, dramaturga e criadora.
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Ligações:
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