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Municípios de Famalicão e Guimarães assinalam Dia da Árvore

 

 

Os municípios de Guimarães e Vila Nova de Famalicão assinalaram o Dia Mundial da Árvore, assinalado em todo o mundo, em 21 de março. Em ambos os concelhos foi dada preferência à plantação de espécies autóctones.

Em geral, no Dia da Árvore, os municípios, bem como as escolas, empenham-se em desenvolver atividades públicas que alertem para a problemática florestal, nomeadamente efetuando arborização e reflorestação de espaços públicos com plantas nativas da sua floresta autóctone.

O objetivo da comemoração do Dia Mundial da Árvore é sensibilizar a população para a importância da preservação das árvores e das florestas, quer ao nível do equilíbrio ambiental e ecológico, como da própria qualidade de vida dos cidadãos. Estima-se que 1000 árvores adultas absorvem cerca de 6000 kg de CO2 (dióxido de carbono).

Atualmente, estima-se que cerca de 30% da superfície terrestre esteja coberta por florestas. São as plantas que realizam a fotossíntese, isto é, no processo específico que desenvolvem para produção de energia produzem oxigénio a partir de dióxido de carbono. Por essa razão se costuma dizer que as florestas são os “pulmões do mundo”. Mas a sua importância vai bem mais longe, uma vez que para além de ajudarem a manter e renovar os ecossistemas, desempenham também um papel essencial em áreas estratégicas como a economia e a produção de bens e alimentos..

Historial do Dia da Árvore

O dia 21 de março de cada ano é celebrado, internacionalmente, como o Dia Internacional das Florestas desde 2013. Nesse sentido deliberaram as Nações Unidas tendo como ponto de partida os sucessos alcançados com o Ano Internacional das Florestas em 2011.

As Nações Unidas assumiram, ao assinalar esta data, como objetivo principal  garantir que as gerações futuras continuarão a beneficiar dos múltiplos serviços e produtos que devemos a todos os tipos de florestas. Para tal defendem um incessante empenho na gestão sustentável das mesmas, em paralelo com um continuado esforço de conservação e ordenamento dos espaços florestais naturais.

Segundo o ICNF – Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, o Estado do NebrasKa, nos Estados Unidos, face à escassez de árvores e florestas, foi o primeiro em que a população, já em 1872, decidiu dedicar um dia à plantação de árvores. De início, a data não era fixa, mas depois muitos outros países seguiram o seu exemplo, entre eles Portugal, entre 1907 e 1917.

Em Portugal, tal interrupção duraria até 1971, ano em que, no âmbito das comemorações do Ano Europeu da Conservação da Natureza ocorrida no ano anterior, foi retomada a celebração oficial do “Dia da Árvore”, por proposta da então Direcção-Geral dos Serviços Florestais e Aquícolas e da Liga para a Protecção da Natureza.

Da Árvore, a Festa passou a ser da Floresta quando, em 1971, a FAO (Food and Agriculture Organization) estabeleceu o “Dia Mundial da Floresta” com o objetivo de sensibilizar as populações para a importância da floresta na manutenção da vida na Terra. Como consequência, em Portugal, em 1974, foi celebrado o primeiro “Dia Mundial da Floresta”, tendo sido escolhida, como em muitos outros países do hemisfério norte, a data de 21 de março, o primeiro dia de primavera. No hemisfério sul a data é assinalada 6 meses mais tarde, em 21 de setembro.

Sinal dos tempos e da relevância que a questão florestal se reveste, em 30 de novembro de 2012, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou uma resolução que declara o dia 21 de março de cada ano como Dia Internacional das Florestas. Este ano, 2018, depois da tragédia que assolou o nosso país no verão passado, esta data é ainda mais importante e significativa.

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Famalicão planta no Parque de Sinçães 5000ª (pentamilésima) de “25000 árvores até 2025” 

O Parque de Sinçães, em Vila Nova de Famalicão, ganhou, esta quarta-feira, uma nova árvore, um Carvalho Alvarinho – Quercus róbur. Simbolicamente representativa de 24999 outras árvores, esta 5000ª (pentamilésima) árvore foi colocada junto ao Skate Park do Parque de Sinçães. Esta é é uma das “25 mil árvores até 2025”, projeto que o Município iniciou em setembro 2016 e em que pretende reflorestar parte do concelho com plantas autóctones.

Acompanhado por cerca de meia centena de crianças da Escola de Quintão, de Arnoso Santa Eulália, o presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, arregaçou as mangas e assinalou o Dia Mundial da Árvore da melhor forma possível, “cumprindo mais uma etapa deste projeto ambiental” que tem como principal objetivo reabilitar aproximadamente 25 hectares do território concelhio através da plantação das referidas 25 mil árvores e arbustos nativos da região.

De acordo com a planificação, previa-se, para os primeiros três anos do projeto, a plantação de 180 árvores por mês. Até ao momento, a autarquia tem vindo a plantar uma média de quase 280 árvores por mês, número este que suplanta largamente o objetivo previsto.

Segundo Paulo Cunha, no entanto, mais importante que os números, “é a mensagem que este projeto leva à comunidade: olhar de uma forma diferente para a floresta. Cada vez mais, as pessoas estão sensibilizadas para a importância de proteger o ambiente e a biodiversidade, o que se deve a muitas destas iniciativas.” O autarca lembrou ainda o “grande envolvimento e participação das pessoas e das instituições famalicenses neste projeto”, referindo que, quando assim é, se torna “mais fácil preservar o ambiente”.

A plantação da árvore cinco mil representou também o culminar de uma jornada inteiramente dedicada à natureza, através da concretização da 1.ª Rota pela Floresta – Eco-escolas. Com a colaboração e envolvimento de diversas escolas e instituições, várias dezenas de crianças plantaram um conjunto de árvores autóctones, ao longo do dia, em muitos espaços do concelho. As crianças transportaram um pergaminho onde iam recolhendo testemunhos assentes em compromissos assumidos pelos vários intervenientes.

Também Paulo Cunha foi desafiado a assumir um compromisso com o ambiente, referindo que “a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão está comprometida com o ambiente e assegura aos Famalicenses que, com a ajuda de todos, vai plantar 25 mil árvores até 2025.”.

“Guimarães mais Floresta” realiza plantação de 200 árvores autóctones

Cerca de duas centenas de árvores autóctones foram plantadas esta quarta-feira, 21 de março, em vários locais de Guimarães, assinalando-se desta forma o Dia Mundial da Árvore.

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À Câmara Municipal de Guimarães, esta iniciativa juntou instituições particulares, como a Venerável Ordem Terceira de São Francisco, a Associação Paralisia Cerebral de Guimarães (APCG) e o Rotary Clube de Guimarães, assim como algumas empresas sedeadas em Guimarães, pretendendo sensibilizar a comunidade para a importância da preservação deste importante património natural.

As árvores autóctones foram plantadas no Parque da Cidade, próximo do edifício da Academia de Ginástica de Guimarães, na Citânia de Briteiros, na zona ribeirinha do Rio Selho, em Creixomil, junto ao Laboratório da Paisagem, na Veiga de Creixomil, próximo à Variante, e no Centro Escolar de Candoso S. Martinho.

Ao longo desta semana, outras entidades promovem a plantação árvores em diferentes locais do concelho vimaranense, nomeadamente nos parques de lazer de Lordelo e Longos, na Falperra, uma zona afetada pelos fogos do último ano, e ainda numa zona próxima do Cemitério de Monchique.

Entre as plantações já realizadas nos últimos dias e as ações que se encontram previstas, Guimarães terá cerca de 2400 novas árvores autóctones. A este número somam-se as muitas plantações realizadas nas escolas vimaranenses, no âmbito do programa ambiental PEGADAS. Entre as árvores plantadas e a plantar encontram-se carvalhos, castanheiros, cerejeiras, freixos, amieiros e medronheiros.

O projeto “Guimarães mais Floresta” pretende plantar anualmente, em Guimarães, 15 mil novas árvores autóctones e está aberto à participação de todos, desde escolas, associações, instituições e empresas.

 

Imagens: MVNF, INCF, MGMR

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