A CIVITAS Braga e Álvaro Vasconcelos vão estar à conversa sobre os constrangimentos à democracia nos dias de hoje. Num período conturbado como aquele em que vivemos, em que as pressões sobre a liberdade de expressão se fazem sentir de forma frequentemente intimidatória, o movimento cívico bracarense promove, em conjunto com a Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, a Fundação Castro Alves e o Forum Demos, um encontro de cidadania entitulado “Democracia e Paz: ameaças e perigos eminentes” que servirá também à divulgação do mais recente livro do fundador do Instituto de Estudos Estratégicos e Internacionais de Lisboa.
No encontro, que acontece no próximo sábado, 9 de Julho, pelas 15h00, na Feira do Livro de Braga, e conta também com as participações de José Miguel Braga e Sandra Fernandes, será efetuada a apresentação do livro “De Trump a Putin – A Guerra Contra a Democracia“, de Álvaro Vasconcelos. Impulsionador do Forum Demos, ponto de encontro para debates sobre a democracia contemporânea, o autor é colunista regular na imprensa portuguesa e internacional e autor e co-editor de vários livros, artigos e relatórios, nomeadamente nas áreas geoestratégicas da Política Externa e de Segurança Comum, ordem mundial e relações euromediterrânicas.
Do prefácio da jornalista Teresa de Sousa
“Esta recolha de textos de Álvaro Vasconcelos gira à volta de um tema central – a democracia liberal e os perigos que hoje atravessa, cercada por dentro e por fora por ameaças e desafios que não podem ser subestimados. É este o seu grande valor.
Na base do descontentamento e da desconfiança que minam as democracias liberais está a perceção das profundas desigualdades geradas ao longo de várias décadas pelas teorias neoliberais que precederam a crise financeira de 2008 e a Grande Recessão dos anos seguintes. Este é outro dos pontos essenciais sobre o qual os textos reunidos neste livro reflectem. A pandemia expôs algumas dessas desigualdades intoleráveis. Mas o autor avisa também, citando Edgar Morin, que mais igualdade não implica menos liberdade. Joe Biden compreendeu esta nova realidade. Está a encontrar demasiadas resistências. Os republicanos continuam a sua deriva populista e nacionalista.
O livro regressa várias vezes ao passado, aos momentos em que as grandes tendências que hoje dominam o nosso mundo começaram a desenhar-se. Da força dos supremacistas brancos nos Estados Unidos, à deriva autocrática na Rússia. De Samuel Huntington e o seu “Choque de Civilizações” ou a sua obra seguinte (“Who are We?”, 2004, sobre a identidade nacional americana) às ilusões ocidentais sobre a transformação acelerada, mas impossível, da economia herdada da União Soviética numa perfeita economia de mercado.
O livro leva-nos do Mediterrâneo das tragédias dos imigrantes, ao Brasil de Bolsonaro, do Brexit ao futuro da União Europeia, da eleição de Trump à guerra de Putin na Ucrânia, dos sobressaltos das democracias europeias, minadas por dentro pelas várias cores do populismo e dos extremismo, com alguns desvios por Portugal e nosso papel na Europa. Olhando mundo, a sua ideia fundamental é a de uma “humanidade comum”, que a pandemia veio pôr dramaticamente em evidência.
Utopia? Talvez. Sem idealismo, é difícil encarar o futuro. Essa é outra marca indelével deste livro de Álvaro Vasconcelos”.
Para lá da presença de Álvaro Vasconcelos, encontro conta também com a participação de José Miguel Braga e Sandra Fernandes
O encontro tem início com um espaço para a leitura de poesia de resistência de Chico Buarque, pela voz de José Miguel Braga, passando depois a uma conversa que, para lá de Álvaro Vasconcelos, conta também com a participação especial de Sandra Fernandes, professora de Relações Internacionais da Universidade do Minho.
Conversa mediada por Inês Granja (Civitas Braga)
A conversa com Álvaro Vasconcelos e Sandra Fernandes, mediada por Inês Granja, da CIVITAS Braga, tentará discutir as ameaças internas e externas aos sistemas democráticos de hoje, os motivos que levam à eleição de líderes como Trump ou Bolsonaro, entre outras reflexões. No final, haverá espaço para alargar o debate ao público.
A Civitas Braga conta com a sua presença.
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