Perante 4 derrapagens sucessivas do preço da empreitada dos novos Paços do Concelho que já totalizam quase 2 milhões de euros, obra de grande relevância para os trofenses, a Concelhia da Trofa do Partido Socialista, dirigida por Amadeu Dias, candidato do partido às próximas eleições autárquicas, preocupada com as finanças de uma autarquia largamente endividada, lança dúvidas relativamente a “algumas questões sobre o rigor com que este projeto tem vindo a ser gerido”.
Assim, os atuais dois vereadores do PS – Trofa pediram ao presidente da Câmara Municipal, para que tomasse a iniciativa de avançar com uma auditoria independente aos custos excessivos e não previstos que se têm registado na empreitada a realizar nas antigas instalações da Indústria Alimentar Trofense. Sérgio Humberto terá rejeitado a auditoria, por prematura, uma vez que a obra terá sido adjudicada por um valor inferior aos 8 milhões e 200 mil euros previstos inicialmente.
Subversão da escolha inicial na empreitada para os Paços do Concelho da Trofa
Amadeu Dias afirma que “perante a recusa presidente da autarquia, e para salvaguardar as boas contas da Câmara e todos os envolvidos neste processo, o PS irá solicitar junto das entidades públicas competentes um acompanhamento mais próximo desta obra”.
“Estamos a contribuir assim para que os trofenses possam ter certezas absolutas sobre esta aplicação do dinheiro dos seus impostos porque achamos que não é possível continuar a negar a descida de impostos como o IMI e, ao mesmo tempo, a onerar com quase dois milhões de euros o orçamento municipal.
Amadeu Dias
Em declarações prestadas ao Porto Canal, Amadeu Dias, o líder socialista trofense não é parco em críticas e refere que “parece mais do mesmo: sacudir a água do capote”, deixando no ar uma referência implícita a anteriores idênticas situações. “Não há nada melhor do que pedirmos aos organismos próprios, instituicoes públicas, que façam uma auditoria para salvaguardar o bom nome de todos os envolvidos. Não percebemos o receio e o porquê de não avançar para este pedido e esta auditoria, uma vez que estes trabalhos representam já quase mais 25% do valor da adjudicação”.
“É importante lembrar que o início deste procedimento foi desde logo dúbio na sua adjudicação”, lembra Amadeu Dias. “Se a mais-valia técnica prevaleceu para que fosse adjudicada a obra ao quarto melhor preço, hoje em dia subverteu-se totalmente essa adjudicação. Se havia uma mais-valia técnica para atribuir não a um preço melhor mas a uma empresa que supostamente garantia qualidade técnica da obra, – quero referir que nao estamos a pôr em causa a qualidade técnica da empresa que está a fazer a obra -, então está-se aqui a subverter largamente a escolha inicial.”
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Imagem: M TRF / ed VN
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