Chama-se PHYS e é o mais recente produto da MTEX NS. Resultado de uma parceria entre a fabricante famalicense, o CITEVE e a Universidade Católica é um equipamento que recorre a uma tecnologia sustentável de desinfeção de têxteis destinada a inativar bactérias, fungos e vírus de todos os tipos, incluindo o atual coronavírus causador da pandemia de Covid-19, divulga o T-Jornal, publicação especializada no setor têxtil.
A cabine que inativa o SARS-CoV-2 em peças de vestuário, calçado e objetos já está a ser comercializada, através da administração de gás de ozono. A par da sua utilidade mais imediata, as três entidades envolvidas no desenvolvimento do novo equipamento destacam o seu potencial muito para além do combate à Covid-19. Este é um passo importante e decisivo para os EPI (Equipamentos de Proteção Individual) passem a ser reutilizáveis, um enorme avanço do ponto de vista ambiental mas também em redução de custos no setor da saúde.
Equipamento testado na Salsa e na Academia do FC Famalicão
Duas outras entidades famalicenses – a Salsa e a Academia do FC Famalicão – instalaram as cabines de desativação do vírus onde os primeiros resultados foram sendo monitorizados. Mas “foi a partir da experiência com a cabine que a Salsa instalou na loja de Santa Catarina, no Porto, que decidimos alargar os testes a metais e plásticos, que entram no vestuário, como é o caso dos botões”, adiantou Elói Ferreira, o CEO da MTEX NS.
Guggenheim entre os primeiros clientes
O líder da empresa informou também que, depois de validada e comprovada a sua eficácia na desativação do SARS-CoV-2, a PHYS está no mercado desde finais de Dezembro. A inovação encontra-se devidamente patenteada, custará à volta de 12.500€ e trata-se de um produto único e exclusivo. “Não detetamos no mercado nenhum produto com estas características e capacidade”, afirma Elói Ferreira questionado sobre o assunto.
Além de várias redes e colégios privados em Espanha que já a estão a instalar, a PHYS vai também em breve fazer parte dos equipamentos do Museu Guggenheim de Bilbau, que já garantiu a respetiva encomenda.
Breve história de um projeto
A ideia, segundo salienta Braz Costa, o Diretor Geral do CITEVE, partiu da necessidade de encontrar tecnologias sustentáveis de desinfeção de produtos têxteis para inativar vírus, fungos e bactérias nos produtos têxteis. A par da óbvia necessidade de um produto com estas características, foi também tida em linha de conta a importância de envolver os fabricantes de bens e equipamentos.
A MTEX NS é uma especialista em tecnologias de impressão digital para têxteis que se empenhou em avançar com soluções no combate à Covid-19. “Com a apresentação deste projeto este é um dia feliz, já que junta parceiros do sistema científico e tecnológico com empresas na criação e desenvolvimento de tecnologias que fazem a diferença para os cidadãos”, destaca Braz Costa.
À capacidade industrial da empresa, o centro de investigação juntou o conhecimento em materiais têxteis. A solução não passava apenas por inativar o vírus, era ainda necessário garantir que os tratamentos não atacarim as matérias têxteis, o que fez com que a parceria envolvesse também a Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica.
O trabalho da faculdade consistiu, de acordo com Paula Teixeira, a líder da equipa da UC envolvida do projeto, “na análise da resistência” e dos “processos térmicos na desativação, na avaliação da capacidade antimicrobiana do ozono e das radiações V no interior e exterior das peças de vestuário. (…) Trabalhamos também para medir a capacidade de destruição nos materiais e na quantificação da inativação do vírus”.
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Imagem: MTEX NS
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