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O dilema da app antipandemia #StayawayCovid

 

 

#StayawayCovid tem feito levantarem-se muitas vozes devido às últimas declarações do nosso Primeiro-Ministro, António Costa sobre a eventual obrigatoriedade da sua instalação nos smartphones dos portugueses. Stayawaycovid

É um facto que Portugal enfrenta neste momento uma situação grave, devido ao aumento substancial do número de infetados por Covid-19. Tendo ultrapassado os valores máximos desde o início da pandemia. A situação é alarmante, mas já não nos choca tanto, como aconteceu nos meses de março e abril passados. Neste momento, já estamos habituados a viver com esta pandemia e a ter outros cuidados com a nossa saúde. No entanto, existem sempre aqueles indivíduos que estão a “baixar a guarda”, desvalorizando o perigo e a facilidade de contágio do vírus. Claro que este comportamento traduziu-se num aumento de número de infetados diários no momento.

Perante este cenário, o nosso Governo declarou o Estado de Calamidade, alarmado pelo crescimento do número de infetados e, na minha opinião, em breve, pelo futuro aumento do número de doentes internados. Ameaçando um Sistema Nacional de Saúde que só por si não é perfeito ma, no entanto, está melhor preparado que há uns meses atrás. Ao mesmo tempo da declaração de Estado de Calamidade, o Primeiro-Ministro, abordou o uso “obrigatório” da aplicação #StayawayCovid nos telemóveis dos portugueses. Aplicação esta, que permite a quem a utilize saber se existem ou se estiveram perto de alguém infetado com o vírus, isto se todos tiverem a app instalada e em uso.

Abordando o paradigma de funcionamento da aplicação, vejamos: em primeiro lugar todos podem instalar a aplicação, no entanto, a pessoa que o desejar fazer terá de ser detentor de um smartphone. Após a instalação, a app deverá estar sempre ligada e alertará o seu utilizador se estiver perto de alguém infetado. Mas, para a aplicação dar este alerta, a pessoa que estiver infetada terá também de ter a aplicação num smartphone e registar o código que lhe será fornecido pela Direção- Geral de Saúde. Existe aqui um contrassenso, pois logo que uma pessoa tenha sintomas ou lhe seja detetada a infeção, a primeira medida, em quase todos os casos, é essa pessoa isolar-se com receio de contagiar outras. Este será sempre o princípio moral obrigatório!

Se a maioria das pessoas infetadas se isola, qual o sentido da app #StayawayCovid ?

Pessoalmente, entendo a tentativa de indução dissimulada do nosso Primeiro-Ministro de sensibilizar, quase de forma “obrigatória”, os portugueses a serem corretos e cumpridores, no princípio moral, de usarmos e abusarmos de todas as medidas de proteção.

Claro que publicamente a imposição da instalação e uso obrigatório de uma aplicação no nosso telemóvel parece um abuso de poder e de intromissão na privacidade de todos nós. A forma, como o Primeiro-Ministro usou na sua comunicação talvez não tenha sido a melhor, principalmente pela ineficácia que esta medida poderá ter aparentemente na contenção da pandemia.

Quanto ao vírus, segundo os especialistas, tem uma tendência a propagar-se cada vez mais. Pensemos na abertura das escolas, e não falo das creches ou pré-escolares, falo sim das EB 2 e 3, universidades e outros estabelecimentos de ensino, frequentados por adolescentes e adultos, que têm sido um dos principais focos de propagação. E porquê? Porque tem havido um relaxamento nas medidas de proteção e no cuidado no uso do distanciamento social.

É urgente reeducar a nossa juventude para assumir esta pandemia como algo bastante sério

O país não pode voltar a parar, é verdade, mas os exemplos que o nosso Governo tem dado também não têm sido dos melhores. Autorizar a realização de alguns eventos com centenas e milhares de pessoas não foi um bom exemplo, e agora estamos a ver o descrédito que essas decisões transmitiram à nossa população.

Quanto às medidas, o uso de máscara obrigatório na via pública, sim considero ser uma boa medida, assim como os ajuntamentos limitados a 5 pessoas. Neste momento temos de pensar em evitar grandes eventos que aglomerem grande número de pessoas. A campanha de sensibilização nos media sobre medidas de proteção tem de ser mais incisiva. O Estado pode usar e abusar disso, então que o faça!

Quanto aos que se insurgem contra a aplicação por infração do regulamento geral de proteção de dados, contra o “controlo” que sentem que estão a sofrer, nada receiem, pois o controlo de que têm medo já existe a partir do momento que têm um SIM Card num telemóvel ligado a uma rede. Quanto à eficácia da app #StayawayCovid não confiem assim tanto, pois já o demonstrei que poderá não ser tão eficaz assim. Só deixo a questão: e quem não tem smartphone, ou quem se esquece do telemóvel em casa, ou mesmo quem não sabe trabalhar com o telemóvel?

Se o objetivo é controlar eficazmente a população, coloquem um chip nas pessoas ligado ao SNS e decretem que seja obrigatório.

Entretanto protejam-se e stay away do Covid-19.

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