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A caminho das autárquicas em Barcelos

 

 

Agosto, típico mês de férias da maioria dos portugueses, este ano ensombrado, pela SARS-CoV-2, não deixa contudo, de continuar a ser, o mês da silly season política.

Setembro, por seu turno, é o mês de regresso ao activo.

Barcelos vai entrar em ebulição com a preparação e aproximação das eleições autárquicas.

Depois de definidas as lideranças distritais e concelhias dos maiores partidos políticos locais – PS e PSD -, as baterias estão apontadas para a eleição do próximo Presidente de Câmara.

Não menosprezando os outros Partidos, creio que estes não contam para o xadrez político local, à excepção do Chega que pode com naturalidade, penalizar o PSD local.

Como em tudo, existem ciclos que, com naturalidade, chegam ao fim, e é nestes momentos que grande parte das vezes acontece a alternância política.

O ciclo de Miguel Costa Gomes à frente da CM Barcelos, por motivos de limite de mandatos, termina no próximo ano.

Existem vários putativos candidatos socialistas, à sua substituição, porém existe um que se encontra na pole position, Alexandre Maciel.

Um putativo candidato, muito forte (o mais temido pelos sociais-democratas), aquele que pode com naturalidade substituir, o actual Presidente de Câmara, consegue a unidade no partido e seca completamente o BTF, de Domingos Pereira (movimento que nasceu da cisão nos socialistas, com objectivo único de apear Costa Gomes do poder), tem o apoio da distrital (Joaquim Barreto) e é muito bem visto, na sociedade cívil barcelense.

Nas hostes socialistas, a confiança é grande.

No Partido Social Democrata também se chegou ao final de um ciclo político.

Nas eleições internas para a Comissão Política de Secção, devido ao limite de mandatos, José Novais não foi a votos como cabeça de lista, foi como número dois. Apresentou, indicou e apoiou a sua possível substituta.

Saiu expressiva e inequivocamente derrotado.

Abriu se um novo ciclo, ou talvez não, no PSD local.

As eleições autárquicas do ano que vem vão ser as mais difíceis de todos os tempos para este partido.

É da responsabilidade da nova chefia da Concelhia tudo fazer para retirar o Partido Socialista do poder camarário. Uma tarefa hercúlea.

Com o Partido Social Democrata a nível nacional, com uma liderança tóxica, completamente em queda, descrença e
a possibilidade do Chega em Barcelos fazer mossa, é fundamental a escolha do candidato a cabeça de lista à Câmara Municipal.

Segundo os registos, a votação em todas as eleições legislativas desta década, dão sempre mais de 53% de votos ao PSD, no concelho, e nas eleições autárquicas desta década, não passam dos 33%, ou seja, analisando estes dados, verifica-se que as soluções escolhidas nestes dois últimos mandatos, não foram as mais acertadas.

Desde 2009 que os social-democratas vêm perdendo votos nas eleições autárquicas. Perderam primeiro a maioria do voto urbano e têm vindo paulatinamente a perder votação no meio rural.

Cabe à nova direcção olhar para os factos indesmentíveis: evitar a todo custo apresentar como candidatos figuras derrotadas de outrora, tentar procurar consensos partidários, e ouvir os Barcelenses que clamam do PSD uma figura consensual e da sociedade civil.

Caso contrário, com o final de ciclo do PS de Miguel Costa Gomes, pode naturalmente seguir-se o do PS de Alexandre Maciel, ficando o PSD, pelo menos, por mais uma década, fora do poder local.

Quer isso dizer que o PS se eterniza tendo a seu lado uma geração que nunca viu uma outra força política no poder.

Desejo aos estimados leitores que estão a iniciar as suas férias, que estas sejam do vosso agrado.

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