Clima | Estudantes voltam a sair à rua em Braga

 

 

“A nossa casa está a arder. Temos uma década para reverter todo um século, mas continuamos longe de conseguir cumprir as metas europeias e internacionais, já de si insuficientes, para a neutralidade carbónica. Em Portugal, ainda nem foi declarado o estado de emergência climática, crucial para o reconhecimento de que estamos, efetivamente, numa situação extraordinária. Apesar de todas as promessas durante a campanha eleitoral, o Governo continua a não fazer do combate às alterações climáticas uma prioridade real”. É por essa razão que na próxima sexta-feira, 13 de março, os estudantes bracarenses voltam a sair à rua, abdicando de um dia de aulas, para manifestar o seu desejo de um mundo diferente em nova Greve Climática Estudantil.

Apelando à mobilização geral da sociedade, os estudantes salientam fazer “greve pelo fim dos grandes projetos que contribuirão para aprofundar a crise climática”, exigindo que todo esse investimento seja redirecionado para “uma transição energética justa, a reflorestação massiva e ordenada do território e o alargamento da rede de transportes públicos”.

Lucro sobrepõe-se ao futuro

Segundo os estudantes bracarenses fazem saber, em manifesto, “o Orçamento de Estado é um dos exemplos mais recentes disso mesmo, demonstrando uma insuficiência grave no compromisso de atingir as metas para a neutralidade carbónica” sendo “particularmente preocupante” o investimento previsto para a mobilidade, uma vez que deixa de lado “o reforço dos transportes públicos rodoviários fora dos grandes centros urbanos, bem como a necessária expansão da rede ferroviária”. No que toca à floresta, consideram que o Governo ainda não dá prioridade a um desenvolvimento sustentável mediante a remodelação da mesma.

Estes estudantes assinalam também a ideia de que o Governo “continua a insistir em aprovar grandes projetos que configuram autênticos crimes ambientais, tanto pelos impactos negativos que têm nos ecossistemas e qualidade de vida das populações, como pela contribuição direta ou indireta para um elevado aumento das emissões de gases de efeito de estufa”, nomeadamente o aeroporto do Montijo, as dragagens do rio Sado, a prospeção de gás e a exploração de lítio. “O lucro continua a sobrepôr-se ao nosso futuro”.

“Nunca se é demasiado jovem para fazer a diferença. (…) É preciso passar da retórica à prática”.

Fonte e Imagens: Greve Climática Estudantil de Braga

*

Se chegou até aqui é porque provavelmente aprecia o trabalho que estamos a desenvolver.

Vila Nova é cidadania e serviço público.

Diário digital generalista de âmbito regional, a Vila Nova é gratuita para os leitores e sempre será.

No entanto, a Vila Nova tem custos, entre os quais se podem referir, de forma não exclusiva, a manutenção e renovação de equipamento, despesas de representação, transportes e telecomunicações, alojamento de páginas na rede, taxas específicas da atividade.

Para lá disso, a Vila Nova pretende pretende produzir e distribuir cada vez mais e melhor informação, com independência e com a diversidade de opiniões própria de uma sociedade aberta.

Se considera válido o trabalho realizado, não deixe de efetuar o seu simbólico contributo sob a forma de donativo através de netbanking ou multibanco. Se é uma empresa ou instituição, o seu contributo pode também ter a forma de publicidade.

NiB: 0065 0922 00017890002 91

IBAN: PT 50 0065 0922 00017890002 91

BIC/SWIFT: BESZ PT PL

*

Deixe um comentário