Portugal não pode deixar de acompanhar o “grande investimento” que está a ser feito um pouco por toda a Europa nas redes ferroviárias transnacionais, defendeu o primeiro-ministro António Costa em Viana do Castelo, justificando a aposta do Governo português na ferrovia como “fundamental para a internacionalização da economia”, refere o Partido Socialista a propósito da presença daquele na inauguração da eletrificação do troço da Linha do Minho, entre Nine e Viana do Castelo, orçada em 16 milhões de euros.
Na ocasião, o primeiro-ministro reafirmou que o país não pode deixar de acompanhar o “grande investimento” que se está a fazer nas redes ferroviárias transnacionais na maioria dos restantes países europeus, pressuposto que para António Costa assume um caráter “fundamental” também para a internacionalização da economia nacional.
Considerando que este é um investimento estrutural que assume um caráter decisivo para o futuro da economia do país, António Costa lembrou que tem sido o Governo do PS a meter ombros à tarefa de recuperar e modernizar a ferrovia nacional, através do programa Ferrovia 2020, já “com mais de 2 mil milhões de euros mobilizados”.
Realçando que este programa é “um dos grandes objetivos que o país tem de ser capaz de concretizar”, o líder do Governo destacou, em particular, os “três eixos da maior importância” que hão de ligar o porto de Sines a Espanha, o porto de Aveiro a Vilar Formoso e o Porto à Galiza.
Recordando o abandono a que “durante anos” a ferrovia nacional esteve entregue, tendo mergulhado numa quase inoperacionalidade nas ultimas décadas, apenas com a exceção de duas ou três linhas, António Costa garantiu que com o Governo do PS, “passo a passo, estação a estação”, o país começa a ver renascer e a consolidar a sua rede ferroviária.
Ambiente: neutralidade carbónica em 2050 é objetivo
Antes da cerimónia em Viana do Castelo, António Costa esteve também presente em Lousada, Porto, onde assinalou a entrada em funcionamento de um novo troço de cerca de 14 quilómetros entre as estações de Caíde de Rei e Marco de Canaveses, na linha do Douro, um investimento que rondou os 10,5 milhões de euros.
Na ocasião, o líder socialista destacou que o investimento que o país está a fazer na ferrovia vai também contribuir para alcançar a meta estabelecida pela União Europeia da neutralidade carbónica em 2050, o que obriga, como também referiu, que Portugal “mude o seu paradigma energético”, tornando-o “cada vez mais assente em renováveis e menos em combustíveis fósseis”. O que tem de ser feito, como também referiu, em simultâneo com mudanças sustentadas e efetivas de mobilidade nas cidades, assumindo aqui a ferrovia um papel determinante.
Acompanhado pelo ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, o líder do Executivo não deixou de referir que os novos troços ferroviários agora eletrificados, nas linhas do Minho e do Douro, vão permitir diminuir as emissões poluentes para a atmosfera anteriormente provocadas pelas composições a diesel, garantindo que este é um processo que se vai estender a outros pontos do país, acrescentando assim “mais ganhos ambientais”.
Perante os vários autarcas presentes nas duas cerimónias que ontem tiveram lugar, o primeiro-ministro teve ocasião de garantir que o investimento em curso na ferrovia diminuirá de forma substancial a “dependência externa do país em matéria energética”, para além de “melhorar a qualidade de vida das populações e a competitividade das empresas portuguesas”, acentuando que estas duas inaugurações não são “peças isoladas”, mas componentes “importantes do Ferrovia 2020”, que é o “maior programa ferroviário, seguramente das últimas décadas e do último século”.
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