Recentemente foi tornado público a lista de pedidos que deram entrada nos serviços municipais, relativamente à instalação de centrais fotovoltaicas em Famalicão. Informação essa, que foi obtida, após muita insistência, por parte de um partido que não tem assento na Assembleia Municipal, o PAN.
Desde já, será de refletir que trabalho em prol do concelho, na área ambiental, estarão os partidos da oposição a fazer em sede de Assembleia Municipal e/ou Câmara Municipal. Presumindo, desde já, que falar do ambiente e da sua proteção é um tema que não interessa discutir, aí tudo fica claro.
O que não está claro é que futuro nos espera com as políticas de uma maioria PSD/CDS a quem claramente falta equilíbrio, ponderação, visão de futuro, que utiliza o interesse público municipal – qual copo descartável -, de forma leviana, como no caso de Outiz (ou até na questão das hortas do Parque da Devesa), onde o único fator ou critério foi garantir – não se sabe muito bem a quem – que a vontade de destruir 80ha era concretizada.
Mas não desesperemos! A solução foi encontrada!
Vem agora a empresa do projeto da central fotovoltaica de Outiz – qual salvador da pátria – fazer um donativo, sob o nome de mecenato, em nome do Município de Famalicão no valor de 100.000€ para, imaginem, plantar 2.000 árvores (agora é fazer as contas). Além de ser caricato ver uma sociedade com um capital social de 1.000,00€ “oferecer” 100.000€ – qual milagre da multiplicação. Ler o contrato entre estas duas entidades, não fosse o caso sério (muito sério), daria um excerto para um programa de comédia.
E se a questão da central fotovoltaica de Outiz foi a gota de água que, mais do que transbordar, derreteu o copo, percebemos que as decisões dos últimos anos, e as atuais, estão a transformar o concelho num gigante e descontrolado parque industrial.
PAN preocupado com falta de regulamento do arvoredo em Famalicão
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