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Duas mortes deixaram Famalicão mais pobre

 

 

De uma “assentada só”, morreram Martins Vieira e Monsenhor Joaquim Fernandes, amigos e pessoas que adoravam Vila Nova de Famalicão e que deram contribuições decisivas para a valorização e projeção do território do Concelho e das pessoas que o habitam.

Martins Vieira, d’ ‘As Alminhas’ de Famalicão a tantas outras investigações

Martins Vieira foi professor, autodidata e investigador das “nossas coisas” e do nosso povo de Vila Nova de Famalicão. Convivi muito de perto com ele na Escola Júlio Brandão, onde fomos professores e ainda por cima do mesmo grupo disciplinar que englobava as disciplinas de História, Português e Estudo Sociais, disciplinas a que se dedicou com entusiasmo e rigor como uma espécie de “senhor dos cânones, dos métodos e das linguagens”. Foi precisamente com ele que aprendi a ser mais rigoroso com as palavras e a conhecer outras dimensões da História que ele, com argúcia, via a acontecer todos os dias…

As “Alminhas” do Concelho de Vila Nova de Famalicão foram o seu “primeiro mundo” no campo da investigação histórica. Percorrendo o Concelho de lés a lés não deixou escapar em nenhuma freguesia nenhum destes “altares” de culto e de “rezas” populares tão querido do Povo Famalicense. Sabia tudo sobre “Alminhas”: onde ficavam, como foram feitas, o que representavam e o que diziam ao povo…

Depois vieram os cruzeiros e as capelas que ele estudou também ao pormenor, deixando-nos estes belos “nacos” da nossa História coletiva que hão-de ficar para a posteridade.

Martins Vieira teve aquela habilidade de tornear obstáculos e barreiras. No entender dele, havia sempre forma de seguir em frente e nada podia impedir a ciência e o conhecimento da realidade.

Além do mais, bateu-se sempre, como um leão, pela solidariedade entre professores. Foi dele a ideia de promover almoços e jantares de convívio entre docentes do seu tempo. Para além das recordações que passavam nesses encontros, era também uma forma de continuar vivo e útil à sua comunidade.

Para além de professor e de investigador, ele foi acima de tudo uma excelente pessoa, uma boa pessoa, de trato afável, amigo, sincero e solidário…

Morreu tranquilo aos 94 anos de idade.

Para ele, um “muito obrigado” e… “Até sempre!”

Monsenhor Joaquim Fernandes, personalidade incontornável de Vila Nova de Famalicão

Sobreviveu a dois arcebispos de Braga (D. Francisco Maria da Silva e D. Eurico Dias Nogueira) e quase acompanhava até à resignação (por razões de idade), D. Jorge Ortiga, atual Arcebispo Primaz. Foi Vigário Episcopal em Famalicão, Cónego da Sé de Braga e Monsenhor, nomeado pela Santa Sé, de Roma. Falamos de Monsenhor Joaquim Fernandes, nascido no meio da Primeira Guerra Mundial de 1914 – 1918, e ordenado padre já no fim da segunda Grande Guerra (1939 – 1945).

Acompanhou toda a História do séc. XX, do 28 de Maio de 1926 ao 25 de Abril de 1974 e fez obra em Vila Nova de Famalicão, com destaque para a Nova Matriz, o Centro Cívico e a Creche – Mãe, sempre numa coexistência pacífica com o então Presidente da Câmara, Agostinho Fernandes, que o sabia entusiasmar e apoiar nos momentos mais complexos…

Franzino, esguio, amante da boa comida e da boa bebida, a conduzir carro aos 100 anos, amigo dos amigos e de todos, companheiro de muitas lutas e guerreiro do associativismo local (com destaque para a “Engenho” de quem era um grande e fiel amigo), Monsenhor Joaquim Fernandes morreu também tranquilo a recordar a vida e a obra feita, aos 105 anos de vida.

Uma grande vida e uma grande obra que os Famalicenses, no futuro, terão oportunidade de rever e de recordar…

Para ele, também um “muito obrigado” e… “Até sempre”!

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Obs: artigo previamente publicado na página de facebook de Mário da Costa Martins, tendo sofrido ligeiras adequações na presente edição.

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