Jazz e mirandês unem-se em novo disco de Isabel Ventura

 

 

Nun me Lhembra de Squecer, disco de originais de Isabel Ventura, com lançamento previsto para Setembro, junta o jazz ao mirandês. Distinto e peculiar, tem como objectivo adicional ajudar a preservar a segunda língua oficial de Portugal.

Esta é uma ideia antiga da cantora Isabel Ventura, transmontana de nascença, mas radicada no Porto. “A língua sempre me foi muito familiar. Passei grande parte das minhas férias numa aldeia que pertence ao planalto mirandês, Campo de Víboras, e numa dessas viagens surgiu esta ideia”, refere a cantora que, para aperfeiçoar o mirandês, frequentou um curso online e fez uma exaustiva investigação de diversos livros da língua mirandesa.

Comecei por fazer um poema, que dá nome ao disco, que é precisamente o contar da minha história e das minhas lembranças… Quase me emociono porque volto aos tempos de criança e lembro-me das expressões que ouvia na aldeia e na minha avó e hoje em dia estou a aplicar o mirandês àquilo que faço profissionalmente.” Mas entre os autores dos textos, conta-se a presença de nomes ilustres, entre os quais o do poeta Amadeu Ferreira que era um grande defensor da língua mirandesa.

Isabel Ventura já tem dois discos de jazz gravados, um de 2013, outro de 2015 – Isabel 4tet e Encontro em Dois Momentos. Tendo iniciado a sua careira musical em 1984, nos Photograph, a cantora colaborou entretanto com vários grupos como os Ban, Trabalhadores do Comércio, GNR e Pedro Abrunhosa. Aliás, foi com este último e a sua banda que Isabel Ventura descobru o gosto pelo Jazz. “Quando integrei a “Máquina do Som” de Pedro Abrunhosa, a convivência com os  músicos que faziam parte deste projeto,  quase todos eles ligados ao Jazz,  influenciou e mudou  o meu gosto musical. Comecei a ouvir  Billie, Ella e principalmente Sarah Vaughan a minha preferida… Foi uma descoberta que me entusiasmou cada vez mais”, contou, em tempos, em entrevista a José Duarte.

Além de Isabel Ventura, o novo disco conta com as participações de Marco Figueiredo, no piano, composição e arranjos, João Paulo Rosado, no contrabaixo e Filipe Monteiro, na bateria.

O quarteto está em fase de gravação, mas, para tornar tornar este projecto viável, decorre um crowdfunding (angariação de fundos) na platadorma PPL. Toda ajuda é preciosa, num ano em que devido à pandemia, não houve espetáculos nem receitas. Quem contribuir terá sempre uma recompensa. “É uma espécie de troca, as pessoas compram o disco antes dele sair. Quando este estiver pronto, é entregue a quem o comprou antecipadamente”, explicou Isabel Ventura a Carina Alves, da Rádio Brigantia.

1ª Página. Clique aqui e veja tudo o que temos para lhe oferecer.

Procura o último livro de Ana Bárbara Pedrosa ou Michel Houellebecq? Aqui encontra.

Imagens: IVC

**

VILA NOVA: conte connosco, nós contamos consigo.

Se chegou até aqui é porque considera válido o trabalho realizado.

Apoie a VILA NOVA. Efetue um contributo sob a forma de donativo através de netbanking, multibanco ou mbway.

NiB: 0065 0922 00017890002 91

IBAN: PT 50 0065 0922 00017890002 91 — BIC/SWIFT: BESZ PT PL

MBWay: 919983484

Envie-nos os seus dados fiscais. Na volta do correio, receberá o respetivo recibo.

Gratos pelo seu apoio e colaboração.

*

Deixe um comentário