On 7 March 2021, WHO Nepal Operations Support & Logistics Officer Prahlad Dahal takes a look at Nepal's first consignment of COVID-19 vaccine doses via COVAX as they are loaded onto a truck at Tribhuvan International Airport in Kathmandu. COVAX, the vaccines pillar of the Access to COVID-19 Tools (ACT) Accelerator, is co-led by the Coalition for Epidemic Preparedness Innovations (CEPI), Gavi, the Vaccine Alliance Gavi) and the World Health Organization (WHO) Ð working in partnership with developed and developing country vaccine manufacturers, UNICEF, the World Bank, and others. It is the only global initiative that is working with governments and manufacturers to ensure COVID-19 vaccines are available worldwide to both higher-income and lower-income countries. Title of WHO staff and officials reflects their respective position at the time the photo was taken.

OMS apela a ações urgentes na Saúde a nível mundial

 

 

Um ano depois sobre o seu início, a pandemia de COVID-19 causou já quase 3 milhões de mortes e um impacto social profundamente injusto que atacou algumas pessoas de forma bem mais severa do que outras, mas sobretudo exacerbou as desigualdades existentes em saúde e bem-estar quer dentro dos países quer entre eles. Para o Dia Mundial da Saúde, 7 de abril de 2021, a Organização Mundial da Saúde emite, por isso, vários apelos para ações urgentes no sentido de melhorar a saúde das populações.

Realizando um balanço, a OMS constata que o registo de doenças e mortes causadas por COVID-19 têm sido mais elevados entre os grupos que enfrentam discriminação, pobreza, exclusão social e condições adversas de vida e trabalho – incluindo crises humanitárias. Estima, por isso, que a pandemia tenha levado cerca de 120 milhões de pessoas à pobreza extrema no ano passado. Por outro lado, fazem-se sentir evidências convincentes de que aumentaram as disparidades de género no emprego, com as mulheres a saírem da força de trabalho em maior número do que os homens nos últimos 12 meses.

Desigualdades acentuaram-se com a pandemia

Em muitos países, os impactos socioeconómicos da COVID-19, por meio da perda de empregos, aumento da pobreza, interrupções na educação e ameaças à nutrição, excederam o impacto do vírus na saúde pública. Alguns países já implementaram esquemas de proteção social expandidos para mitigar esses impactos negativos de dificuldades sociais mais amplas e iniciaram um diálogo sobre como continuar a fornecer apoio às comunidades e às pessoas no futuro.

Essas desigualdades nas condições de vida das pessoas, serviços de saúde e acesso ao poder, dinheiro e recursos são antigas. Resultado: as taxas de mortalidade de menores de 5 anos entre as crianças das famílias mais pobres são o dobro das crianças das famílias mais ricas. A expectativa de vida para pessoas em países de baixo rendimento é 16 anos mais baixa do que para pessoas em países de elevado rendimento. A título de exemplo, 9 em cada 10 mortes no mundo todo por câncer do colo do útero ocorrem em países de baixo e médio rendimento.

Mas, à medida que os países continuam a lutar contra a pandemia, surge uma oportunidade única de se  reconstruir um mundo melhor, mais justo e saudável, implementando compromissos, resoluções e acordos existentes, ao mesmo tempo que se assumem novos e ousados ​​compromissos.

Fortalecer e facilitar acesso a serviços de saúde

“A pandemia de COVID-19 prosperou por entre as desigualdades sociais e as lacunas dos sistemas de saúde”, referiu Tedros Adhanom Ghebreyesus, o diretor-reral da OMS. “É vital que todos os governos invistam no fortalecimento dos seus serviços de saúde e na remoção das barreiras que impedem tantas pessoas de os utilizarem, para que mais pessoas tenham a oportunidade de viver vidas saudáveis.”

  • Acelerar o acesso equitativo a tecnologias COVID-19 entre e dentro dos países.
  • Garantir distribuição de vacinas seguras e efixazes a todos que precisam delas (a chave, segundo a OMS, reside num apoio adicional à COVAX, organismo internacional que espera chegar a 1 centena de países muito em breve.
  • Garantir a distribuição de produtos básicos de saúde, como oxigénio de uso médico e equipamentos de proteção individual (EPI), bem como testes diagnósticos confiáveis ​​e medicamentos também são vitais. Calcula-se em cerca de 20 milhares de milhões de euros a verba necessária para se conseguir fazer uma distribuição justa e equilibrada desses produtos dentro das fronteiras nacionais, assim se estabelecendo testes e tratamentos para centenas de milhões de pessoas e países de baixo e médio rendimento.
  • Investir em cuidados de saúde primários, uma vez que se calcula que pelo menos metade da população mundial ainda não tem sequer acesso a serviços essenciais de saúde, que mais de 800 milhões de pessoas gastam pelo menos 10% do seu rendimento familiar em cuidados de saúde e que despesas de saúde pagas pelo próprio levam quase 100 milhões de pessoas à pobreza em cada ano. A OMS considera que será vital evitar cortes nos gastos públicos com saúde e noutros setores sociais, uma vez que entende como provável que esses cortes enfraqueçam o desempenho dos sistemas de saúde, aumentem as dificuldades entre os grupos já desfavorecidos, aumentem os riscos à saúde, aumentem a pressão fiscal no futuro e minem os ganhos de desenvolvimento. Em alternativa, a OMS recomenda que os governos cumpram a meta de gastar mais 1% do PIB em cuidados primários de saúde (Atenção Primária à Saúde – APS). As evidências revelam que os sistemas de saúde orientados para a APS têm produzido consistentemente melhores resultados de saúde, maior equidade e maior eficiência. Ampliar as intervenções da APS em países de baixo e médio rendimento poderia salvar 60 milhões de vidas e aumentar a experança média de vida em 3,7 anos até 2030.
  • Reduzir o déficit global de 18 milhões de trabalhadores de saúde necessários para alcançar a cobertura universal de saúde (UHC) até 2030. Isso inclui a criação de pelo menos 10 milhões de empregos em tempo integral em todo o mundo e o fortalecimento dos esforços de igualdade de gênero. As mulheres prestam a maior parte dos cuidados de saúde e sociais do mundo, representando até 70% de todos os trabalhadores de saúde e cuidados, mas não têm oportunidades iguais para liderar. As principais soluções incluem salários iguais para reduzir as disparidades salariais entre homens e mulheres e o reconhecimento do trabalho de saúde não remunerado das mulheres.

Saúde Mental vai receber profunda reforma com PRR

1ª Página. Clique aqui e veja tudo o que temos para lhe oferecer.

Imagem: Ajay Maharjan/Who

**

VILA NOVA: conte connosco, nós contamos consigo.

Se chegou até aqui é porque considera válido o trabalho realizado.

Apoie a VILA NOVA. Efetue um contributo sob a forma de donativo através de netbanking, multibanco ou mbway.

NiB: 0065 0922 00017890002 91
IBAN: PT 50 0065 0922 00017890002 91
BIC/SWIFT: BESZ PT PL
MBWay: 919983484

Envie-nos os seus dados fiscais. Na volta do correio, receberá o respetivo recibo.

Gratos pelo seu apoio e colaboração.

*

Mentira e medo são os grandes inimigos da democracia

Deixe um comentário