OMS alerta para ameaças de possíveis pandemias mais graves que a COVID-19

 

 

Organização Mundial de Saúde (OMS) realizou um balanço de final de ano em que o combate à Covid-19 foi centro de atenções. Aproveitou também o momento para traçar perspetivas para 2021, sublinhando que, apesar da vacina, a doença permanecerá endémica.

“Parece que o destino do SARS-CoV-2 é tornar-se endémico, assim como os outros quatro coronavírus humanos [previamente conhecidos], e que continuará a sofrer mutações enquanto se reproduz nas células humanas, especialmente em zonas com elevadas taxas de contágio”, assinalou David Heymann, epidemiologista da Escola de Medicina Tropical de Londres e líder do grupo estratégico e técnico de aconselhamento para riscos infecciosos. Por isso, afirma, necessitamos de combinar as “ferramentas para salvar vidas” com “uma boa saúde pública”.

“O conceito de imunidade de grupo está mal compreendido, quando se acredita que, de alguma forma, o contágio diminuirá se um número de pessoas suficientes forem imunizadas”. Apesar de vacinas e testes, o vírus continuar-se-á a espalhar, pelo que “temos de conviver com isso”. “Ninguém pode prever como vai evoluir a imunidade porque há muitas coisas que ainda não se sabem, como a duração da imunidade oferecida pelas vacinas”, acrescentou o especialista.

Honrar as perdas salvando vidas

Mas esta pandemia “não será necessariamente a maior” e deveremos estar alerta para o facto de uma próxima poder ser ainda “mais severa” que a atual, referiu, por sua vez, o dirigente do programa de emergências da OMS, Mike Ryan. Esta “pode não ser a grande pandemia que temíamos” porque embora este seja “um vírus muito transmissível e mortal”, apresenta, no entanto, “uma mortalidade relativamente baixa em comparação com outras doenças transmissíveis”. Ou seja, “mesmo quando a pandemia de Covid-19 estiver controlada, estas ameaças vão continuar”, alertou.

Segundo Mike Ryan, “o planeta é frágil”. “vivemos numa sociedade global cada vez mais complexa”. Apesar de estarmos “a aprender agora a fazer melhor as coisas – ciência, logística, treino e liderança governamental, comunicar melhor”, “precisamos de honrar aqueles que perdemos, melhorando o que fazemos todos os dias”.

Sobre a vacina, Mike Ryan defende também que esta ferramenta “não é garantia de eliminação ou erradicação de uma doença infeciosa”. O seu primeiro objetivo “é salvar vidas e proteger os vulneráveis”, permitindo que “a disseminação do novo coronavírus seja controlada e as sociedades possam regressar à normalidade”.

Conhecimento ainda reduzido sobre ação das vacinas

A terceira e última especialista a tomar a palavra foi a cientista-chefe da organização, Soumya Swaminathan, que reforçou a mensagem de que o facto de a vacinação estar no terreno não significa que distanciamento social e uso de máscaras sejam para descartar nos meses que aí vêm. Quanto às vacinas, foi também cautelosa: “O primeiro papel da vacina é prevenir doenças sintomáticas, doenças graves e mortes. Mas ainda não se sabe se também reduzem o número de infeções ou evitam que as pessoas transmitam o vírus”.

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Imagem: OMS/edVN

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