Brincar é para ser levado a sério. E brincar em família aos contos de fadas faz bem à saúde mental. Por essa razão, a Direção-Geral de Saúde (DGS) traz de volta os contos de fadas para promover a saúde mental infantil. ‘Somos o que Brincamos‘, à semelhança de ‘Somos o que Comemos’, também é o mote da campanha promovida pelo Programa Nacional para a Saúde Mental (PNSM), que tem como objetivo mostrar a importância dos contos de fadas (também chamados contos do maravilhoso) na promoção da saúde mental infantil.
Esta campanha foi montada a partir das histórias dos contos de fadas disponíveis nos livros; e através delas a DGS quer levar as crianças a brincar às histórias de encantar, em família ou com a mediação de um adulto.
Atividades para crianças e educadores
Enquanto ferramenta de promoção de competências socio-emocionais, serão oferecidas atividades para crianças e educadores, em torno das histórias contadas, dos livros, do jogo dramático encenado, da construção de material pedagógico, sempre acompanhadas por um momento de reflexão e discussão sobre a promoção da saúde mental da criança, orientado por um profissional de saúde mental.
Materiais de divulgação da ação, como uma brochura, cartaz, marcadores de livros, complementam a criação da maleta pedagógica ‘Oficina de Histórias Somos o que Brincamos’ que vai ser trabalhada em jardins de infância e escolas. A maleta inclui um jogo de tabuleiro, que serve de cenário, e várias figuras ilustradas que representam personagens dos contos de fadas, de forma a sugerir o brincar ao faz de conta.
O desenvolvimento do projeto contou com um coletivo de contributos de professores universitários na área da literatura, do ensino da Educação de Infância, educadores de infância, artistas ilustradores, contadores de histórias, técnicos de saúde mental, crianças, pais e cuidadores.
Captar e traduzir vivências da criança
Segundo a psicóloga Conceição Tavares de Almeida, membro do PNSM, “o conto de fadas constitui um meio facilitador nas angústias inerentes ao crescimento, utilizando as narrativas que o recurso à fantasia possibilita e enquadra. Através dos problemas apresentados e das soluções encontradas, a estrutura dos contos tradicionais oferece respostas para os conflitos inevitáveis das várias fases do desenvolvimento da criança. A chave do sucesso dos contos de fadas está no facto de captarem e traduzirem a forma como a criança vê e vivencia o mundo”.
Além de evitar que os contos de fadas se percam e se adulterem as histórias tradicionais (recolhidas por Perrault, Grimm e Andersen), com todas as suas personagens boas e más, tramas e conflitos dramáticos, o projeto vem aumentar a literacia em saúde mental.
“A ordem que se estabelece entre o real e a fantasia e entre personagens que, no fundo, ilustram aspetos do conflito e das dores de crescimento facilitam e protegem as crianças, contando-lhes que as coisas acontecem com outras personagens”, complementou ainda, na TSF, Conceição Tavares de Almeida. “Brincar é uma coisa muito séria, é para levar a sério porque, de facto, há uma dimensão de realidade naquilo que sentimos e que está para além dessa moral do certo e do errado”.
Programa no terreno com apoio de livrarias locais
‘Somos o que Brincamos’ foi apresentado ontem, 29 de dezembro, em Évora, no Alentejo interior, primeiro cenário onde a parceria estabelecida para o desenvolvimento deste programa com a livraria Fonte de Letras se situa. O programa, destinado a crianças entre os 4 e os 10 anos e as suas famílias e educadores, será agora alargado a outros pontos do país, de preferência com apoio das livrarias locais.
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