Maria Mendes, a caminho dos Grammy, vence um Edison com o disco ‘Close to Me’

 

 

Num momento em que também se encontra nomeada para os grandes prémios internacionais da música – os Grammy Awards -, Maria Mendes acabou de ganhar o importantíssimo prémio Edison com o seu último álbum Close To Me, na categoria de Melhor Disco de Jazz Vocal do Ano. O Edison é um galardão de referência na indústria da música holandesa.

A cantora portuense lançou no ano passado Close To Me, o seu terceiro álbum, em que conta com o produtor e pianista americano John Beasley e com os préstimos da maior orquestra sinfónica de jazz do mundo, detentora de 4 Grammys, das 19 nomeações até agora recebidas, a Metropole Orkest.

Os galardões foram anunciados ontem ao final do dia na Holanda, mas a cerimónia de entrega será amanhã, 4 de dezembro, às 19h30. Maria Mendes irá interpretar Barco Negro, fado celebrizado por Amália Rodrigues e que faz parte do alinhamento de Close to Me.

Artista nomeada para os Grammy

Maria Mendes está nomeada para os Grammys na categoria de Melhor Arranjo Instrumental e Vocal pelo trabalho na canção “Asas Fechadas”. Os créditos de arranjos desse tema são repartidos por Maria Mendes e John Beasley, pianista e orquestrador com uma carreira de mais de quatro décadas ligada a nomes tão diversos quanto os de Miles Davis ou Diane Reeves e Steely Dan. Maria Mendes está nomeada na mesma categoria em que competem artistas de renome como Pat Metheny ou Jacob Collier.

Para lá da nomeação para os Grammy, a artista recolheu ainda importantes nomeações para os Grammy Latinos.

O tema que agora merece a nomeação dos Grammy, tornado famoso como importante parte do reportório de Amália Rodrigues, é o único em língua portuguesa nomeado nesta categoria. Original de Alain Oulman e Luís Macedo, conta aqui com um arranjo da dupla Mendes/Beasley que é interpretado pela orquestra holandesa Metropole Orkest.

Processo criativo

O processo criativo adotado por Maria Mendes e John Beasley implicou alterações na harmonia, melodia e ritmo originais do fado para que, e segundo a própria artista portuguesa, “uma sonoridade Jazz, majestosa e glamourosa ao estilo de uma cena de filme pudesse ser contemplada no novo arranjo para formação de orquestra de câmara”.

Partindo de um reportório especial escolhido sobretudo entre alguns clássicos maiores de Amália Rodrigues (“Tudo Isto é Fado”, “Foi Deus”, “Asas Fechadas” ou “Barco Negro”), mas também de Carlos Paredes (“Movimento Perpétuo”, “Verdes Anos”) e ainda Mariza (“Há Uma Música do Povo”) ou Mafalda Arnauth (“E Se Não For Fado”), Maria Mendes juntou ao alinhamento um par de originais da sua lavra e uma canção que lhe foi oferecida por Hermeto Pascoal, verdadeiro gigante da música brasileira que um dia Miles Davis descreveu como “o músico mais impressionante do mundo”.

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Imagens: Uburu

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