Medidas restritivas mais gerais podem falhar na contenção da transmissão se os cidadãos continuarem a desvalorizar um conjunto de sintomas ligeiros’
Covid-19 | Investigadores portugueses defendem testes alargados a sintomas ligeiros

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‘Só se encontra aquilo que se procura’, assim inicia um artigo de opinião intitulado ‘A importância dos sintomas ligeiros para controlo da COVID-19 no Outono/Inverno 2020’ e assinado por Vasco Ricoca Peixoto, André Vieira, Pedro Aguiar e Alexandre Abrantes, médicos de Saúde Pública do Centro de Investigação em saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa.
A recomendação é, por isso, ‘alargar os critérios de sintomas para testagem à Covid-19 e a estratégia de comunicação junto da população sobre sintomas para além da febre, tosse, falta de ar e perda de olfato e paladar, como forma de controlar a pandemia’.
‘Se não forem testadas para a COVID-19 pessoas com sintomas de infeção respiratória aguda, para além da tosse, da febre, da falta de ar e da perda de olfato e paladar (que são os sintomas da definição nacional de caso possível) não serão encontrados muitos dos casos que estão por detrás do atual recrudescimento da pandemia em Portugal’, referem.
Sintomas mais frequentes deveriam ser motivo para testagem
‘Estudos epidemiológicos internacionais recentes mostram que os sintomas mais frequentes da COVID-19 nos jovens entre os 15 e os 39 anos são a dor de cabeça (70,3%), a perda do olfato (70,2%), a obstrução nasal (67,8%), a tosse (63,2%), a falta de força (63,3%), as dores musculares (62,5%), o corrimento nasal (60,1%), a alteração do paladar (54,2%) e a dor de garganta (52,9%). Só 63% se queixaram de tosse, 49% de falta de ar e 42% de febre. Se estes sintomas forem incluídos nos critérios para testagem de casos suspeitos de COVID-19, mais casos poderão ser detetados e tomadas as medidas
de saúde pública adequadas. Se os cidadãos forem sensibilizados para estarem atentos a estes sintomas enquanto possíveis sinais da COVID-19, poderão tomar as medidas necessárias para reduzir a transmissão nos meios familiares, sociais e profissionais e solicitar a testagem’, afirma a equipa de investigação.
Restrições não compensam desvalorização de sintomas
‘Medidas restritivas mais gerais podem falhar na contenção da transmissão se os cidadãos continuarem a desvalorizar um conjunto de sintomas ligeiros. Vários países e organizações (OMS e CDC) já adotaram critérios mais abrangente para recomendação de testagem em termos de sintomas. Estes sintomas incluem constipação/coriza, ou combinações de vários sintomas como (dores de garganta, dores musculares, dores de cabeça, rinite/rinorreia/nariz obstruído; diarreia, vómitos, fadiga, entre outros)’, reforçam os investigadores. ‘Neste momento justifica-se alargar a definição de caso suspeito para testagem e a estratégia de comunicação com a população em geral. Como em outros países, nomeadamente na Alemanha, deve ser recomendado o autoisolamento para qualquer pessoa com sintomas respiratórios, até que o diagnóstico seja clarificado’.
Imagem: Rodrigo Gonzalez/Unsplash
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