Ética, procura-se!

 

 

Está lançado o concurso público para a contratação de representantes políticos com verdadeira preocupação e ética ambiental.

Os requisitos? Proatividade a curto prazo na preservação do património ambiental; metas concretas de forma a garantir a biodiversidade e a promoção de um ambiente mais sustentável; luta pelos direitos fundamentais das gerações futuras no âmbito de políticas mais verdes e, por último, mas não menos importante, adoção de palavras como coexistência, partilha de espaços e eliminação de comportamentos de risco, como o abate indiscriminado de árvores.

Mas afinal o que move os representantes políticos que, perante qualquer nova obra, a primeira decisão é abater as árvores?

Porto, Braga, Espinho, Trofa, Famalicão, Viana do Castelo, têm sido apenas alguns dos  concelhos que, diariamente, nos brindam com exemplos do que não se deve fazer.

E se o corte excecional de uma árvore por apresentar risco de queda ou outra situação anómala é justificável, abater árvores para criar ciclovias, reabilitar pracetas ou para dar lugar a estacionamento é de uma visão completamente retrógrada e limitada sobre um bem maior: a Natureza. E tem um nome: arboricídio.

Segundo declarações de  Simone Borelli, engenheira agroflorestal e urbana da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), “as árvores poderiam reduzir a temperatura das cidades em até 8°C, reduzindo o uso de ar condicionado e as emissões relacionadas em até 40%”. Acrescentando que “como parte de um mosaico paisagístico mais amplo, grandes manchas verdes dentro e ao redor das cidades também reduziriam as emissões, evitando a expansão e a necessidade excessiva de mobilidade”. Aliás, a recomendação da Agência Europeia do Ambiente, no âmbito do Relatório “Urban Adaptation to Climate Change in Europe 2016”, passa pela plantação de árvores em meio urbano como forma de reduzir a temperatura.

Um dos deveres  fundamentais do Estado é defender a natureza e o ambiente, assim como preservar os recursos naturais. Mas aquilo a que assistimos nas mais variadas entidades públicas é a completa demissão das suas responsabilidades nesta matéria.

Exemplo disso foi o recente chumbo do projeto de lei do PAN que visava a criação de uma comissão e um plano para a vigilância, prevenção e controlo da regeneração natural dos eucaliptos e das exóticas lenhosas invasoras.

Não se trata apenas de uma necessidade urgente de mudança de paradigma no que ao ambiente diz respeito, estamos perante uma urgência de reestruturação nos cargos políticos, na máquina partidária e na mudança de representantes dos velhos partidos que, talvez cansados pelos longos anos de governança, padecem de uma visão turva e deturpada das reais necessidades das suas populações.

Diz o ditado que em algumas situações devemos “cortar o mal pela raiz”, pois bem, que se retire o machado das mãos de quem não o sabe usar.

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Imagem: Carlos Dobreira

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