E quanto a todos os outros bracarenses que participaram no filme?
O que eu quero é que as pessoas que virem o filme, sobretudo as pessoas de Braga, acreditem no que estão a ver, a ouvir. Jamais encher a narrativa de actores profissionais de outras paragens caídos de paraquedas, mas antes apostar tudo na autenticidade. Estou 100 por cento satisfeito e agradeço a cada um individualmente.
O filme teve a sua antestreia na Segunda-feira, no Theatro Circo. Como correu, José Oliveira?
Muito bem. Penso que as pessoas, gostando mais ou menos, sentiram a chama da paixão, o envolvimento colectivo, o esforço e a dedicação, a necessidade e não o negócio. Resumindo, a honestidade.

Braga é uma personagem neste filme?
A personagem do Roberto está em rota de colisão com a cidade. Ela repele-o e atrai-o. É uma história de amor entre eles, e por isso complexa, com raivas, carinhos, afastamentos, entregas, ódios. Uma espécie de amor total. É como se a cidade fosse o pai da parábola do filho pródigo, mas também o irmão, num movimento dialéctico praticamente indestrinçável.