Wallpaper & wall hanging, da estoniana Krista Leesi, foi distinguida com o Prémio de Aquisição no decorrer da Contextile 2020 – Bienal de Arte Têxtil Contemporânea, que decorre até 25 de outubro pelos diferentes espaços culturais e públicos da cidade de Guimarães, com obras de artistas de todo o mundo.
O júri internacional que selecionou 59 obras de 50 artistas de 29 países – Portugal, vários países europeus e asiáticos, da América do Norte e do Sul –, de um conjunto de 1150 obras de 870 artistas de 65 países que responderam à OpenCall que teve como referência o conceito temático ‘Lugares de Memória’, atribuiu ainda a 1ª Menção Honrosa ao trabalho ‘Network’, da lituana Monika Žaltauskaitė Grašienė e a 2ª Menção Honrosa à peça ‘Nativité’ da francesa Aurélia Jaubert.
A obra Wallpaper & wall hanging assenta “numa imagem de parede externa do que resta da entrada do Museu de Arte Aplicada e Design da Estónia”, explicou Krista Leesi, sugerindo que “a fotografia é impressa em papel como papel de parede e a mesma imagem também é tecida com teares jacquard como decoração de parede”. O Prémio Aquisição é adquirido pelo Município de Guimarães.
Até 25 de outubro a mais importante mostra de Arte Têxtil Contemporânea tem a sua Exposição Internacional patente no Palácio Vila Flor, enquanto que outros espaços públicos da cidade de Guimarães acolhem outras mostras: no Convento de Santo António dos Capuchos estão as ‘Residências Artísticas‘ bem como o artista convidado Stephen Schofield (Quebec, Canadá), enquanto a outra artista convidada, Magda Soboń (Polónia), tem os seus trabalhos expostos no Centro para os Assuntos da Arte e da Arquitetura.
Já o Instituto de Design acolhe a mostra “Emergências, Educação e Criação Têxtil” resultante do intercâmbio com as Escolas de Arte nacionais de ensino artístico têxtil, numa Contextile 2020 que mesmo em tempos de pandemia soube reinventar-se, respondendo, apesar dos enormes condicionalismos, à sua concretização no tempo e espaço a que estava destinada: 5 de setembro a 25 outubro, mantendo os Textile Talks, Workshops, Cinema ao Ar Livre e Instalações Multimédia e em que todas as exposições são de entrada gratuita e de acordo com as diretrizes preconizadas pela Direção-Geral da Saúde.
Contextile decorre até 25 de outubro
A Contextile 2020 – Bienal da Arte Têxtil Contemporânea está a decorrer em Guimarães, até 25 de outubro, em diferentes espaços culturais e artísticos de Guimarães, com artistas e obras de todo o mundo.
A inauguração da Exposição Internacional decorreu este sábado e foram anunciados o Prémio de Aquisição para Krista Leesi (Estónia – Wallpaper & Wall Hanging) e menções honrosas para Monika Grasiene (Lituania – Network 2019) e Aurélia Laubert (França – Nativité 2019).
Em representação do Ministério da Cultura, Américo Rodrigues manifestou o “exemplo a seguir”, considerando esta bienal como “elevada e qualificada com uma proposta diversificada”. “Em representação do Ministério da Cultura deixo o agradecimento por não terem desistido”, sublinhou o Diretor Geral das Artes.
A vice-presidente da Câmara de Guimarães, Adelina Pinto, manifestou a ligação da indústria do têxtil com a arte, numa “ligação entre dois mundos” e que caracterizam “uma cultura própria de Guimarães”.
“Vivemos um momento em que se coloca tanta coisa em causa e provamos que a cultura pode continuar a acontecer e pode ser feita em segurança, sem comprometer as questões sanitárias e permitir usufruir daquilo que nos faz diferentes”, apontou Adelina Pinto na sessão oficial de abertura da Contextile 2020, este sábado, 5 de setembro. “Conseguimos ser diferentes e a cultura continua a fazer sentido, devendo ser um braço armado para ultrapassar este momento pandémico que tanto nos preocupa”, referiu, lembrando ainda a “força dos artistas internacionais que conseguiram trabalhar com os vimaranenses e manifestaram a sua resiliência”.
O diretor da Contextile lembrou as dificuldades para a realização do evento no presente ano, por via das condicionantes da pandemia. Joaquim Pinheiro lembrou que “a arte é um lugar de encontro” e foi com este propósito que sublinhou os laços criados com um conjunto alargado de parceiros. “Em quatro edições, a Contextile estreitou relações com Guimarães e mesmo num ano de dificuldades não poderíamos deixar de estar aqui”, vincou Joaquim Pinheiro, destacando ainda o espírito de “resiliência” para manter a Bienal de Arte Têxtil “num território de cultura têxtil”.
A Contextile 2020 – Bienal da Arte Têxtil Contemporânea arrancou este sábado e prolonga-se até 25 de Outubro. A 5ª edição registou um aumento de 40% no número de participações, contando com 870 artistas de 65 países que propuseram cerca de 1.150 obras de arte, com recurso a plataformas digitais por via da atual situação da pandemia.
“Lugares de Memória” é o tema desta edição, onde a cidade e a comunidade têxtil revelam as dinâmicas da Bienal, acolhendo os artistas nacionais e internacionais, com ocupação dos vários espaços culturais e áreas públicas da cidade, sempre com o objetivo de divulgar o que melhor se faz na Arte Têxtil Contemporânea, em Portugal e no Mundo.
*
Se chegou até aqui é porque provavelmente aprecia o trabalho que estamos a desenvolver.
A Vila Nova é gratuita para os leitores e sempre será.
No entanto, a Vila Nova tem custos associados à manutenção e desenvolvimento na rede.
Se considera válido o trabalho realizado, não deixe de efetuar o seu simbólico contributo sob a forma de donativo através de multibanco ou netbanking.
NiB: 0065 0922 00017890002 91
IBAN: PT 50 0065 0922 00017890002 91
BIC/SWIFT: BESZ PT PL
*