Cinema | ‘Radioativo’, uma história de amor, ciência e história mostra biografia de Marie Curie nas salas de cinema

Cinema | ‘Radioativo’, uma história de amor, ciência e história mostra biografia de Marie Curie nas salas de cinema

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Marie Curie mudou o mundo para sempre quando descobriu a radioatividade. Agora, a realizadora Marjane Satrapi e a atriz Rosamund Pike contam a história de vida da única mulher a vencer dois Prémio Nobel. Radioativo estreia esta quinta-feira nos cinemas nacionais.

Em 1903 Marie e Pierre Curie venceram o Prémio Nobel da Física pela descoberta da radioatividade, marcando a primeira vez que o prestigioso prémio foi atribuído a uma mulher. Após a súbita morte de Pierre, Marie Curie continuou o seu trabalho e venceu um segundo Prémio Nobel, desta vez de Química em 1911. Marie Curie é um ícone do mundo científico, uma pioneira não apenas como cientista, mas também como mulher trabalhando num mundo de homens, em que as mulheres ainda lutavam pelo direito ao voto.

“Muito antes de a humanidade sonhar com a rede mundial de computadores e seus “trolls” de plantão, Marie Curie já foi vítima desse tipo de coisa. Não bastou ter sido impedida de estudar por ser mulher, ter sofrido com dificuldades financeiras, ter passado fome e ter sido rejeitada pela família de seu marido por ser pobre, a cientista ainda precisou lidar com membros da mídia francesa que tentavam difamá-la”, referiu Patrícia Gnipper, no CanalTech..

Juntos, os Curies descobriram 2 novos elementos científicos, o rádio e o polónio, com fantásticas propriedades que teriam consequências tanto boas como más que nos continuam a impactar hoje – armas nucleares, radiação para tratamento médico e energia nuclear. A relação de trabalho e romântica que tiveram transformaram-nos em celebridades, mas após a morte de Pierre em 1906, a reputação de Marie levou um golpe após ter tido um envolvimento com um homem casado.

Marie Curie é uma mulher inspiradora. “Ao longo deste filme, assistimos a várias consequências que a teoria da radiotividade provocou. Do melhor ao pior. Marie Curie foi acusada de ter criado um veneno, de provocar morte. Mas ela não tinha ainda conhecimento de tudo o que o rádio poderia provocar. O que este filme mostra é que os piores feitos acontecem quando temos noção da destruição que podemos provocar, e ainda assim seguimos em frente. Devemos sempre tentar escolher o que for melhor para nós, para quem nos rodeia e para o mundo. As consequências dessas escolhas podem ter efeitos incríveis’, destaca Cláudia Sérgio, na ACTIVA, desvalorizando, em simultâneo, algumas falhas da produção, nomeadamente do argumento, no plano narrativo.

“É uma ótima oportunidade para mostrar a importância da ciência para a sociedade, visto que suas contribuições são usadas até hoje, como no ramo da medicina, na produção de energia, dentre outros. Essa compreensão de princípios científicos consequentemente faz com que as pessoas de diversas áreas despertem mais interesse pela ciência, gerando estímulos para aprender mais sobre esta. Da mesma forma que é interessante mostrar a trajetória da cientista para que se possa não apenas informar, mas, sobretudo estimular e incentivar gerações futuras”, assinala, por seu turno Thalia Ferreira na SECHAT.

Ratioativo reúne cinema, ciência e história 

Realizado pela iraniana Marjane Satrapi, nomeada ao Óscar de Melhor Filme de Animação com ‘Persépolis’, em 2008, o filme é uma adaptação da novela gráfica de Lauren Redniss ‘Radioactive: A Tale of Love and Fallout’, publicada em 2010, e adaptada por Jack Thorne (argumentista da séries ‘Mundos Paralelos’ e do filme ‘Wonder – Encantador’).

De acordo com Satrapi, “este filme não é sobre um só assunto; é sobre amor e sobre a ética da ciência. Este é o único enredo que eu conheço no qual o romance, a descoberta e a morte combinam-se numa só história”. Mas o filme retrata também a época histórica do início do Século XX, evidenciando a discriminação social existente entre grupos de classe e de género. No filme, a realizadora trabalhou com os produtores Paul Webster (‘Expiação’, ‘Orgulho e Preconceito’ e ‘Anna Karenina’), Tim Bevan e Eric Fellner (‘Os Miseráveis’, ‘A Teoria de Tudo’ e ‘A Hora Mais Negra’).

Rosamund Pike (atriz nomeada para um Óscar® pelo papel desempenhado em ‘Em Parte Incerta’; ‘Uma Guerra Pessoal’ e ‘007 – Morre Noutro Dia’), é Marie Curie e imediatamente aceitou o convite de Marjane Satrapi: “Nós adoramos as mesmas coisas na personagem de Marie Curie: o facto de ela viver ‘sem pedir desculpa’, sem filtro, de forma sincera, audaz, não necessariamente encantadora e, ainda assim, fascinante por conter em si estes traços”. Pierre Curie é interpretado por Sam Riley (‘Control’ e ‘Maléfica’).

Com estreia mundial em setembro de 2019 no Toronto International Film Festival, Radioativo chega às salas de cinema nacionais esta quinta-feira.

Sinopse

Radioativo dá-nos a conhecer o legado duradouro de Marie Curie (interpretada pela atriz nomeada para um Óscar® Rosamund Pike) – as suas relações apaixonadas, as descobertas científicas, e as consequências para ela e para o mundo.  Depois de conhecer o cientista Pierre Curie (Sam Riley), os dois casam-se e mudam a ciência para sempre com a descoberta da radioatividade.  A genialidade das descobertas dos Curie, que mudam o mundo, e o Prémio Nobel que se segue, levam o casal à ribalta internacional. Dos mesmos produtores de A Hora Mais Negra e Expiação, a realizadora Marjane Satrapi (nomeada para um Óscar® com Persépolis) parte da novela gráfica de Lauren Redniss e apresenta um retrato visionário e ousado dos efeitos transformadores, das consequências do trabalho dos Curie e da forma como este moldou os momentos-chave do século XX.

 

Fonte: NOS, ACTIVA, CanalTech, SEChat; Imagem: WTF

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