Ontem, 12 de maio, celebrou-se o Dia Internacional do Enfermeiro. Foi criado pelo Conselho Internacional dos Enfermeiros e a data escolhida remete para o aniversário de Florence Nightingale, nascida há 200 anos e considerada a fundadora da enfermagem moderna. Na Póvoa de Varzim, a data foi assinalada, ao início da tarde, pelo Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim e Vila do Conde, numa simbólica iniciativa, com o apoio do respetivo município.
Aires Pereira, Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, José Gaspar Pais, Presidente do CHPVVC, e Isabel Rocha, Enfermeira Diretora do estabelecimento hospitalar, descerraram uma placa comemorativa de homenagem a estes profissionais de saúde na zona de entrada do Hospital. Aí ficará para sempre registado o agradecimento da comunidade à dedicação e entrega dos enfermeiros à comunidade poveira. No evento, marcaram também presença as forças de segurança – Bombeiros, Proteção Civil, PSP, Polícia Municipal e GNR.
‘Vai ficar tudo bem‘
“Este era um dia que não podia deixar de ser assinalado”, referiu Aires Pereira, assinalando as reuniões de balanço realizadas pelos enfermeiros e lembrando a dedicação e trabalho da enfermagem portuguesa e a respetiva importância para o Serviço Nacional de Saúde.
“[Este é] um dia de esperança para aquilo que estamos a projetar para o futuro do Centro Hospitalar, no qual os enfermeiros estão particularmente interessados”, salientou o autarca poveiro. “A melhoria das condições de trabalho resultará na melhoria do atendimento dos poveiros e na melhoria da prestação dos cuidados de saúde“.
“Imaginem o que teria sido este processo se tivéssemos embarcado em algumas propostas de desmobilização deste Centro Hospitalar [da Póvoa de Varzim e Vila do Conde]! Está por demais evidenciada a sua necessidade e utilidade, o que dá razão aos que nunca desistiram e continuaram a lutar por melhores instalações”
Constatando que o tempo Covid nos veio alertar para a importância do SNS e respetivos profissionais, Aires Pereira deixou uma mensagem de esperança. Desafiou, por isso, o Estado a não se esquecer dos mesmos, dando-lhes o devido reconhecimento profissional, mediante a integração das pessoas agora contratadas e das quais o SNS se encontra carenciado. “Que isto sirva além do momento que estamos a viver e para projetar a importância do SNS enquanto área que a todos protege”.
A terminar, Aires Pereira aproveitou a ocasião e adiantou que, em conjunto com a administração do CHPVVC, se encontra “já definido o projeto da 2ª e 3ª fase [de reabilitação das instalações ] para podermos ter condições de atendimento que consigam dar resposta à importância que tem um serviço como este numa região com mais de 170 mil pessoas e que sozinha tem capacidade para prestar um magnífico serviço de saúde”.
O Presidente do CHPVVC, José Gaspar Pais, destacou a colaboração da autarquia poveira no desenvolvimento da unidade hospitalar, sobretudo naquilo que é disponibilização de área, com a cedência de edificado, para aumentar a capacidade de resposta. “Somos um Hospital amarrado a um colete de forças. Temos crescido muito, mas não temos espaço para crescer. Sem esse protocolo qualquer projeto não seria viável”.
O Presidente do CHPVVC salientou o facto de trabalhar com “profissionais fantásticos“, atualmente ainda limitados no exercício da medicina pela falta de instalações ao nível que os utentes e os profissionais merecem”. O edifício cedido pela autarquia está a ser usado no combate à Covid-19 e, em breve, irá permitir alargar o serviço de urgência com deslocação de serviços para o novo edifício.
Por sua vez, a Enfermeira Diretora, Isabel Rocha, homenageada pelos colegas nesta iniciativa, aproveitou a oportunidade para enaltecer o trabalho de todos os profissionais desde oinício da pandemia até à data. “Fizeram um trabalho extraordinário. Tivemos que transformar todos os serviços do Hospital para dar resposta a esta pandemia e estivemos à altura, fomos postos à prova, o que conseguimos com a ajuda da Câmara Municipal. Todos os profissionais aderiram, foram mobilizados, trocaram de serviço, trocaram de horário, aquilo que era a rotina do seu dia foi completamente alterada. Fizeram questão de estar na linha da frente e honrar mais ainda a nossa missão – cuidar – e, de facto, acabou por dar visibilidade ao trabalho dos enfermeiros, integrados numa equipa, em que todos são fundamentais, desde médicos, auxiliares e área administrativa”.
Fonte e Imagens: Município da Póvoa de Varzim
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