A Hidrofer, empresa de referência do setor da produção do algodão hidrófilo, situada em Vila Nova de Famalicão, contratualizou com o Serviço Nacional de Saúde (SNS) o fabrico de zaragatoas – escovilhões usados na realizações de testes de saúde, nomeadamente para detetar o novo coronavírus causador da Covid-19, em quantidade superior a 50 mil unidades por dia, suficiente para as atuais necessidades – o consumo diário ronda atualmente as 12 mil unidades – e para exportação.
O empresário Carlos Alberto Silva, um dos fundadores da empresa, esclareceu a Tiago Mendes Dias, do Público, que, de momento, a Hidrofer é capaz de “produzir entre 200 e 300 zaragatoas por minuto. Se produzirmos 200 por minuto, dá um total de 12 mil por hora e de 120 mil em cada 10 horas”.
As zaragatoas resultam de uma parceria concretizada entre a empresa e o centro académico Algarve Biomedical Center, a Mark 6 Prototyping, o Instituto Superior Técnico, de Lisboa.
As zaragatoas são instrumentos essenciais para a colheita de material biológico destinado à realização dos testes para detetar a Covid-19 e, devido à pandemia, que criou uma grande procura no mercado mundial, a aquisição das zaragatoas adequadas à deteção da Covid-19 tem sido difícil.
Processo de criação
O processo de desenvolvimento da zaragatoa começou no Algarve Biomedical Center. Este consultou a listagem de materiais que, segundo a Organização Mundial de Saúde, devem ser utilizados nas zaragatoas virais para detetar a Covid-19.
O Algarve Biomedical Center criou uma equipa de investigação para análise da produção de zaragatoas, em articulação com uma startup do Algarve, a Mark 6 Prototyping. Deste trabalho resultou a definição dos materiais indicados para produzir as zaragatoas, tendo-se optado pelo dacron, uma fibra de poliéster.
Foram realizados os testes necessários à validação das zaragatoas e definiram-se as linhas estratégicas para a produção massificada, de forma a dar resposta à procura nacional.
Seguidamente, iniciou-se uma articulação entre o Algarve Biomedical Center, o Instituto Superior Técnico, de Lisboa, e a empresa Hidrofer, de Famalicão, formando-se uma parceria entre estas instituições.
A Hidrofer, que fabrica produtos de higienização em algodão, dirigiu a sua produção para a realização de zaragatoas de dacron, matéria prima mais adequada para detetar a Covid-19, o Instituto Superior Técnico faz a esterilização das zaragatoas e o Algarve Biomedical Center produz e disponibiliza o líquido de transporte necessário para colocar a zaragatoa após a sua colheita.
Governo realiza visita de trabalho à Hidrofer
O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, a Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, e a Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, realizaram hoje uma visita de trabalho à fábrica da Hidrofer, na freguesia de Carreira, onde pudram constatar a forma como estão a ser produzidas as referidas zaragatoas destinadas à realização de testes de diagnóstico à Covid-19. A visita estava integrada em agenda de trabalho a outras entidades que estão a contribuir para o esfoço de combate à pandemia de coronavírus/Covid-19.
Fontes: Governo, Público; Imagem: Hidrofer
Se chegou até aqui é porque provavelmente aprecia o trabalho que estamos a desenvolver.
A Vila Nova é cidadania e serviço público: diário digital generalista de âmbito regional, independente e plural, é gratuito para os leitores. Acreditamos que a informação de qualidade, que ajuda a pensar e a decidir, é um direito de todos numa sociedade que se pretende democrática.
Como deve calcular, a Vila Nova praticamente não tem receitas publicitárias. Mais importante do que isso, não tem o apoio nem depende de nenhum grupo económico ou político.
Você sabe que pode contar connosco. Estamos por isso a pedir aos leitores como você, que têm disponibilidade para o fazer, um pequeno contributo.
Como qualquer outra, a Vila Nova tem custos de funcionamento, entre eles, ainda que de forma não exclusiva, a manutenção e renovação de equipamento, despesas de representação, transportes e telecomunicações, alojamento de páginas na rede, taxas específicas da atividade.
Para lá disso, a Vila Nova pretende pretende produzir e distribuir cada vez mais e melhor informação, com independência e com a diversidade de opiniões própria de uma sociedade aberta e plural.
Se considera válido o trabalho realizado, não deixe de efetuar o seu simbólico contributo – a partir de 1,00 euro – sob a forma de donativo através de netbanking ou multibanco. Se é uma empresa ou instituição, poderá receber publicidade como forma de retribuição.
Se quiser fazer uma assinatura com a periodicidade que entender adequada, programe as suas contribuições. Estabeleça esse compromisso connosco.
Contamos consigo.
*
NiB: 0065 0922 00017890002 91
IBAN: PT 50 0065 0922 00017890002 91
BIC/SWIFT: BESZ PT PL
Envie-nos o comprovativo da transferência e o seu número de contribuinte caso pretenda receber o comprovativo de pagamento, para efeitos fiscais ou outros.