O Laboratório da Paisagem de Guimarães recebe hoje, 27 de setembro, a apresentação pública do projeto FRISK. Relacionado com a pesca fluvial, este projeto é direcionado ao público em geral e pescadores desportivos. A sessão está marcada para as 20h30.
Em destaque estará o “FRISK – Determinação de rotas de invasão de peixes introduzidos em ecossistemas dulciaquícolas: avaliação de risco“, bem como as “IV Invasões Francesas: o caso dos peixes exóticos existentes nos rios de Portugal“.
Filipe Ribeiro, do MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, será um dos oradores presentes, para abordar a diversidade de peixes dos rios portugueses e a proveniência dos peixes não-nativos.
Os rios de Portugal albergam uma diversidade piscícola única e importante em termos de gestão e conservação dos ecossistemas de água doce. Nos rios de Portugal, existem cerca de 45 espécies nativas, das quais 28 existem unicamente na Península Ibérica. Destas 28 espécies de peixes, 10 ocorrem exclusivamente em Portugal. Devido às diversas ameaças sobre estes ecossistemas, cerca de 60% dos peixes nativos dos nossos rios têm um elevado estatuto de conservação.
As espécies não-nativas são consideradas como a segunda causa de ameaça à biodiversidade aquática a nível global. Nos ecossistemas de água doce de Portugal, observamos uma taxa de chegada de animais não-nativos crescente sendo, atualmente, de três novas espécies de animais que a cada dois anos, em que uma dessas espécies é um peixe. Assim, só em Portugal, já foram introduzidas 20 espécies de peixes, constituindo 31% da fauna piscícola presente nos nossos rios e barragens.
No âmbito do projeto “FRISK – Determinação de rotas de invasão de peixes introduzidos em ecossistemas dulciaquícolas: avaliação de risco” concluiu-se que alguns peixes não-nativos recentemente introduzidos têm uma proveniência direta de França.
Em representação da comunidade de pescadores participará também a Associação Portuguesa de Carp Fishing.
Curiosidade: Sabia que a carpa apenas se tornou comum em Portugal durante o século XX?
A carpa servia de fonte de alimento aos Monges durante a Idade Média em alguns países da Europa Central. Contudo, os primeiros registos em Portugal datam do século XVIII no Rio Guadiana. Em Espanha, a espécie foi registada no século XVII. Só a partir do século XX é que a carpa se tornou comum em várias partes do país, principalmente devido a alterações hidrológicas dos rios.
A entrada é gratuita, mas de inscrição obrigatória.
Fonte: Laboratório da Paisagem e Frisk; Imagens: Frisk
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