Negócios | Peles e marroquinaria crescem de forma exponencial

Negócios | Peles e marroquinaria crescem de forma exponencial

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A atividade económica no setor dos artigos de pele e marroquinaria tem vindo a crescer, em Portugal, de forma exponencial. O nosso país está a realizar, por ano, 113 milhões de euros em material vendido para exportação. Desde 2010, as vendas ao exterior apresentam um aumento de mais de 250%.

 

 

Estes dados representam a reinvenção do setor. Inspirado na modernidade, tem a sua essência no passado. Esse é o ponto de partida da nova campanha da APICCAPS, com a designação “Portuguese Leather Goods”, que procura valorizar o saber-fazer de um setor com grande tradição, que abraçou as exigências da atualidade e, neste momento, apresenta um elevado potencial de crescimento.

Mas há outros números que impressionam. O emprego aumentou 86% para 1.871 postos de trabalho no final do último ano. Já o número de empresas cresceu 6% para 120.

Algumas das novas unidades são projetos de jovens criativos, como é o caso de Teresa Bettencourt. A jovem designer de moda estagiou com uma das mais requisitadas criadoras portuguesas da atualidade, Alexandra Moura, mas rapidamente percebeu que a matéria-prima que gostava de moldar era o couro. Assim nasceu a Manjerica, em 2011. Os fundadores da marca nasceram na Ilha Terceira, nos Açores, e o colorido da paisagem deu lugar a uma autêntica tela colorida. Com efeito, para além das arrojadas combinações de cores e contrastes, todas as coleções são inspiradas nas malas dos anos 60.

“Os Açores são uma fonte ilimitada de inspiração, de poderosas imagens; o pano de fundo desta história que queremos contar” sublinhou Teresa Bettencourt. “O conforto e leveza, proporcionados por estas memórias, transformam-se na bússola que nos guia para uma expressão autêntica interior neste mundo acelerado em que vivemos. A Manjerica é inspirada na modernidade, mas tem a sua essência no passado”. A fundadora da marca assume outro aspeto igualmente marcante: “é gratificante perceber que cada vez mais jovens estão a investir no setor. Há uma incidência de novas marcas e a tradição portuguesa na área de marroquinaria começa a ser reconhecida no exterior”.

Por outro lado, a My Cute Pooch nasceu, em Felgueiras, da vontade de celebrar a individualidade feminina. Leve, vibrante e personalizável, a Pooch vai acompanha-a para todo o lado, transformando-se sem perder o seu charme e personalidade e criando uma alternativa à monotonia do quotidiano. É cosmopolita e para a praia, é para o dia-a-dia e para um festa. A My Cute Pooch tem ainda a particularidade de ser criada com materiais e processos sustentáveis e conta também com o selo PETA approved – Vegan, uma certificação que garante que os seus produtos são livres de ingredientes de origem animal.

Outro exemplo de inspiração é representado pela ANC, de Rio Tinto, em Gondomar, que apresenta as marcas Casta, Mentha e Standfor. No caso da Casta, a ANR considera que a mulher que a usa “tem estilo e elegância mas faz questão de permanecer fiel à sua essência. Vive em comunhão com todos os elementos naturais. Quando abre a janela do seu escritório na baixa, ela deixa que a natureza entre e leva-a consigo a festas em clubes rooftop. O seu espírito vai além das modas; abre as suas asas como que por magia e faz do mundo à sua volta um lugar mais puro, singular”.

“Os nossos sapatos são trabalhados até à perfeição. Talvez tragam mesmo alguma cor ao seu rosto quando ela caminha pelas ruas, à medida que se apercebe do seu potencial como ser humano atraente. Pode ser love. At first blush“.

 

Imagens: (1) Manjerica, (2, 3) Portuguese Shoes

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Categorias: Economia

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