Numa época em que a formação ao longo da vida se revela cada vez mais relevante e exigente, devido às expectativas criadas pelas mudanças significativas que estão a ser introduzidas em cada profissão com a progressiva introdução da robótica, da inteligência artificial e da automação, mais de 315 mil pessoas inscreveram-se no Programa Qualifica desde 2017, início da implementação do projeto, até à presente data, revelou o Governo, o que ultrapassa a meta anual prevista, segundo mostram os dados publicados pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.
Criado pelo atual Governo e dirigido à educação e formação de adultos com o objetivo de consolidar um sistema de aprendizagem ao longo da vida, o Programa Qualifica arrancou no início de 2017 dispondo hoje de uma rede de 300 Centros Qualifica em vários pontos do país, entre os quais o de Famalicão, considerado um dos melhores do país, coordenado pela autarquia famalicense e com parcerias com diversos agrupamentos escolares e escolas profissionais do concelho.
O Programa Qualifica é um programa vocacionado para a qualificação de adultos que tem por objetivo melhorar os níveis de educação e formação dos adultos, contribuindo para a melhoria dos níveis de qualificação da população e a melhoria da empregabilidade dos indivíduos. O Programa Qualifica assenta numa estratégia de qualificação que integra respostas educativas e formativas e instrumentos diversos que promovem a efetiva qualificação de adultos e que envolve uma rede alargada de operadores.
Dados ultrapassam expectativas
As 315 mil inscrições registadas nestes dois anos ultrapassaram a meta anual de 145 mil prevista no Programa Nacional de Reformas. Como objetivo, o Governo estipulou alcançar 600 mil inscrições até 2020.
No mesmo período, de acordo com os dados do ministério tutelado por Vieira da Silva, foram realizados mais de 250 mil encaminhamentos para percursos de qualificação, a maioria para ofertas de educação e formação e os restantes para processos de reconhecimento, validação e certificação de competências (RVCC).
Nos primeiros dois anos de execução, o programa permitiu que mais de 34.000 pessoas elevassem o seu nível de escolaridade, incluindo-se neste total cerca de 13.000 pessoas que concluíram o 9.º ano através do Qualifica e mais de 21.000 que concluíram o ensino secundário.
Segundo o Ministério do Trabalho, o Governo está empenhado em “alavancar os resultados alcançados e em garantir uma melhor cobertura das respostas de educação e formação”, de forma a assegurar que estas chegam a públicos menos qualificados e “a todos aqueles que, por uma ou por outra razão, não tiveram oportunidade de terminar os seus percursos de qualificação”.
Como funcionam os Centros Qualifica
O trabalho desenvolvido nestes Centros pressupõem, em geral, duas etapas distintas: um primeiro momento caracterizado pela auscultação das necessidades, motivações e interesses do candidato, e em que se realiza o encaminhamento para a oferta educativa/formativa mais ajustada a cada pessoa; e uma segunda etapa, constituída pela formação propriamente dita.
O público-alvo de cada Centro Qualifica poderá variar, mas no Município de Braga é a população adulta, isto é, maior de 18 anos e que pretenda aumentar as suas qualificações a nível escolar (4.º, 6.º, 9.º ou 12.º anos), profissional, de dupla certificação ou numa área específica.
Todos os casos são estudados individualmente, para que a solução encontrada vá ao encontro das necessidades de cada candidato. para lá disso, e não menos relevante, todos os serviços disponibilizados são inteiramente gratuitos, sendo que, em alguns casos, pode existir uma bolsa de formação associada.
Assim, os interessados num futuro potencialmente melhor, devem contactar os municípios onde residem para obter informação mais fidedigna.
Balanço 2017-2019
O balanço destes primeiros dois anos do Programa Qualifica foi realizado hoje, 15 de abril, no Serviço de Formação Profissional de Tomar, em cerimónia que contou com a presença do primeiro-ministro, António Costa, e dos ministros do Trabalho e da Educação, respetivamente, Vieira da Silva e Tiago Brandão Rodrigues.
Previamente à mesma, Tiago Brandão Rodrigues referiu que “nunca é tarde para aprender”, pelo que se torna “central investir no que é mais importante: nas pessoas e no seu conhecimento”, acrescentando que este “é o melhor caminho para o crescimento e para o bem-estar, coletivo e individual”.
O Ministro da Educação precisou ainda que os Centros Qualifica complementam os trabalho feito pelas escolas e que, através do programa, “as escolas passaram a estar em rede com os centros de formação e de emprego, com as empresas e com os serviços públicos”, reforçando a garantia de que a oportunidade de educação e formação se adequa ao perfil do adulto em causa.
O ministro Vieira da Silva, pelo seu lado, destacou, que a aprendizagem ao longo da vida deve ser encarada como “um direito universal”.
“Os governos, as instituições de ensino, os empregadores e os trabalhadores, têm a responsabilidade de construir, financiar e criar as condições que permitam às pessoas adquirir, reconverter, elevar competências e qualificações e regressar permanentemente a processos de reaprendizagem. Não existe uma reforma estrutural tão poderosa e socialmente inclusiva como o investimento em educação, formação e aprendizagem ao longo da vida”, precisou o governante.
Imagens: Qualifica
Fontes: PS, Município de Braga e Qualifica
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