Como é sobejamente conhecido, todos os regimes políticos são imperfeitos (sim, porque todos são imperfeitos). No entanto, aquele que contém menos imperfeições é o Regime Político Democrático.
Escolhemos para ilustração deste texto as fotografias do Parthenon (o mais conhecido dos edifícios remanescente da Grécia Antiga) e a imagem da Assembleia da República (A.R.); a primeira, porque, segundo reza a história, a democracia nasceu na cidade de Atenas e concretizava-se naquele monumento; a segunda, por ser a “casa” da democracia em Portugal.
Desde o seu nascimento até aos tempos modernos, a Democracia aperfeiçoou-se e sofreu diversas cambiantes.
Importa fazer uma breve referência histórica, para melhor enquadramento da resposta que buscamos nesta prosa. Aludimos ao facto, datado de 27 de fevereiro de 1933, em que, milhares de Berlinenses assistiram ao incêndio do “Palácio do Reichstag” (Parlamento Federal da Alemanha). Naquela altura, Hitler apressou-se a difundir “Fake News” (como, atualmente, se apelidam as notícias falsas e manipuladoras).
Naquele tempo, atribuiu-se – erroneamente – a autoria de tal ato ao Partido Comunista, o que implicou a proscrição dos comunistas alemães.
Com a invenção do medo e do terror e com a ganância generalizada da população alemã, Hitler, a coberto de um assim denominado Partido Nacional Socialista, logrou obter uma maioria parlamentar e chegar ao poder – pasme-se! – através do voto.
Em Portugal, vive-se neste momento, à semelhança daquilo que aconteceu em outros países, a diabolização da democracia e o ressurgimento de movimentos populistas.
Aqueles que andam mais atentos aos interesses subjacentes, maioritariamente económicos, em relação às críticas ao regime democrático, não querem outra coisa senão espalhar o descrédito dos políticos e da política; o alheamento dos jovens em relação à sua participação cívica na tomada de decisões sobre o seu futuro; à “idiotização” de educação manipulada, em que os educandos não são – atualmente – cativados para a aprendizagem da organização política do Estado; enfim, pretendem – a todo o custo – descredibilizar o Regime Democrático!…
Claro está que os partidos, de uma maneira geral, não têm contribuído para uma aproximação dos cidadãos com os Órgãos de Soberania representativos.
Tais factos têm contribuído para o nascimento de pseudopartidos políticos que têm por objetivo – dizem – “endireitar” o país. Alguns, até levam o Povo a afirmar que Portugal só tem conserto com meia dúzia de “Salazares”.
Este estado de coisas é um campo propício para nascerem e crescerem Partidos e Movimentos defensores de regimes ditatoriais, por contraposição ao regime político – imperfeito – que é a democracia; mas, o menos imperfeito de todos.
Para ilustrar esta ideia, bastará fazer alusão a dois partidos, recentemente criados em Portugal, que se enquadram nesta perspetiva populista e ameaçadora da democracia: falo-vos do Partido “Rir”, fundado pela conhecida figura de Tino de Rans; assim como, o recentíssimo partido denominado “Chega”, protagonizado por André Ventura, que alcançou o estrelato através de comentários desportivos na CMtv.
Depois de tudo isto que acabamos de patentear, preocupa-nos o futuro da democracia em Portugal; porque esta revela-se ameaçada por epifenómenos assentes em partidos efémeros que só contribuem para descredibilizar o regime democrático e acentuar os Movimentos Populistas.
Infelizmente, a maioria dos cidadãos ainda não se consciencializou destes perigos; porque Tino de “Rans” e André Ventura ou outros que possam aparecer na cena política são meros instrumentos dos interesses económicos que querem destruir a democracia e governar este País, a Europa, e, quiçá, o Mundo, através de “elites” ditatoriais.
Propomos, portanto, que a democracia rejuvenesça, avance de representativa para participativa; e, a breve trecho, tenhamos uma democracia digital capaz de envolver os cidadãos na maioria das decisões importantes, principalmente a juventude que terá de ser cativada para a governação participada da nação.
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