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O programa cultural Mosteiro de Emoções, promovido pelo Município de Cabeceiras de Basto, oferece, em março, ‘A Noite das Mil e Uma Histórias‘. A iniciativa é coordenada pelo Centro de Teatro da Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto e está organizada em dois momentos: um workshop em Storytelling, a realizar dia 22 de março, pelas 21h30, na Casa do Tempo, e ‘A Noite das Mil e Uma Histórias’, uma verdadeira maratona de histórias, a realizar no dia 30 de março, às 21h00, no Mosteiro de S. Miguel de Refojos.
Pensado especialmente para professores, educadores e animadores socioculturais, o workshop em Storytelling é orientado pelo CTCMCB – Centro de Teatro da Câmara Municipal e realiza-se na noite do próximo dia 22 de março, na Casa do Tempo. A participação nesta ação é gratuita, mas sujeita a inscrição prévia com limite máximo de 30 participantes.
‘A Noite das Mil e Uma Histórias‘ é uma verdadeira maratona de histórias aberta a toda a comunidade, esperando-se a participação de 400 pessoas, muitas delas alunos das escolas do concelho e respetivas famílias. Nesta sessão, os atores irão narrar várias histórias, baseadas em contos e lendas relacionados com as terras de Cabeceiras de Basto. De referir que as histórias que vão ser apresentadas, em diversos espaços do Mosteiro, resultam de um aturado e profundo trabalho de recolha feito pelo Centro de Teatro, grupo que já habituou os cabeceirenses à elevada qualidade e excelência das suas representações.
Em Refojos, um ‘Mosteiro de Emoções’ espera por si
O programa ‘Mosteiro de Emoções‘ tem como elemento central o Mosteiro de S. Miguel de Refojos, magnífico monumento beneditino em Cabeceiras de Basto. Dirigido a um público diversificado, o programa desenvolve-se em três eixos temáticos Cultura/Artes Performativas, Gastronomia/Sabores e Saúde e Bem-Estar que aliam a itinerância, a combinação e a diversidade. Este vasto programa cultural estende-se até julho deste ano e assenta em parcerias alargadas que vão desde as instituições locais a diversas entidades regionais e nacionais.
Pretendendo ser um importante motor de dinamização cultural, contempla iniciativas culturais e artísticas diversas, das artes plásticas às artes performativas, da literatura às atividades holísticas e ao artesanato, privilegiando, ainda, manifestações de divulgação histórica, patrimonial e gastronómica. Todas estas atividades decorrem sob diversos formatos: exposições, concertos, concursos, mostras, festivais, provas e degustações, workshops, tertúlias, masterclasses e visitas, dirigidas a públicos distintos e potenciais visitantes, turistas e parceiros. As atividades têm decorrido preferencialmente em locais simbólicos do Município, especialmente no Mosteiro de S. Miguel de Refojos, mas também em espaços culturais, escolas e universidades, associações e clubes culturais de Cabeceiras de Basto ou de municípios estratégicos e vizinhos.
Trata-se de um programa cultural que resulta de uma candidatura a fundos comunitários designada ‘Mosteiro de S. Miguel de Refojos, Património Cultural Ímpar’, através do NORTE 2020, e que integra, para além de um conjunto de ações materiais, obras de reabilitação de coberturas e fachadas do Mosteiro e requalificação da antiga livraria beneditina, um programa cultural que se materializa em múltiplas manifestações artísticas, de exaltação do património, tradição e história.
O programa cultural ‘Mosteiro de Emoções’ desenvolver-se-á até julho de 2019 e integra 23 atividades. A autarquia põe especial ênfase ao envolvimento de inúmeros parceiros de Cabeceiras de Basto, desde a comunidade educativa, empreendedores locais, passando pelo movimento associativo e outras instituições do concelho, mas também parceiros externos como universidades, escolas profissionais, orquestras, cooperativas, empresas de dinamização cultural, entre outros.
O Município de Cabeceiras de Basto espera assim que o Mosteiro de S. Miguel de Refojos continue a atrair e a seduzir cada vez mais visitantes e turistas.
Dos três eixos temáticos que o ‘Mosteiro de Emoções’ engloba – Cultura/Artes Performativas, Gastronomia/Sabores e Saúde e Bem-Estar -, e que continuará a contar com o envolvimento de muitos parceiros, ao longo dos próximos meses, destaque para as iniciativas: ‘Sebenta do Património’; a ‘Noite das mil e uma histórias’; o Seminário Internacional ‘Ora et Labora’; Festival Ibérico de Canto Gregoriano; a ‘Mesa de Cabeceiras’; ‘Dá lã um abraço ao Mosteiro’ e o ‘Encontro Holístico’, entre muitos outros.
Mosteiro de S. Miguel de Refojos – uma muito breve história
Não se sabe ao certo quem terá sido o fundador do Mosteiro. Certo é que o Mosteiro existia já em princípios do Séc. XII, não se conhecendo com exatidão desde quando. Sabe-se, no entanto, que os seus padroeiros eram os descendentes do rico-homem D. Gomes Mendes, “Guedeão”, que viveu em meados desse século, certamente porque foi dele o Mosteiro próprio de seus antepassados, dominantes na terra de Basto e, por aquela possessão, seus fundadores e senhores do lugar de “Refúgios”.
O mais antigo desses nobres possessores é um “domno” Mendo, que viveu na segunda metade do século XI e de cuja ascendência nada se pode determinar de provável.
No século XIII, a maior parte do padroado do Mosteiro passou de Gomes Mendes “Guedeão” a seu filho D. Egas Gomes Barroso, dele tendo passado à sua descendência, principalmente Gonçalo Viegas e Gomes Viegas “de Basto”.
No século XIV, foi seu proprietário Vasco Gonçalves “Barroso”, primeiro marido daquela que foi esposa do condestável D. Nuno Álvares Pereira, D. Leonor de Alvim.
O Mosteiro de Refojos de Basto era governado por abades perpétuos, mas no reinado de D. Duarte passou a sê-lo por abades comendatários. Foi o primeiro D. Gonçalo Borges, em cuja família o cargo se manteve por 109 anos.
D. João Pinto, Cónego regrante de Sta. Cruz de Coimbra, foi o último abade comendatário e, por bula de S. Pio V, o governo do Mosteiro foi entregue a abades trienais.
Gozou o Mosteiro de Refojos de Basto de avultadas rendas, quase todas em Trás-os-Montes, que eram divididas a meio com a Casa de Bragança, por serem herança de Vasco Gonçalves “Barroso”, que foi sepultado no Mosteiro. A Igreja do Convento foi reconstruída em 1690, ficando com duas torres soberbas e muito elegantes.
Aquando da extinção das Ordens Religiosas, em 1834, o Mosteiro foi vendido pelo Estado.
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