No dia 30 de março, sábado, às 22h00, Jorge Palma vai atuar no Cine-Teatro Garrett, na Póvoa de Varzim. A 10 de maio, será a ocasião de se apresentar em Guimarães, no Centro Cultural Vila Flor.
“Tira a mão do queixo não penses mais nisso
O que lá vai já deu o que tinha a dar
Quem ganhou ganhou e usou-se disso
Quem perdeu há-de ter mais cartas pra dar
E enquanto alguns fazem figura
e sucumbem à batota
Chega aonde tu quiseres
Mas goza bem a tua rota
Enquanto houver estrada p’ra andar
A gente vai continuar
Enquanto houver estrada p’ra andar
Enquanto houver ventos e mar
A gente não vai parar
Enquanto houver ventos e mar
Todos nós pagamos por tudo o que usamos
O sistema é antigo e não poupa ninguém
Somos todos escravos do que precisamos
Reduz as necessidades se queres passar bem
Que a dependência é uma besta
Que dá cabo do desejo
A liberdade é uma maluca
Que sabe quanto vale um beijo”
Jorge Palma dispensa apresentações. Com mais de 40 anos de carreira é um nome incontornável do panorama musical português. A sua obra contém canções amplamente transversais com temas como A Gente Vai Continuar, Frágil, Deixa-me Rir, Dá-me Lume, Encosta-te a Mim ou Bairro do Amor que se tornaram hinos intemporais. “Descobriu o piano em criança. E cedo revelou uma personalidade transgressora… Andou por outras paragens, tocou por outros lugares… E foi criando canções que dele fazem um autor de personalidade única, com uma obra tão reconhecida quanto aplaudida”, assim o descreve Miguel Meira.
Nascido em Lisboa, em 1950, o percurso de vida de Jorge Palma – compositor, poeta, intérprete e exímio pianista -, observa-se sempre a par da música. Tendo começado a aprender piano com seis anos de idade, mais tarde, correu a Europa de guitarra em punho tocando nas ruas de cidades como Paris e Copenhaga. “Sexo, drogas e rock’n’roll” foram a sua motivação primeira para uma vida de guitarra às costas, confessou, em tempos, a Alexandra Carita. “Põe-se a guitarra no colo, faz-se uma esplanada, tira-se uns dinheiros, engata-se umas miúdas, há sempre copos”, não referindo ideais de vida, muito menos filosofias. “Mas esta vida não a aconselho a ninguém. A não ser a quem nasça para isto. Eu nasci para isto e hei-de morrer com isto. Nasci para tocar”.
Terminou o Curso Superior de Piano em 1990 e editou vários discos de originais, compondo êxitos, somando discos de ouro, tendo atingindo a marca da dupla platina com Voo Nocturno. Venceu o prémio José Afonso em 2002, e em 2008 e 2012 foi o vencedor do Globo de Ouro na categoria de melhor intérprete individual. O seu álbum Com Todo o Respeito foi ainda galardoado pela Sociedade Portuguesa de Autores com o prémio Pedro Osório.
O período mais recente da vida de Jorge Palma é marcado por grande atividade,em que se destacam projetos como Juntos em que partilha o palco com Sérgio Godinho e ainda a celebração de discos históricos como Bairro do Amor e Só, tendo este último resultado na edição de SÓ ao vivo em 2017.
Desde os anos 70, Jorge Palma esgota salas um pouco por todo o país, desde as mais emblemáticas, até aos palcos mais intimistas, tendo também passado por festivais como o Meo Sudoeste, Super Bock Super Rock, Rock in Rio, Bons Sons, EDP Cool Jazz, entre outros.
Vicente Palma e Gabriel Gomes (ex-Madredeus e Sétima Legião) são os dois músicos que acompanham Jorge Palma no seu formato acústico. Vicente surge na guitarra, no piano ou na voz, acompanhando Jorge Palma em alguns dos temas que juntos já tocam há mais de uma década. Gabriel Gomes oferece a sonoridade do seu acordeão para criar ambientes verdadeiramente íntimos e especiais.
As entradas têm um preço único de 20,00€, na Póvoa de Varzim, e oscilam entre 20,00€ e 25,00€, em Guimarães, e estão disponíveis na bol – Bilheteira Online e nos balcões do Cine-Teatro Garrett e do Centro Cultural Vila Flor.
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