Do calórico menu de dezembro da Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão, “Murmúrios de Pedro e Inês” destaca-se como um cálido bailado capaz de derreter as mais invernais e gélidas emoções. Servido em um ato, este bailado remete para o eterno conto de como se entrelaçaram os amores de Pedro e Inês, Infante e Dama, Português e Castelhana. As mais tocantes histórias de amor são sempre aquelas que terminam com um epílogo trágico. O espetáculo acontece este dia 8 de dezembro, sábado, às 21h30, no Grande Auditório da Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão.
“Murmúrios de Pedro e Inês” é um espetáculo de 60 minutos em que a dança usa os dois corpos como linguagem que materializa a lenda e a emoção. “Murmúrios de Pedro e Inês” apresenta-se como um bailado que se veste de música contemporânea como uma pele que intrinsecamente se adapta mas que também se embala com o som poético da língua portuguesa.
O mais recente bailado de Fernando Duarte, coreógrafo e ex-bailarino da Companhia Nacional de Bailado, com direção artística e interpretação de Solange Melo e de Fernando Duarte, teve estreia absoluta em 29 de abril passado, no Dia Mundial da Dança, em Braga.
“Murmúrios de Pedro e Inês”, refere o coreógrafo Fernando Duarte na sua homepage, “surge da vontade de apresentar uma obra narrativa, dentro da estética da dança neoclássica, que possa ser o reflexo de uma identidade artística contemporânea portuguesa nas várias vertentes que apresenta: Dança, Artes Plásticas, Literatura e Música”.
Inspirada no romance de Agustina Bessa-Luís, neste bailado em um só ato “dois corpos materializam a história de um tempo já distante, mas também a transpõem para o tempo presente e principalmente para um tempo interior a cada um de nós.
Duas sonoridades embalam esta dança: música de compositores portugueses – Fernando Lopes-Graça e Bernanrdo sasseti – e um texto que capta o que a língua portuguesa tem de mais harmonioso, e até dançante.
É certo, porém, que neste bailado a história de Pedro e Inês é dançada, contada, ouvida, vista e sentida através de uma amálgama artística contemporânea, tornando este espetáculo original e apelativo para um público transversal ao público de dança”.
“Não pretendendo ser uma transposição literal desta história que nos é tão familiar, o mito e a paixão de Pedro e Inês são a pedra basilar de um bailado intimista que usa os dois corpos como linguagem que materializa a lenda e recorre a duas sonoridades que embalam esta dança – a música de compositores portugueses e o som poético, harmonioso e melódico da língua portuguesa. A história de Pedro e Inês é aqui dançada e sentida através de uma combinação original, cativante e representativa da identidade artística contemporânea”, salienta a nota emitida pelo CisterMúsica aquando da apresentação deste espetáculo no referido festival.
Murmúrios de Pedro e Inês, de Fernando Duarte – trailer
Oficina de dança para crianças e jovens
Pela manhã, às 11h00, em aditamento ao espetáculo, decorre na Sala Ensaios da Casa das Artes um Atelier de Aproximação à Dança, com duração de 90 minutos.
O atelier para crianças e jovens “Dançar a História – Era uma vez D. Pedro e D. Inês” inicia o ciclo “Dançar a História”, tendo como objetivo primeiro abrir sensibilidade ao contacto e às experiências do âmbito artístico. Inspirados no bailado “Murmúrios de Pedro e Inês”, os pequenos grandes artistas serão encorajados a desenvolver a sua criatividade, através da exploração do movimento, da música e do espaço circundante, para que possam também eles ser protagonistas na História e nesta lenda tão especial e marcante do nosso Portugal.
Fontes: Município de Famalicão, Fernando Duarte e CisterMúsica
Se chegou até aqui é porque provavelmente aprecia o trabalho que estamos a desenvolver.
A Vila Nova é uma publicação gratuita para os leitores e sempre será.
Se considera válido o trabalho realizado, não deixe de efetuar o seu simbólico contributo sob a forma de donativo através de multibanco ou netbankimg.
NiB: 0065 0922 00017890002 91
IBAN: PT 50 0065 0922 00017890002 91
BIC/SWIFT: BESZ PT PL