Catarina Martins, a Coordenadora Nacional do Bloco de Esquerda, esteve, na passada sexta-feira, 16 de novembro, em Braga, onde participou, juntamente com o deputado Pedro Soares e a deputada municipal Alexandra Vieira, numa sessão com o tema “Orçamento 2019 – O que quer o Bloco?”.
Fazendo o balanço da legislatura, “que toda gente a dizia que era impossível”, Catarina Martins afirmou que “quando fazemos as contas ao que foi recuperado em salários, em pensões, em prestações sociais, como o abono de família, o subsídio de desemprego, o rendimento social de inserção, verificamos que o rendimento disponível de quem vive do seu trabalho aumentou em cada ano mil milhões de euros”, concluindo que “com estes orçamentos do Estado são 4.000 milhões de euros que estão de volta às famílias [portuguesas]”.
A dirigente bloquista assume também uma “enorme divergência” com o Governo socialista relativamente à consolidação orçamental, uma vez que “a economia está a crescer, mas o investimento nos serviços públicos não está a crescer ao mesmo ritmo”. Para Catarina Martins “a despesa pública precisava de crescer mais”, assim como os salários.
Bloco quer mais justiça fiscal
Catarina Martins falou ainda dos regimes especiais de regularização tributária (RERT), as amnistias realizadas no tempo dos governos de Sócrates e Passos Coelho, cujas informações não passam pela Autoridade Tributária, mas apenas pelo Banco de Portugal. Os RERT serviram para que pessoas “que tinham levado dinheiro ilegalmente para fora do país, pudessem legalizar esses capitais, pagando uma pequena taxa de imposto”, explicou.
“Nós não podemos, à boleia de uma amnistia errada, feita no passado por José Sócrates e Passos Coelho, agora estar a fazer amnistias a tudo o que se passa, porque aqueles contribuintes ficaram com um salvo conduto para não serem investigados numa série de operações”, afirma a deputada bloquista.
“Um país que se leva a sério é um país que combate a impunidade”, conclui.
Imagens: Bloco de Esquerda
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