Inteligência Emocional | Homem ou Rato? Eis a sua decisão!

 

 

Há muitos, muitos anos atrás, numa floresta longínqua vivia um rato que tinha medo de tudo. Os seus dias eram mais cinzentos que o próprio cinzento. Não conhecia outra cor para além desta, tal era o seu sofrimento! Sofria porque tinha medo… Medo que o gato o comesse!

Passava assim o dia encolhido, sem se mexer e quase sem ver a luz do sol, paralisado dentro de si próprio.

Este sofrimento aterrador apiedou uma Fada Bondosa que voava por aquelas bandas. A Fada decidiu então transformar o rato em gato para que ele vivesse uma vida feliz, livre do medo que o consumia.

Todavia, o rato que era agora gato passou a ter medo, muito medo do cão. A Fada piedosa transformou-o imediatamente em cão para que finalmente vivesse em paz. Mas… o rato que era agora cão passou a ter medo da raposa. E a Fada transformou-o em raposa. E a raposa vivia atormentada com medo do caçador. Até que a fada desistiu, porque aquele rato iria ter sempre a mente de um rato cheio de medo, independentemente do animal em que ela o transformasse!

O Medo é uma emoção base do nosso reportório emocional. Foi o medo que permitiu a sobrevivência da espécie humana desde os primórdios. É o medo que nos defende do perigo. Contudo, o medo emocional quando é alimentado de uma forma aleatória, corrosiva, aprisiona-nos, paralisa-nos e algema-nos o corpo e a mente impedindo-nos de prosseguir, tomar decisões ou até mesmo de arriscar em alguma situação que requeira mudança.

Todo o ser humano já sentiu e continuará a sentir medo. Ele faz-se sentir por exemplo, após uma situação de perda significativa numa área qualquer da componente da vida humana: perda de uma pessoa que amamos, perda de saúde ou perda de um emprego.

Uma perda significativa pode arrasar com a vontade de prosseguir. Pode ainda aquietar-nos com o sentimento de culpa ou ainda com a crença tóxica de que jamais voltaremos a experienciar a felicidade, simplesmente porque acreditamos que nada nem ninguém irá substituir a pessoa ou a situação que acabamos de perder.

E enquanto os dias vão passando, o medo vai-se cimentando! O medo de nunca mais ser feliz, o medo da incerteza e da desesperança associado ao medo da repetição da perda.

O Medo faz-se sentir ainda perante o desconhecido, perante a incerteza ou perante a mudança:

Quantas vezes perdemos uma nova oportunidade por medo?

Quantas vezes permanecemos numa relação por medo?

Quantas vezes nos calamos por medo?

Quantas vezes nos subjugamos por medo?

Ou até… Quantas vezes adoecemos por medo?

E enquanto esta emoção se enraíza confortavelmente no património da nossa mente, devagar e devagarinho vamos perdendo a nossa luz interior, o nosso brilho, a nossa força motriz e, por fim, o verdadeiro sentido da vida.

E devagar, devagarinho vamo-nos transformando num “Rato” que preferiu resignar-se ao Medo e viver infeliz do que agarrar as oportunidades de mudança oferecidas pela “Fada Bondosa”.

Desta forma, perante o medo da dor ou o medo da incerteza, cabe-nos a nós decidir: ser Homem ou ser Rato!

Cabe-nos unicamente a nós compreender que o sofrimento faz parte da vida, de qualquer Vida! Que não somos vítimas de nada! Somos apenas caminheiros de um percurso onde haverá sempre pedras e montanhas para contornar.

Cabe-nos unicamente a nós compreender que o medo excessivo nos adoece, nos rouba tempo de vida, jamais devolvido.

Ao cabo e ao resto, o que nos distingue uns dos outros também é isto, a opção entre permitir que o medo nos transforme em esqueletos emocionais, ou em pessoas resilientes!

E entre viver num ciclo vicioso de vitimização/acomodação ou viver com o propósito da superação, valerá sempre a pena investir em dias melhores, quanto mais não seja para deixarmos aos nossos filhos e à geração vindoura um dos maiores legados da nossa passagem por aqui, neste planeta a que chamamos Terra, a resiliência humana!

Porque…

O Medo é a desculpa dos que desistem

A Resiliência é o mote dos que teimam…

 

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