Cego do Maio | Município da Póvoa de Varzim assinala 200 anos do seu nascimento

 

 

A Câmara Municipal da Póvoa de Varzim está a assinalar os 200 anos do nascimento do Cego do Maio. No dia 8 de outubro, às 21h30, no Salão Nobre do Clube Naval Povoense irá ser apresentada a obra Memória a José Rodrigues Maio (O Cego do Maio) – Relato dos trabalhos, uma reedição fac-similada comemorativa desta efeméride.

 

 

Em 24 de Janeiro de 1906 o correspondente do “Commercio da Póvoa de Varzim” no Rio de Janeiro refere-se nesse jornal da ideia de levantamento nessa praia de um monumento ao benemérito poveiro José Rodrigues Maio – O Cego do Maio.

Este livro aborda o relatório dos trabalhos para a construção do monumento ao Cego do Maio com os fundos angariados pelo Clube Naval Povoense, resultante de uma subscrição pública aberta no Brasil e concluída na Póvoa.

O Clube Naval Povoense assumiu a liderança do movimento cívico e popular de recolha de fundos para a edificação do monumento ao Herói Poveiro, Cego do Maio, perpetuando a sua identificação marítima e piscatória da Póvoa de Varzim.

A primeira pedra do monumento foi colocada a 18 de abril de 1909.

O monumento ao Cego do Maio é obra do escultor portuense João da Maia Romão Júnior e foi inaugurado a 20 de agosto de 1909.

 

“Éh! mar! Chega para lá”. Refere o Público que “haverá muito de mito nestas palavras postas na boca de José Rodrigues Maio mas, 200 anos depois do nascimento deste poveiro, ninguém duvida da sua heroicidade”. Vida levada no mar que sustentava, então, a maior comunidade piscatória do país, mas reclamava, de tempos a tempos, alguns deles à sua definitiva pertença, o rei Luís I a designá-lo-ia Cavaleiro da Ordem da Torre e Espada pelos mais de 80 salvamentos efetuados ao longo da mesma.

José Rodrigues Maio, o Cego do Maio, “hoje, feito estátua de bronze num altivo pedestal” nasceu a 8 de Outubro de 1817 na Rua dos Ferreiros e faleceu na sua casa na Rua de Poça da Barca (expansão da Rua da Areia), hoje denominada Rua 31 de Janeiro. “É a figura mais representativa da cidade [da Póvoa de Varzim] e visto como o herói local e tinha como marca familiar o meio-sarilho. Era pescador sardinheiro”, refere a Wikipedia. Os 200 anos do seu nascimento serão assinalados celebrado na próxima segunda-feira, dia 8, com o lançamento da referida edição fac-similada de Memória a José Rodrigues Maio (O Cego do Maio) – Relato dos trabalhos no Salão Nobre do Clube Naval Povoense.

“Filho de um casal de pescadores, José Rodrigues Maio nasceu na zona sul da Póvoa de Varzim, na Rua dos Ferreiros. Viveu boa parte da sua vida numa casa dos avós paternos, em frente ao mar, já na Poça da Barca, território que se estendia pelo concelho de Vila do Conde e que os mareantes poveiros vinham ocupando, numa migração que se agudizaria com a pressão do turismo balnear sobre os espaços públicos e privados da antiga Póboa fundada por foral de D Dinis em 1308. Dali, recordava António Santos Graça, no livro A Epopeia dos Humildes (Para a História Trágico Marítima dos Poveiros), via as perigosas penedias Mobelhe e Extremundes, “para onde a forte corrente da barra arrastava os desgraçados náufragos” e as suas frágeis embarcações” e dariam à Póvoa de Varzim a sua fama de mar perigoso fazendo com que tantos dos que lá se banhavam, e banham, redobre de cuidados sempre que nele mergulham.

O Cego do Maio “nunca foi na verdade cego, mas teria, num olho, uma belida, razão suficiente para que, entre a classe, como hoje ainda acontece, o apodo acabasse por vingar”.

 

Fontes: Município da Póvoa de Varzim, Público e Wikipedia

Imagens: (0) Município da Póvoa de Varzim e (1) Wikipedia – Cego do Maio. Retrato em azulejo da autoria de Fernando Gonçalves, exposto no Cais Norte da Póvoa de Varzim.

 

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