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“O projeto que será executado no Nó de Silvares – desnivelamento inferior da rotunda de Silvares – resulta dos estudos efetuados pela Infraestruturas de Portugal”, referiu Domingos Bragança no final da Reunião do Executivo Municipal de Guimarães, na manhã desta quinta-feira, 4 de outubro. O presidente da Câmara Municipal indicou ainda que a Câmara Municipal de Guimarães se encontra disponível para colaborar numa solução que não dependa exclusivamente de critérios financeiros.
A este propósito, já na segunda-feira, 1 de outubro, José Manuel Faísca, Diretor de Engenharia e Ambiente da IP, enquadrara a obra no âmbito do Programa de Valorização das Acessibilidades às Áreas Empresariais, um investimento de 102 milhões de euros que privilegia a construção ou melhoramento de acessos de tipologia last mile. O desnivelamento recorrerá a um túnel construído em sistema de rotunda vazada, que contará com um perfil de 4 metros e uma inclinação nas rampas de lançamento de 8%, o ideal para veículos pesados. A obra prevê ainda a construção de uma nova passagem pedonal, que incorporará também uma via ciclável, que responda ao alargamento provocado pelas vias de acesso laterais. Para o responsável da Infraestruturas de Portugal, a obra justifica-se pelo facto de se registar um tráfego elevado no local (26.000 veículos/dia), prevendo-se que signifique uma redução de 30% no tráfego de superfície, contribuindo para uma melhor circulação e segurança, a redução dos entrecruzamentos e a separação entre o tráfego de veículos ligeiros e pesados. Domingos Bragança referiu ser o desnivelamento da Rotunda de Silvares a 1ª fase do Projeto de Acessibilidade do AvePark, que contará ainda com a construção da nova rotunda de Ponte e os 7 quilómetros do tramo de ligação de Ponte ao Parque de Ciência e Tecnologia, resultado de um protocolo assinado com o Estado em março de 2017. A obra começará em 2019 e custará aos cofres do Estado 2,5 milhões de euros.
Em relação à mobilidade, Domingos Bragança destacou ainda as negociações em curso, no âmbito do programa de descentralização em curso, que preveem a possibilidade de as autarquias chamarem a si a tutela de algumas estradas nacionais, hoje da responsabilidade da Infraestruturas de Portugal. “Temos muitos constrangimentos provocados pelo congestionamento de trânsito e não podemos intervir para os resolver”, esclareceu o edil, lembrando que não basta transferir a responsabilidade para os municípios: “É preciso que sejam feitas as necessárias transferências financeiras”. Dos projetos previstos, o presidente da Câmara Municipal vimaranense destacou os 3 percursos de vias cicláveis que ligarão Guimarães às Taipas: a ligação Silvares – Ponte – Taipas – Donim, a via segregada do AvePark e a requalificação da EN101 com via ciclável, arborização e mobiliário urbano, a efetuar após o descongestionamento de trânsito previsto após a finalização da ligação ao AvePark. Outro dos locais a intervencionar é a EN105, que liga Santo Tirso a Guimarães, entre a saída Sul da A7 e o início da circular urbana.
Ainda no âmbito das ligações intermunicipais, Domingos Bragança lembrou o trabalho que os municípios de Guimarães e Braga estão a levar a cabo no projeto de requalificação florestal e preservação do património dos Sacromontes, que terá em conta a valorização da natureza e a mobilidade suave. “O nosso modelo é inspirado nos países nórdicos e nos países baixos, e é esse o caminho que vamos percorrer”, concluiu.
Imagem: Município de Guimarães
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