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Anteontem, 12 de julho, foi finalmente aprovado na Assembleia da República um projeto de resolução que irá permitir avançar com a construção do novo Hospital de Barcelos em 2019. Depois de muitos anos de discussão pública sobre o assunto, em que um dos últimos passos foi uma decisão da Assembleia Municipal de Barcelos no sentido de criar uma comissão que lutasse pela sua efetiva implantação, o Partido Comunista Português conseguiu aprovar o referido projeto, por maioria, com os votos favoráveis do PCP, BE, PSD, CDS e PEV, e abstenções do PS e do PAN.
O Hospital de Santa Maria Maior tem como área de influência os concelhos de Barcelos e Esposende, servindo uma população de cerca de mais de 150.000 habitantes. Tem visto a sua situação deteriorar-se sobretudo desde 2006, período em que o governo liderado por José Sócrates encerrou o serviço de obstetrícia. Os relatos de falta de condições incluem o internamento de doentes em macas durante vários dias, problemas no cumprimento das orientações e normas relativas à circulação de doentes e de produtos contaminados, bem como a falta de médicos especialistas. É sabido que estes problemas decorrem, em grande parte, do facto do Hospital se encontrar localizado em instalações que estão há muitos anos subdimensionadas e inadequadas para a prestação de cuidados de saúde, apesar do enorme esforço dos seus profissionais de saúde que, apesar de tudo, têm vindo a conseguir melhorar resultados.
No passado dia 16 de Abril, o Governo assumiu, através de Fernando Araújo, Secretário de Estado e Adjunto da Saúde, que “a construção de um novo Hospital em Barcelos é importante e pode vir a ser uma prioridade para o Governo”. No entanto a construção das novas instalações do Hospital, prometida quer pelo PS quer pelo PSD ao longo de vários anos, nunca se efectivou, mantendo-se o aluguer mensal do edifício à Santa Casa da Misericórdia por quase 11 500.00 €.
Defendendendo o PCP que a construção do Hospital de Barcelos não poderia continuar indefinidamente propôs que a Assembleia da República assegurasse as condições para o arranque da construção do novo Hospital de Barcelos durante o ano de 2019, salvaguardando o modelo integralmente público para a sua construção e gestão, tendo o projecto de resolução sido aprovado.
Nesse sentido, a deputada Carla Cruz, eleita pelo círculo de Braga, defendeu, na altura, que “o direito a um Serviço Nacional de Saúde de qualidade das populações de Barcelos e Esposende passa pela construção de um novo edifício que substitua o atual hospital”.
No entanto, até ao momento não conseguimos apurar se o projeto apresentado a concurso, em 2011, pela Aripa – Arquitectos, utilizado como referência e base de trabalho da Comissão saída da Assembleia Municipal de Barcelos, deverá finalmente ver iniciada a sua construção em 2019, indo ao encontro das necessidades e desejos dos barcelenses, ou se o projeto a implementar será diferente.
Imagem de destaque: Projeto de novo hospital a construir e Barcelos. Este projeto foi o cencedor do Concurso Público realizado em 2011 pelo Ministério da Saúde / ARS Norte (Aripa Arquitectos; imagem digital).
Fontes: Partido Comunista Português e Aripa – Arquitectos
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